Capítulo 4

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Oi Gente!!!! Aqui no início só estou a avisar que o capítulo é beeem grande! Esse, infelizmente, não deu para eu cortar ao meio se não ia ficar sem sentido algum e vocês não poderiam rir das peripécias desse capítulo! Então mil perdões... E , por favor, me mandem comentários dizendo se ficou muito ruim esse capítulo gigante! ;)

Até lá embaixo!


Capítulo 4

Quando adentramos o hotel e depois de um agradável banho quente, descobri que o meu quarto seria compartilhado com a megera da Desirèe. Revirei os olhos ao ver a sua verdadeira face. Ela fingia que não era tão bonita. Ela era lindíssima!

Os cabelos loiros caíam em camadas até a metade das costas e os olhos azuis brilhavam agora que ela estava num pijama de frio usando brincos e um sorriso chamativo. Ela fez uma cara de nojo quando me viu. Eu não era uma das melhores pessoas na hora de dormir. Não podia culpá-la. Estava usando um dos meus pijamas prediletos de cor marrom que parecia um ursinho e pantufas de oncinha que deixavam tudo ainda mais tosco. Agora que eu tinha solto a juba, estava me sentido um leãozinho, com um blackpower maneiro cobrindo-me em todas as direções. Desculpe, Desirèe, você vai ter que conviver com essa visão dos infernos a noite toda.

– Acho que prefiro você de terno. É menos feia. – Desirèe disse enquanto se alimentava do que parecia uma sopa de legumes. Tentei não fazer cara de nojo, mas achei hilário que agora Desirèe estivesse mostrando sua verdadeira cara.

– A recíproca é verdadeira. Prefiro você feia, Desirèe. – A garota franziu o nariz, como se estivesse me chamando para uma luta e achei aquilo a coisa mais tosca que já tinha visto. Acabei não ligando mais para ela. Liguei para o que parecia ser o serviço de quarto.

– O que há para o jantar? – Perguntei morrendo de fome. Eu era uma morta viva em pessoa. Não podiam me culpar. Eu tinha passado o dia inteiro enfurnada num salão com vozes femininas me tirando do sério. Eu queria comer!

– O que a Senhorita quiser, Senhorita Valença. – Disse a voz masculina do outro lado do telefone. Fez até meus olhinhos brilharem! Tudo o que eu quisesse? Será que não podíamos ficar para sempre no hotel? Eu precisava comer muito!

Depois de pedir tudo o que podia, incluindo sobremesa! Olhei para Desirèe que me olhava estranho. Parecia que ia vomitar. Aquela menina já estava me tirando do sério. Esperava que o quarto não tivesse câmeras, por que eu ia bater naquela garota! Finalmente ela falou:

– Não sei como o Seth deixou você passar. Olhe para você! Gorda, ridícula, feia e, além do mais, faminta. Pior. Não consigo achar nenhuma qualidade em você. – Sim. Eu ia bater nela. Ela estava me tirando do sério.

– Eu posso te quebrar o nariz. Para mim isso serve de qualidade, vadia. – Não pude deixar de xingá-la. Ia pular no pescoço dela. Eu já explodia com facilidade, a França estava sendo um lugar perfeito para que isso acontecesse, me estressando em todos os dias. Ainda mais com aquela garota mimada achando que era a Rainha da Cocada Preta pensando que podia me xingar e ia ficar por isso mesmo. Não. Não ia mesmo.

– Além disso, não sou falsa como você, cara de cenoura. – Desirèe revirou os olhos. O descaso dela comigo estava me dando nos nervos.

– Eu vou conseguir a vaga, querida. Acho bom você comer mesmo, querida, porque sua cara de porco vai afugentar o Sheikh e a Senhora Zilena. Eles não vão querer porcos na casa deles.

– Muito menos vadias, acredito eu. O que você fez Desejo? – Disse zoando com o nome ridículo dela que tinha um significado ainda mais presunçoso. – Deixou Seth te beijar? Chegou a esse ponto? Por que é bem típico de você. Seria uma ótima garota de propaganda com esse nome, se você quer saber. Esse corpo, então. Magra do jeito que é... – Ri não concluindo minha frase. Desirèe era muito magra. Parecia que ia quebrar. Duvido que pesasse mais do que quarenta e cinco quilos. Muito menos, com toda certeza. Eu poderia não ser magra como ela, mas também não era gorda. Eu era eu mesma. Uma garota com corpo normal. E não tinha nenhum problema com meu corpo, não parecia um porco e não era feia como ela dizia. Nunca me chamaram assim.

O Sheikh e Eu.Where stories live. Discover now