A vingança - ZRK

O Começo

— Está quase tudo pronto. Finalmente irei derrubar a MR (Mierty). — Digo enquanto coloco minha taça com vinho na mesa. — Aquela empresa acaba com os meus negócios querendo paz, liberdade, saúde... — Faço aspas. — E blá, blá, blá! Isso não me interessa.

— E o que o senhor pretende fazer? — Max Field pergunta. Ele é meu braço direito, o que mais confio. Penso enquanto o olho.

— Vou pedir um pequeno serviço a uma pessoa poderosa do submundo.

— Que tipo de serviço?

— Hahaha! Isso você verá. — Ele me olha ainda curioso e pego minha taça com vinho.

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Max Field

Assim que saio da empresa vou caminhando até a praça central, já que é um bom ponto para esperar meu motorista.
Enquanto caminho vejo o Miguel Zark, um dos melhores funcionários da empresa tomando seu café e resolvo cumprimenta-lo.

— Olá, Sr. Zark. — Estendo as mãos.

— Ah, oi, Sr.Field, como vai? — Ele retribui e aperta minha mão.

— Bem, e o senhor?

— Ótimo! — Ele dá um gole no café.

— E então, como andam as coisas na empresa? — Pergunto só pra ser simpático.

— Olha... Do jeito que as coisas andam, pra ser sincero, só estou lá porque ainda não consegui um emprego melhor. Nossa empresa costuma se envolver em coisas bem polêmicas.

— Digo o mesmo. — Só que não.

— Mudando de assunto... — Coloco a mão no meu bolso e ativo o gravador. — Você percebeu que o chefe está estranho ultimamente? — Pergunto na intenção de descobrir se ele desconfia do Arthur.

—Sim, eu notei. Ele está escondendo algo eu tenho certeza. -Ele se aproxima como se fosse contar um segredo. - Eu ouvi ele conversando com alguém sobre derrubar a M.R. Acho que você deveria tomar cuidado, se não pode acabar complicando pro seu lado.

Será que ele sabe que era eu...? Acho que não.
— Nossa! Você tem certeza disso? — Disfarço.

— Sim, Sr.Field. Eu ouvi direitinho.

[Silêncio...]

Logo vejo meu motorista chegando. Salvo pelo motorista!

— Aah! Olha o meu motorista ai. Até mais Sr.Zark. — Ou não.

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Dia seguinte. ● Na empresa ●

Max Field

— Bom dia chefe! Como andam as coisas?

— Excelentes! — Damos risadas. Com certeza ele conseguiu falar com o cara.

— Já falei com o hacker e ele topou. — Sabia! — Ele vai desviar dinheiro de algumas conta de um banco e vai deixar o endereço de IP de um dos computadores da M.R durante o processo. O banco irá chamar a polícia para investigar, eu vou deixar o resto com a polícia e pronto. A empresa irá por água abaixo. Imagine só! A empresa que luta contra a corrupção fazendo uma maior ainda. — Sorrio pela idéia gananciosa dele e ele sorri também. Espero que esse tal hacker seja confiável.

— Aproveitando o assunto, ontem eu falei com o Sr.Zark e eu descobri que ele sabe sobre o seu plano. — Ele me olha surpreso. — Ele nos ouviu falando sobre o "plano".

— Sr. Field, você tem certeza disso? — Ele pergunta me olhando sério nos olhos.

— Sim! Eu até gravei a conversa.

— Deixe-me ver.

Mostro a gravação a ele e chegamos a conclusão de que iríamos investigá-lo melhor para saber o quanto ele sabe, e dependendo, teríamos que dar um jeito nele.

— Assim que cheguei em casa procurei saber sobre ele. Ele tem uma esposa e uma filha, sem parentes ou amigos muito próximos.

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— Hum... — Diz ele pensativo. — Você pode cuidar disso pra mim? — Assinto já sabendo que ele iria me pedir isso.

Depois de tudo o que descobrimos... De alguma forma ele possui cópias de arquivos que comprovam escândalos anteriores. Não temos ideia de como ele conseguiu isso, talvez alguém da empresa o tenha ajudado.

— Um "acidente" — Faço aspas com os dedos quando falo "acidente". — de carro não iria ser suspeito. — Ele sorri satisfeito e gesticula  suas mãos me dando total liberdade para fazer isso.

— Ótimo!

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→Quatro dias depois...

Hanna

— Olá, boa noite! — Olho pra TV e vejo a jornalista séria.

— E hoje acontece mais um roubo na PétroH, não se sabe ao certo quem foi, mas roubaram mais de 1 Milhão de reais. Suspeita-se que desviaram o dinheiro para políticos do partido PRB, mas ainda estão sendo investigados.
  Houve também um roubo no...

— Desligue a TV, pai. Não vai passar nada que preste, só roubos e mais roubos. Digo com voz de tédio.

— Pois é... — Ele diz enquanto olha pra TV.

— Hanna, eu acho melhor você ir dormir, porque amanhã iremos acordar cedo. — Me lembro da longa viagem que vamos ter amanhã.

— Aaah pai! Eu Queria ver algum filme, poxa.

— Haaannaa! — Ele cruza os braços e se força a ficar sério.

— Aah... tudo bem. — Faço uma cara de triste e vou em direção ao quarto.

→Dia seguinte.

— Vamos, filha.  Se apresse! — Meu pai grita da cozinha e meu Deus... pra que gritar assim?!

— Já estou pronta! -Grito de volta enquanto fecho a porta do quarto.

— Amoor?? — Não sei de onde meu pai tira disposição pra ficar gritando.

— Oooi?! Estou pronta. — Minha mãe responde. Ela está linda.

— Ah, sim! Então lá vamos nós. — Meu pai sorri animado e acabamos sorrindo também.

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