Capítulo 5

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Capítulo com muitas imagens e alegrias para vocês aproveitarem bem, afinal, descrição tem a rodo, mas vocês sempre podem comparar com as fotos? Vamos lá? ;)





– Prontinho. A senhorita está cauterizada. Como se sente? – Perguntou o médico enquanto me olhava. Eu ainda sentia meu olho mega inchado, o rosto cheio de hematomas, mas, se era para agradecer alguma coisa, eu agradecia o fato de estar com o nariz cauterizado e não-quebrado.

– Acho que um pouco melhor. – Murmurei e Zilena deu um leve sorriso. O médico concordou com a cabeça enquanto saia da sala, provavelmente para atender outro paciente em outra sala. Zilena suspirou.

– Peço desculpas por fazê-la passar por isso, querida. – Disse Zilena e eu a olhei. Ela não tinha nenhuma culpa, porque pedia desculpas?

– A culpa não é da Senhora. – Tentei.

– É sim! – Ela vociferou. – Devia ter percebido que Desirèe era uma enganadora. Devia ter lhe poupado de usar najib.

– O que é najib? – Perguntei ainda tentando me situar na sala. Zilena estava falando rápido demais e eu suspeitava que ela estava tentando aguentar o nervosismo que sentia e, por isso, falava dessa maneira.

– É uma vestimenta querida. Tapa boa parte do rosto, porém não os olhos. No entanto, damos um jeito nisso. Um óculos escuros e está tudo certo. Foi o que consegui arrumar para você querida, ou melhor, o que eu trouxe na mala. Talvez fique um pouco grande no comprimento, mas é melhor grande do que curto. – Murmurou Zilena. Ela parecia olhar fixamente para o meu rosto, como para ter certeza de que não tinha sido coisa do destino. Tinha acontecido mesmo. Eu estava machucada.

– É claro que você não começará a trabalhar logo de uma vez. Poderá descansar no começo. Já pedi a Rashid que não traga visitas na primeira semana, para você se acostumar com o local e, agora, para que também se recupere. – Sorri.

– Não se preocupe, Senhora Zilena, estarei boa em menos de um dia. – Prometi. Zilena me olhou nos olhos no que pareceram longos segundos antes de me repreender, como se eu fosse uma criança:

– Não prometas o que você não pode ser capaz, Senhorita Agnes. Estará indo contra a nossa religião. Só prometemos aquilo que somos capazes de fazer. Se fazemos uma promessa falsa, pagaremos por Alá as consequências dela. – Concordei tentando não parecer levemente ofendida. Não sabia que ia levar uma repreensão logo assim de cara.

– Desculpe. – Pedi.

– Não há problemas, Senhorita Agnes. Com o tempo você se acostumará. – E dito isso, Zilena alcançou a porta em segundos, saindo de perto de mim. Fiquei dentro da sala do médico, sozinha, desamparada, cheia de hematomas e, pior: Extremamente encucada com a ideia do que eu estava fazendo com a minha vida.

Najib. Uma vestimenta negra que cobria todo o meu corpo. Braços, pernas, cabelo, pescoço e quase todo o rosto. O que sobrava que não era coberto, os olhos e as mãos, estavam ocupados com, respectivamente, óculos escuros e malas. Não havia nada que ninguém pudesse ver.

 Não havia nada que ninguém pudesse ver

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O Sheikh e Eu.Where stories live. Discover now