Mais um dia difícil

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-Vinícius, eu vou lá na padaria ta?

-Tudo bem Hanna, mas não esqueça de por os óculos e o capuz. Essa área é longe de onde você mora mas nunca se sabe.

-Sim, já coloquei. Até mais!

Ponho os óculos e vou caminhando com meus fones de ouvido tocando "G-Eazy X Bebe Rexha: Me myself and i".

Na volta pra casa encontrei o portão aberto. Achei estranho mas não liguei.
Quando derrepente ouço um homem gritando irritado e eu logo me escondo em algumas plantas no quintal e vejo três homens armados e mascarados todos fazendo perguntas que não consigo ouvir direito e vejo Vinicius negando algo com a cabeça. Eu... eu preciso fazer algo. Mas como? Nem arma eu tenho, não sei nem lutar muito bem e eu não daria conta de três homens. E ainda por cima tem mais um no carro. Meu Deus! O que eu faço??

Tudo para quando ouço o barulho de uma das armas disparando contra Vinícius. Tampo minha boca com as mãos para evitar fazer qualquer som, e todos eles saem correndo deixando o Vinícius no chão. Quando vejo que o carro já está longe saio correndo em direção ao Vinícius.

-Vi... Vinícius...  Você vai ficar bem. VOCÊ VAI FICAR BEM.

-Hanna, você precisa fugir daqui. Eu te avisei que eles são perigosos. Fuja a tempo Hanna, você precisa ir.

-Mas... -Sussurro com os olhos já marejados.

-Hanna, agora! Vá! Não se preocupe comigo, eu sempre estarei ao seu lado. Vai Hanna você não tem muito tempo.

Ele vai fechando os olhos e quando vejo... oh não... não... não pode ser.

-Vinícius???? Fica comigo Vinícius.

Minha maquiagem fica completamente borrada pelas lágrimas.

Vou correndo pra casa e pego todos os meus "rastros" para não desconfiarem que alguém morava aqui. Ponho tudo em uma mochila e saio as pressas.

Logo depois ligo para a polícia de um telefone público. Minutos depois a polícia chega e fico de longe observando, mas logo saio de perto.

Pra onde eu vou agora??

Ando sem rumo quando me lembro da casa de praia. Dali pego um ônibus e meus olhos começam a encher de lágrimas, mas tento segurar, pois odeio chorar na frente das pessoas.

Depois de umas duas horas chego exausta. Ainda tive que pular o muro pois a chave estava no carro do meu pai, e ainda bem que eu estava com a chave da porta. Jogo a mochila pra um lado, o casaco para o outro, e não aguento... Começo a chorar, a chorar por tudo. Meus pais, o Vinícius... isso não vai ficar assim.

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A vingança - ZRKOnde as histórias ganham vida. Descobre agora