verme

164 27 13
                                    

Ao verme que agora
Me arranca as energias
Insensível
Impermutável
Sem sentido
Incontrolável

Discuto com meus demônios
Em frente ao espelho
Com um semblante de medo
E caneta preta em mão
Sem demonstrar
Externamente
Tamanha confusão
Na mente
Que me controla e tampouco
Implora
Para minha memória
De agora
Sem demora logo mais
Ir embora

Ao verme que agora
Me tira do chão
Olho a lua
Luar iluminado ao léu na volúpia nervosa
Da doença que não exige laudo

Ao verme que agora
Me leva embora
Peço calma e prece para que
Não se apresse nas pausas necessárias à paz
E sem demora
Com hora marcada para partir
O trem solta fumaça
Que embaça
Até os óculos de quem não esteve aqui

Metaforicamente
Brincando com a metástase da meta mental
Em ser algo, alguém
Um pouco mais memorável
Impermutável
Digno
Que um mero
Verme

X
Liniker e os camelos - Zero

Eu, incandescente, lírico Onde as histórias ganham vida. Descobre agora