EU AMO OS GAYS. E VOCÊ?

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Hoje volto a escrever mais um texto relacionado a complexa relação entre evangélicos e gays. Ontem (9/06/2015) escrevi um pequeno texto no meu blog, deixando a minha opinião e demarcando a minha posição sobre o assunto gerado pelas manifestações na Parada Gay, realizada no último domingo. As reações ao texto que escrevi, foram as mais diversas.  O que me motiva escrever este novo texto, é a conturbada relação entre evangélicos e gays. Isso é algo patente. Dispensa legendas, mas é necessário fazermos uma reflexão sobre o tema. Os gays estão presentes nas igrejas evangélicas. Só não os vê quem não quer. Eles estão lá. Cantam, lideram, cuidam de crianças, ensinam, pregam e muitas vezes são fervorosos na prática de fé. Diante dessa realidade, eis a questão: Como devemos lidar com a homoafetivade na igreja? Como pastor de jovens de uma igreja evangélica, posso dizer que já lidei e lido com alguns casos de jovens homossexuais dentro da igreja. Como lido? Confesso que as vezes, é muito difícil para mim, pois vivo sempre no fio da navalha, demonstrando amor incondicional ao passo que deixo claro a minha não concordância com a prática homossexual. Para aqueles que advogam que a prática do amor incondicional dispensa a declaração da verdade, puxo o lençol, e desnudo a realidade de que os homossexuais precisam entender que a homoafetividade, não é o padrão de vida que a Bíblia Sagrada ensina. Voltando a falar sobre a minha relação pastoral com homossexuais dentro da igreja, digo que as interações que mantenho com eles são maravilhosas. Na maioria dos casos, eles entendem que segundo a Bíblia Sagrada, a prática homossexual consiste em pecado. O problema dos homossexuais com os quais lidei e lido, não é doutrinário ou teológico. O problema é sempre emocional. Eles não se sentem amados e aceitos na condição em que se encontram. Acredito que esse é o xis da questão: precisamos amar e aceitar verdadeiramente os homossexuais. Eu acredito que nesse processo de amá-los, a declaração da verdade se faz necessária, sobretudo na época em que vivemos, pois conheço muita gente que por não entender a verdade sobre o assunto, se encontra presa na prática homossexual. Mas enfim, os evangélicos como um todo fraquejam no amor que deveriam demonstrar aos homossexuais. Declarações cheias de ódio como a do cantor evangélico Thalles Roberto, que rogou fogo do céu contra os gays, corroboram a complexa relação dos evangélicos com a comunidade gay. Mais alarmante do que a declaração de um cantor evangélico cheio de ira foram os comentários que seguiram a sua declaração. Milhares de evangélicos apoiaram o cantor e também imprecaram maldições contra os gays. Como cristãos, precisamos rever a forma como temos tratado os homossexuais. Será que os aceitamos mesmo? Será que os amamos de verdade? Se você faz parte de uma igreja evangélica e se assume evangélico, deixo uma pergunta: "Você tem caminhado e se relacionado intimamente com algum homossexual?". Se a sua resposta for não, vale a pena uma avaliação do seu cristianismo, pois eles estão nas igrejas. Das duas uma: ou você não está prestando atenção nas pessoas com as quais se relaciona, ou você está negando o fato de que eles estão presentes na sua igreja e de que necessitam de amor e de aceitação. Que amemos verdadeiramente os homossexuais e que o amor transforme a todos nós.

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