SEXO, SEXO, SEXO...

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Nós vivemos numa sociedade de consumo onde quase todas as coisas são restringidas a comercialização. Infelizmente, até mesmo particularidades das relações humanas entram nesse processo de comercialização. O sexo é uma das particularidades relacionais que mais se tornou comercial em nossos dias. Vende-se sexo, compra-se sexo, arremata-se sexo, barateia-se sexo, pluraliza-se sexo, aluga-se sexo, leiloa-se sexo. Sexo tornou-se mais um produto dentro das relações humanas. Um produto bom, que gera apenas prazer. Não importa com quem se pratique; se é com mulher ou se é com homem, o que importa é o prazer que ele gera. Hoje em dia, jovens se conhecem numa balada e instantaneamente vão pra cama. Transam e depois nunca mais se veem. Se relacionam com o sexo como se comessem um lanche do McDonald's e depois jogassem as sobras fora. Sexo é apenas prazer ou é algo mais? O fim último do sexo é dar prazer para aqueles que o praticam ou é outra coisa mais profunda? Esta é uma pergunta que poucos estão fazendo. A resposta a essa pergunta tem o poder de mudar a nossa relação com o sexo. Antes de tudo precisamos entender que a visão que compartilhamos sobre sexo e sexualidade vem de uma cultura antiga, mas semelhante a nossa. A ideia erotizada e sexista, que limita o sexo aos orgãos genitais humanos, vem da Grécia antiga. Foi na Grécia do primeiro e segundo séculos que surgiram as ideologias religiosas que apequenaram o sexo. Algumas delas como o gnosticismo cristão, influenciadas pelo neo-platonismo, forjaram uma visão de mundo dualista onde o corpo era visto como algo ruim e o espírito como algo bom. Essa visão dualista de corpo e espírito, foi sobrevivendo até chegar aos dias de hoje. Pessoas transam por transar porque entendem o sexo como algo não espiritual. Sexo é corpo, pegada, troca de fluidos corporais, desejo, hormônios em ebulição; nada mais, nada menos. Esta é a visão que se tem nos dias de hoje em relação ao sexo. Por isso, saber o nome da pessoa não importa. O caráter não importa. Sentimentos não importam. O que importa é a satisfação dos desejos sexuais. Infelizmente essa visão sobre o sexo e a forma como as pessoas tem se relacionado sexualmente, têm gerado apenas confusão, doença e culpa. A nossa geração é confusa, doente e culpada porque se relaciona sexualmente sem entender qual é o propósito último do sexo. A culpa gerada pela prática do sexo sem compromisso e sem propósito, mata a alma. Conheço jovens que não sabem quem realmente são, pois por causa do sexo sem compromisso, tornaram-se líquidos na alma. Por isso é necessário entender que sexo não é apenas prazer. Sexo segundo a visão da Bíblia Sagrada, é ligação de corpo, alma, mente e espírito. Envolve coração, sentimentos, pensamentos, alianças, planos, sonhos, projetos, carinho, cuidado... Sexo é a celebração de duas almas que se amam e estão entrelaçadas por meio de compromissos firmados. Sexo é alegria, prazer, intimidade, amor, é pureza e festa na vida a dois. Sexo que não gera culpa na alma e que é feito do jeito certo é aquele praticado dentro de um relacionamento heterossexual aliançado pelo casamento. Esse é o propósito último do sexo: celebrar a Deus na celebração com o outro. Oro a Deus para que você entenda e busque o propósito do sexo para sua vida.

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