A história de um derrotado

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Silencio turma, Silencio. Hoje temos um aluno novo, ele veio da cidade vizinha e seu nome e Derek, por favor, entre – disse a professora animada

Derek, por favor diga oi aos amigos da classe – disse ela novamente

Derek, por favor – disse ela não tão animada assim

Olá, meu nome e Derek e eu estou... fui interrompido nessa hora

Haha, Derek? Mas que nome ridículo o seu haha, será que todos da cidade vizinha tem um nome tão ruim assim haha – um engraçadinho disse rindo

Minha mãe disse que e um belo nome – respondi enquanto todos da classe riam, todos inclusive a professora.

Que bonitinho, sua mãe disse isso? Haha filhinho da mamãe, porque não chama ela pra troca as fraldinhas do bebezinho da sala haha – todos riam incessantemente antes de eu responder.

Por que ela morreu semana passada. – ao dizer isso a sala ficou em silencio por alguns instantes, então pude me sentar no fundo da sala.

Pelo resto da aula ninguém mas falou comigo, nem professora, e nem os alunos que teria que aturar dia após dia. Mas estava tudo bem, eu não me esquecerei das pessoas que riram do meu nome. Nem dos que ficaram cochichando quando disse que minha mãe estava morta. Eu não mentir, ela morreu semana passada, por isso estou aqui com minha vó, por isso estou nessa escola. Só por isso.

Minha mãe morreu por um erro dela, já viu o que acontece quando se deixa o gás ligado por muito tempo ? e se tiver uma faísca de fogo se quer no mesmo lugar que esse gás, você sabe o que aconteceria? Combustão, e só isso. Você deve esta ai pensando como ela não sentiu o cheiro do gás não e mesmo? Deixe- me esclarecer, acontece que ela tem alergia a certas coisas, assim como gatos e cachorros, não foi tao difícil corta o olfato dela assim, o que era difícil era arrumar um gato ou cachorro, mas necessariamente o pelo deles, meus antigos vizinhos não estranharam o sumiço de um gato, pois eles tem tries, menos um não fara tanta diferença assim. Matar aquele gato foi tão divertido, ouvir o estalo de seu pescoço se quebrando foi como música nos meus ouvidos, não, foi como ouvir réquiem de Mozart em um segundo. Depois de mata-lo apenas arranquei sua pele e enterrei no quintal o resto, quero ver a cara dos vizinhos quando eles terminarem de cavar sua piscina e virem seu gato morto, sem pele e sem cabeça, seria ótimo vê-los chorar e entra em desespero. Há er, minha mãe. Logo depois de arrancar a pele do gato, teria que deixa-lo próximo a algum lugar que ela passasse muito tempo, o primeiro lugar que pensei foi a cama, o travesseiro que ela dorme. Essa seria a parte mas difícil do plano, aquele quarto esconde tantos segredos e o que ela dizia,ela dizia toda segunda a noite quando servia uma torta de limão pra mim e pro seu namorado. Enfim, voltando ao assunto de como me livrei da minha mãe, teria que entrar no quarto dela e espalhar pelo local partes da pele do gato, infelizmente pra ela eu sei onde ela bota a chave de seu quarto, estranhamente ficava perto dos cintos que ela usava para me bater. Entrei no seu quarto e comecei a deixar a pele do gato, botei embaixo do travesseiro, da cama e nos lençóis espalhei o pelo. A primeira fase do meu plano estava se encaminhando para o sucesso.

A segunda parte só aconteceria antes do almoço, o clímax que estávamos esperando. Ela acorda as onze todos os dias para fazer o almoço, então só teria que confirmar se o olfato estava funcionando e ligar o gás, como havia planejado, deixei meu tênis molhar a noite toda pra reproduzir o odor que conhecemos como chule, estranhamente o quarto estava aberto, então apenas entrei e perguntei

- mãe, preciso de outro tênis, este esta fedido- disse rindo

- se esta fedido e meu dia de sorte, não consigo sentir nenhum cheiro, maldita alergia.

- mas que merda de cheiro e esse – uma voz disse saindo do banheiro

-quem e você? – perguntei nervoso

- há, sou um amigo da sua mãe.

-Derek, este e Cesar, meu amigo – disse minha mãe

-por que seu amigo está aqui? – perguntei nervoso

-olha carinha, não complique as coisas ok? – disse ele sorrindo

-ok, desculpe – disse enquanto saia do quarto

Por que os planos que fizemos não podem sair do jeito que foi planejado, bom não importava, sabia que teria que dar um jeito naquele cara antes de queimar tudo, ele provavelmente sentiria o gas escapando pela casa e avisaria pra ela. Então o que fazer? Eu só tinha quinze minutos antes de ela ir ate a cozinha e fazer o almoço, eu não podia esperar nem mais um dia se quer pra ver a casa queimar, então eu me pergunto de novo, o que fazer com aquele cara? Tive a ideia de prender ele no banheiro enquanto o almoço estava sendo preparado, essa era minha única alternativa, o tempo já estava acabando. Nesse momento liguei o gás que se espalho rapidamente pela casa toda, enquanto subia pela escada ela descia, já não havia mas tempo algum, não poderia trancar o cara no banheiro e nem fazer a casa queimar, ela devia descer as as onze e vinte para fazer o almoço, eu ainda tinha três minutos restantes, isso me deixou muito frustrado. Eu tinha que sair da casa agora então so perguntei,

-mãe, onde esta seu amigo?

-escuta aqui seu merdinha, quem você acha que e pra manda em alguém? Acha que pode controlar minha visa?

-sim – falei em pensamento

-quando ele sair aqui de casa eu vou te dar tanta porrada que você vai desejar nunca ter nascido

-você que vai desejar nunca ter me dado a luz – falei em pensamento

-já tirei três dos seus dentes com um golpe só, vou fazer você perder mas três, e você vai pra escola sem almoçar, pode sair agora. Como eu queria sumir dessa merda toda, de você.

-não imagina o quanto está perto- falei em pensamento

Depois dessa agradável conversa com minha mãe fui até seu quarto e notei que seu amigo estava no banho, com o aquecedor ligado. Agua quente? O vapor cortaria qualquer resíduo do gas que entraria pela porta. Sair de lá o mais rápido possível. As onze e vinte nove saia pela porta tranquilamente, e finalmente, as onze e trinta ouve-se uma explosão ensurdecedora, mais alta que a sinfonia número 40 de Mozart que estava em meus ouvidos, foi tão lindo ver a casa pega fogo, foi tão lindo minha mãe pulando em chamas por uma pequena janela e me olhando com um olhar de ódio, nunca esquecerei aqueles belos olhos. Juro que vir fogos de artifícios e arco-íris sobre a casa em chamas,foi tão lindo.

Em alguns minutos chegou os bombeiros, depois a polícia, no mesmo dia foi deduzido que o crime era premeditado, e como eu era o único que estava com ela... não, espera, tinha mas alguém la ne? Aquele amigo... Como era o nome, Cesar, esse mesmo. Cesar que tinha sido resgatado do banheiro a poucos minutos do desabar da casa. Nossa que sorte, poderia ir pra prisão a qualquer hora e sem direito a julgamento, mas em quem vocês acham que os policiais iriam acreditar? Em mim, filho da mulher morta na trágica explosão de gas, ou no cara que havia saído da prisão na noite anterior acusado de matar uma pessoa? Logico que ele foi preso, e eu, mandado para os braços da minha vó

No final, tudo saiu como o planejado, e com um bônus, o Cesar foi preso e pego prisão perpetua pela terceira vez que foi preso em flagrante.

Eu sei o que você está pensando era, como uma mente consegue ser tão doentia a ponto de matar sua própria mãe. Deixe-me falar um pouco daquela vaca, ela me batia todos os dias pois dizia que eu parecia muito com meu pai, não era uma batida de leve, ela me mandava pro hospital e dizia q eu havia caído da escada. Ela queimava meu dedo no fogão e quando estava doente me botava pra fora de casa. No final aquela vaca so teve o que mereceu.

Voltando há escola.


o pequeno socioapataWhere stories live. Discover now