c i n q u e n t a e c i n c o

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[cinquenta e cinco] "bolas"

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[ c a s t i e l ]

"Cass..." Ouço a voz rouca e arrastada de Dean chamando-me.

Assim que abro meus olhos, posso sentir minha cabeça a doer.

"Dean?" Fecho um olho, tentando habituar-me aos raios de sol que já entram em nosso quarto de hotel. "Bolas." Resmungo, ao sentir vontade de vomitar, e corro atrapalhadamente ao banheiro.

Depois de 'despejar' tudo, começo a sentir-me melhor. Lavo lentamente o rosto, devido ainda estar um pouco sonolento, e olho-me no espelho; os meus olhos logo arregalam-se ao verem o meu corpo apenas coberto por minha roupa íntima.

Volto para o quarto, encontrando o Dean à procura de suas vestes.

"O que aconteceu ontem à noite?" Questiono de uma vez.

Pequenas memórias aleatórias aparecem em minha mente.

"Vamos ver quem consegue beber mais." Sugiro, já um pouco 'alegre'.

"Você quer é me embebedar!" Dean supõe e ambos rimos.

Aproximo-me dele, colocando-me na ponta dos pés e juntando os meus lábios a sua orelha. "E se quiser mesmo?" Quase berro, para que consiga ouvir-me no meio de todo o barulho.

"Vamos ver quem consegue beber mais, então!"

"Deus... Isso não pode ter acontecido." Começo, andando de um lado para o outro. "Só fazemos porcaria quando estamos bêbados!"

"Tenha calma." O rapaz tenta, espreguiçando-se, ainda na cama.

"Calma? Calma?" Elevo os braços, bufando.

Abaixo-me para pegar sua cueca e atirá-la em seu rosto.

"Somos dois adultos casados, não fizemos nada demais." Ele diz, calmamente, retirando sua boxer preta da cara e vestindo-a. E, em segundos, posso vê-lo levantando-se e caminhando até mim. "Relaxa."

"Deus, Dean! Sua calma me irrita!" Resmungo. "Nós estávamos completamente bêbados! Não sabemos o que andamos fazendo por aí antes de virmos para cá! Deus, nem sequer sabemos se usamos pr-"

"Não aconteceu nada entre nós, estúpido." O cara-de-camelo interrompe-me e senta-se na ponta da cama. "Pelo menos não aconteceu nada que nunca tenha acontecido antes."

"Não?" Confuso, sento-me ao seu lado.

"Você adormeceu no meio." Ele afirma, fazendo-me rir. Sinto-o empurrando-me levemente, rio ainda mais.

"Vai, Castiel bêbado!" Exclamo, ainda gargalhando. "O que aconteceu?" Pergunto. "Conte-me."

[ d e a n ]

"O que aconteceu?" Castiel interroga. "Conte-me."

"Nós estávamos no bar... Tudo certo até aí?" Questiono, rindo, e ele apenas assente.

"Vamos voltar ao hotel." Cass pede, segurando o que suponho ser sua décima primeira bebida.

O álcool não permite-me recusar sua proposta, como é óbvio. Apenas concordo e ele pousa o seu copo na mesa mais próxima, puxando-me pela mão, por entre todos aqueles corpos suados. Não estávamos tomando bebidas muito fortes, mas a quantidade delas já se faziam sentir. E como faziam.

Caminhamos pelas ruas de Las Vegas, visivelmente bêbados. 

O hotel aparece rapidamente em nosso campo de visão, devido ser perto do bar onde fomos. O meu companheiro de casa empurra-me para dentro do elevador, pressionando-me logo contra uma das paredes do mesmo, enquanto nossos lábios juntam-se. Carrego atrapalhadamente num botão, para esse levar-nos ao nosso andar.

Agarro sua cintura e inverto nossas posições, deixando-o encostado à parede. Consigo escutar o meu coração batendo, assim como o álcool correndo em minhas veias.

O 'plim' do elevador desperta-me. Puxo Castiel pelo corredor.

Era o quinto contando do elevador para a esquerda ou para a direita? Direita, certo? Deve ser.

Marcho até o quarto, com o meu garoto atrás de mim. Ele salta em minhas costas, fazendo-me rir. Tento segurá-lo o melhor que consigo em meu estado bêbado.

Quando chegamos ao quarto, Cass pula para o chão e eu levo-o contra a porta, juntando nossos lábios novamente, enquanto tento passar o cartão.

Do nada, a porta abre-se e ambos caímos para dentro do local; eu por cima dele.

"O que estão fazendo?" Uma voz desconhecida chama nossa atenção.

Olho para cima, encontrando uma senhora de idade, com cara de poucos amigos.

"Huh... Quarto errado." Murmuro, levantando-me rapidamente e ajudando o Castiel a levantar-se também.

Corremos para o nosso quarto, rindo do que acabara de acontecer.

"Nós não fizemos isso..." A voz conhecida interrompe-me e ambos rimos.

"Fizemos, sim." Assinto, rindo ainda mais.

"Continua." Ele pede.

"Finalmente." Resmungo, assim que entramos no quarto correto.

Fecho a porta com o pé e Cass vem para o meu colo. Rio com a sua ação e agarro suas pernas, tentando não deixá-lo cair.

Cambaleio até a cama, deitando o meu homem, e logo ficando por cima do mesmo.

"Dean..." Ele pede, enrolando suas pernas em minha cintura.

Apresso-me a tirar minha camisa, não importando-me com os botões. Os meus lábios colam-se ao seu pescoço, logo ouvindo-o suspirar. Minhas mãos agarram sua cintura, enquanto as suas vão parar em meus cabelos. Os meus lábios afastam-se de seu pescoço, para poderem juntarem-se aos seus. Deus, se eu morresse agora, eu morreria feliz. Eu morreria tão feliz.

"Demasiada roupa." Resmungo contra a boca do menor, fazendo-o rir.

Despacho-me a retirar suas calças jeans coladas e, não muito depois, bato lentamente em sua bunda, fazendo-o gemer baixinho, enquanto sua camisa vai de encontro com o chão, deixando-me ter uma bela vista de si.

Castiel tenta puxar minhas calças para baixo, ao mesmo tempo que nossos lábios juntam-se mais uma vez, só que o botão não permite-o terminar sua tarefa. Desapertando-o rapidamente, o meu marido acaba de retirar minhas vestimentas, atirando-as para qualquer lado.

Minha boxer vai para outro canto, e ouço Cass respirar pesadamente. Olho para ele, encontrando-o com os olhos fechados, dormindo.

"Bem... Parece que vou ter que acabar isso sozinho..." Murmuro para mim mesmo.

"CHEGA, CHEGA, CHEGA! Não quero ouvir essa parte!" Tampa minha boca com suas mãos, fazendo-me rir.

"Estou brincando, idiota. Depois, só o cobri com os lençóis e deitei-me ao seu lado. Acabei adormecendo também, eventualmente." Conto, sem conseguir não achar graça.

"Deus..." Ele resmunga, respirando fundo. "Lembre-me de nunca mais me embebedar contigo."

Marry You ➸ destiel versionWhere stories live. Discover now