Mais um dia normal... ou nem tanto assim (Pt.2)

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Entro em nossa sala de artes, que é bem grande por sinal. Dirijo-me à uma carteira perto de Nino, Mari e Alya. Muitos alunos continuam de pé, conversando. Corro meus olhos pelo lugar em busca do professor, mas não o vejo em lugar algum. Então, entro na conversa dos meus três amigos.

-E aí, conversando sobre o que? - pergunto a eles.

-Estamos apostando quanto tempo nós achamos que o professor vai demorar para chegar aqui na sala. - Marinette responde.

-Por quê? - digo, confuso.

-Ah, é que você não o conhece! - diz Alya, rindo. - Ele sempre se atrasa pra aula, e inventa umas desculpas esfarrapadas. Mas a verdade é que ele tem um caso com a professora de educação física, e sempre passa pelo ginásio para tentar falar com ela.

-Sério? - digo um pouco surpreso, mas rio. - Que cara doido.

-Isso porque você ainda não o viu. - diz Mari. - Ele tem um jeito... digamos... exótico. - ela olha para Alya e Nino, rindo.

-Mas ele é bem engraçado, a gente sempre acaba rindo muito na aula dele. - fala Nino.

-Então tá... - eu rio. - E como estão as apostas?

-Estamos apostando um pacote de balas! Eu apostei que ele vai demorar dez minutos, a Mari sete, e Nino catorze. Quer apostar também?

-Haha, não, obrigado.

-AHHH! - escutamos um grito vindo de fora da sala.

-O que foi isso?! - pergunto assustado.

-Não faço a mínima ideia... - responde Mari. Posso ver medo em sua expressão. - Isso nunca aconteceu antes...

Eu me levanto, apreensivo, e espio pelo vão da porta entre-aberta.

-Ah não... - digo baixo.

Alya e Nino se levantam, indo em direção a porta e abrindo-a. Todos na sala, com medo, se encolhem em suas carteiras.

-O que é is... -Nino diz surpreso, até que ouvimos uma explosão, e a lâmpada se estoura, fazendo com que o ambiente fique escuro, exceto pelos feixes de luz que passam pela porta e pelas grandes janelas de vidro.

-AHHH! - Chloé grita estridentemente, e os outros alunos começam a correr pela sala, desesperados.

-Adrien, o que é tudo isso? - sinto Mari abraçar meu braço. Me arrepio com o toque, mas não é hora para isso.

-Ainda não tenho certeza... - sussurro para ela. - Mas não se preocupe, vou protegê-la. - ela se surpreende, e percebo o que eu havia acabado de falar. - Ah... venha comigo. - seguro a sua mão e a guio pela sala.

Espio pela porta para conferir se é seguro sair.

-NÃO SAIAM DAQUI, VOU BUSCAR AJUDA! - grito para a sala, e logo depois saio com Marinette.

Olho à minha volta e vejo que as janelas de algumas salas estão estilhaçadas, deixando inúmeros cacos de vidro no chão dos corredores.

-Onde fica o banheiro mais próximo? - pergunto-na num tom de voz alto o suficiente para que me ouça no meio do caos barulhento que está a escola.

-Ahn... - ela estranha a pergunta repentina. - É por aqui... - descemos as escadas e chegamos no pátio, onde posso ver mais rastros da explosão. Entramos em um corredor e ela aponta para uma porta. - Aqui está. Esse é o masculino e... - sem deixá-la completar, entro no banheiro, puxando-a pelo seu braço. Certifico-me de que não há ninguém ali além de nós dois e digo;

  -Plagg, transformar! - em questão de segundos me transformo em Chat Noir. - Pronto! Agora é só levá-la... - vejo Mari passar a mão em uma ferida em seu braço, que pelo visto acabou de ser feita em sua pele, já que sangra. - O que aconteceu? - ela levanta o olhar para mim, não tinha percebido que eu havia reparado no seu corte.

  -Ah, não é nada não, é só um machucado pequeno. Nada para se estressar. - diz, tentando tampá-lo com a manga de sua blusa, mas a ação faz com que o tecido encoste na ferida, causando ardor. - Ai, ai! - ela se assusta e descobre o machucado, que está coberto de sangue.

-Não é nada?! - pego um lenço que está em uma caixinha do banheiro e coloco-o sobre a ferida. - Segure isso aí. - busco um outro lenço, mas agora o molho na água da torneira, para poder lavar o corte.

-Isso arde... - Marinette reclama. Olho para ela com uma pontada de dó. Estou mais afobado do que pensava, preciso de desacelerar as coisas.

-M-me desculpe. Mas isso pode acabar dando uma infecção. - sua expressão muda de tensa para risonha. - O que foi?

-Parece que o jogo virou, não é mesmo? - ela diz, rindo, fazendo com que eu me lembre da noite passada. Rio com a lembrança.

-Kit de primeiros socorros? - estendo minha mão em sua direção. Ela abre a bolsa que trazia consigo e tira de lá um band-aid.

  -Aqui está! - ri, apesar da situação. Coloco o curativo sobre a ferida.

  -Pronto. Agora sim, vamos sair daqui! - saímos do banheiro correndo. Seguro Marinette por sua cintura e vamos de telhado em telhado, até chegarmos na varanda de sua casa, com auxílio de meu bastão. Solto sua cintura. - Tem as chaves? - aponto para a porta trancada.

  -Sim! - ela as tira da bolsa e abre a porta. Nós entramos em seu quarto.

  -Está com seu celular aí?

  -Estou. Por quê? - pergunta, confusa.

  -Ligue para a polícia, por favor. Passe o endereço de nossa escola e fale que ouve um ataque lá. - ela começa a discar número.

  -Mas que tipo de ataque?

  -Diga apenas que uma espécie de bomba explodiu parte do colégio, e que os alunos ainda estão lá dentro. Algo direto, que chame a atenção deles. Não podemos correr o risco de não acreditarem em nós. - ela assente com a cabeça e liga para eles. Em segundos atendem e Mari diz o combinado.

  Olá leitores! Como estão? Espero que estejam bem! Agora a fic vai finalmente começar a esquentar, hehe 🌚 Já que estamos perto do Natal, eu estava pensando em fazer um capítulo especial (mas ele seria desconectado dessa história). Por favor comentem se seria legal se eu fizesse um! Se tiverem qualquer dúvida a respeito da fanfic, podem comentar também! MUITO obrigada por 19K de leituras! ❤️ Bjuus~

Olá, Adrien (Hiatus)Where stories live. Discover now