Promises

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Curt Connors sempre sonhou em fazer do mundo um lugar perfeito, sem sofrimento, sem fraquezas. Algo que muitos tentaram fazer ao longo da história, mas sempre falharam. Mas o que fazia da humanidade realmente humana eram os defeitos e diferenças entre cada ser. O acerto só existe a partir da experiência com o erro. A perfeição nunca foi feita para humanos e muito menos será alcançada algum dia.

A busca por uma coisa tão utópica, apenas o faz o mais imperfeito entre todos na espécie.

O cientista agora tinha colocado o aparelho Ganali no topo da antena e sem rodeios implantou a vacina no mesmo. Com o objetivo central de espalhá-la como uma nuvem de dispersão por todos os lados e consequentemente fazer toda New York "evoluir" segundo seus conceitos.

Lauren chegou á cobertura no exato momento em que o aparelho iniciou o trabalho e deu o tempo de detonação com apenas o intervalo de dois minutos. Ela tinha em mente que Camila não tinha conseguido fazer o antídoto a tempo, então o plano era atacar e tentar desligar o aparelho a tempo.

Foi isso que ela fez, jogou a teia para a antena e impulsionou o corpo até Curt, batendo com força no peitoral do lagarto e o fazendo cair no chão da cobertura, longe do Ganali. Só que no processo ele a puxou pelo pé, fazendo a morena cair junto.

No chão, Lauren levantou primeiro e correu do lagarto que já a seguia, e como estava machucada, ele a segurou pela perna já ferida, enfiando as unhas na mesma. Lauren gritou agonizante de dor e sentiu Curt lhe disferir vários socos assim que ela caiu novamente no chão. Conseguiu rolar rápido para o lado e se afastou, mas ele a segurou pela perna novamente. Dessa vez ele a girou no ar e jogou para fora do prédio.

Lauren estava no ar quando virou para o prédio e lançou uma teia, voltando rápido e chutando Curt com força, o desequilibrando. Aproveitou para tentar subir até o Ganali, mas quando estava na metade do caminho, o lagarto lhe lançou um dos galões de hidrogênio líquido que ficavam de reserva na cobertura.

A morena caiu na hora e bateu com a cabeça no chão. Ela olhou para o lado um pouco tonta, mas viu vários galões de nitrogênio líquido sustentados por uma espécie de cano, uma ideia lhe surgiu. Mas não teve muito tempo para pensar, Curt enlaçou o rabo em seu pescoço e a içou do chão, estrangulando Lauren aos poucos e imobilizando seus braços com uma das garras.

A morena não conseguia se quer emitir um som, de tanto que o ar faltava. Curt sorriu e tirou sua máscara com um movimento rápido e arranhando o rosto completamente vermelho de Lauren.

- Pobre Lauren Jauregui. Sem mãe. Sem pai. Sem tio. Completamente sozinha. – Nesse momento o engatilhar de uma arma pode ser ouvido.

- ELA NÃO ESTÁ NENHUM POUCO SOZINHA. – Sinuhe gritou e atirou no cano de nitrogênio, teve a mesma ideia que a Lauren anteriormente e assustou Curt, o fazendo soltar os braços da garota.

Lauren aproveitou e segurou o cano, apontando para o rabo do lagarto, o congelando e fazendo soltar seu pescoço. Ela caiu em pé no chão, tossiu algumas vezes para recuperar o ar, mas não deixou de apontar o nitrogênio para o corpo escamoso de Curt.

Sinuhe aproveitou para dar alguns tiros na parte congelada e fazendo pedaços dos cientistas voarem e se desfazerem. Lauren ouviu o aparelho anunciar que faltavam 45 segundos. Então largou o cano que vazava nitrogênio em uma vala e empurrou Curt para lá. Sinuhe continuava atirando, mas parou um pouco e chegou perto de Lauren, tirou o antígeno do bolso e entregou.

- Pega. Presentinho da Camila. – Lauren abriu um sorriso incrível, mesmo sentido uma dor dilacerante na perna, e Sinuhe correspondeu com um sorriso de lado, sabia que aquela garota tinha um coração lindo e seria uma ótima pessoa para sua filha, se não tivesse as habilidades que tinha. A mais nova a surpreendeu a abraçando com força. – Ande logo garota. Deixe esse lagarto ridículo comigo.

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