A promessa

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Uma semana depois.

03:45

Hanna

Insônia... uma das palavras que mais odeio. Levanto do sofá, ligo a Tv e vejo Vinícius vindo do corredor.

-Ainda acordada Hanna?!

-Pois é... Insônia.

-Entendo... -Diz ele pegando água na geladeira.

-Vinícius?

-Oi? -Ele me olha ainda com sono.

-Você praticava luta não é? -Olho curiosa pra ele.

-Sim...

-Pode me ensinar? -Espero anciosa pela resposta até que ele abre um sorriso.

-Claro Hanna. Mas você ainda está se recuperando, acho melhor esperar um pouco.

-Verdade...

-Então... -Ele fala pensativo. -acho que podemos começar daqui a umas três semanas, tudo bem?

-Perfeito! -Sinto o brilho nos meus olhos. Não vejo a hora de começar.

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É amanhã que começarei o treino. Não vejo a hora! Uma coisa me chama atenção me fazendo sair de meus pensamentos. Um cartão. Mas um cartão preto e bonito. Levanto as mãos para tocá-lo mas ouço passos atrás de mim.

-Gostou do cartão Hanna? Ele viu. Que vergonha.

-Sim...

-Quer pra você? Esse é um cartão de acesso que alguém perdeu lá na delegacia. Eu peguei pra mim porque dois é melhor que um. -Ele sorri. -E afinal, ninguém deu falta dele.

-Uaaau! Quero siim. Obrigada. -Ele me entrega o cartão e eu pego como se fosse uma criança pegando doce.

***********************

→Três semanas depois.

-Muito beeem! Está se recuperando bem rápido. -Dou um sorriso como agradecimento.

-Agora tente me acertar soco.

-Eu... Eu não quero te machu...-Enquanto eu terminava de falar ele me joga no chão me dando uma banda.

-Diz isso pro seu inimigo e ele vai rir da sua cara. -O olho surpresa.

Mas rapidamente eu me levanto e consigo dar um soco em seu rosto, ele me olha com cara de surpreso e de dor também. Haha! Acertei em cheio.

-Nossa... nada mau. Mas essa doeu. -Ele diz fazendo drama.

-Diz isso pro seu inimigo -Abro um sorriso de lado. E ele franzi a testa.

-Você aprende rápido ein.

-Obrigada. -Sorrio de lado. Ficamos em silêncio por um tempo até que resolvo perguntar:

-Mas então... Já descobriram quem foi o culpado da morte dos meus pais?

-Hanna, já falamos sobre isso.

-Mas... isso não pode ficar assim, não é justo!

-Deixe que a polícia cuide disso.

-Ta. -Não.

-Promete que vai ficar fora disso? Pela sua segurança. Hanna, eles são perigosos. Claro que não vou ficar fora disso. Mas ao invés de responder eu olho pro chão e em seguida olho pra ele e saio da garagem.

-Hanna?

-Hum?

-Eu quero te falar uma coisa.

-O que? -Ele decidiu contar?!

-O acidente... Ele foi forjado. Eu e uns amigos meus lá do trabalho estamos investigando. Analisamos o carro e chegamos a conclusão que alguém fez aquilo, ainda não sabemos quem foi e nem o porque.

-Foi forjado??! -Não consigo acreditar nisso. Quem faria isso?!

-Eu preciso ajudar vocês.

-Hanna, eu já te disse que quero você fora disso.

Não o respondo e vou em direção a varanda. Me sento no chão e sinto o vento batendo em meu rosto.

Lembro de quando eu era criança e brincava aqui com meus pais.
Ele acha mesmo que eu vou ficar fora disso? Ele está muito enganado.

-Pai, mãe... eu vou vingar vocês, eu prometo que quem fez isso vai pagar.

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A vingança - ZRKOnde as histórias ganham vida. Descobre agora