Prologo

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Gente mais uma Fic para vcs. Espero que gostem, curtam e comentem. Atualização por enquanto uma vez por semana até Refém do meu dominador acabar. Então até mais. Bjs.

-O que você tem Ana? Pergunto sério e chateado com ela por me esconder as coisas

-Nada Christian, eu estou bem.

-Merda nenhuma, o que você tanto me esconde? Desde quando você mente para mim?

-Christian...

-Não venha com essa. Você vive trancada no banheiro, não me diz o que está acontecendo com você. Essa semana já é a terceira vez que ligo na empresa e você está no banheiro. Você está com algum problema? Já pergunto irritado.

-Eu estou grávida. Eu acho que eu escutei ela dizer que está grávida. Não, isso não é possível. Ela não pode está grávida. Os remédios, anticoncepcionais.

-Não entendi Anastásia. Peço de novo para ter certeza que entendi errado. Ela suspira e solta a bomba de novo.

-Eu estou grávida. Ela diz e eu começo a passar as mãos no cabelo, levanto brusco. Ela não pode ter feito isso comigo. Ela não pode ter feito isso com a gente.

-Como? Me responde como isso pode ter acontecido. Questiono olhando para ela em desespero. Por acaso você parou de tomar a pílula sem me consultar? Fez isso de propósito?

-Claro que não Christian. Eu me esqueci de tomar uma pílula. Ela diz com a voz baixa

-Porra Anastásia. Porque você fez isso com a gente? Você fudeu com tudo agora. Eu não queria ter filhos agora, quero dizer daqui uns dez, quinze anos. Agora eu queria curti a gente. Colocar o mundo aos seus pés. E agora? Agora tenho que compartilhar você com um bebê, trocar fraldas, choros a noite. Você poderia ter pensando em mim, em nós.

-Christian eu sei que não estamos preparados. Mas vamos ficar bem.

-Ficar bem? Como vamos ficar bem, se eu terei uma criança atrapalhando a minha vida, as nossas vidas. Como ficarei bem se a sua atenção será toda para esse bebê? Estou puto com ela. Ela não poderia ter ferrado tanto a nossa vida assim.

-Christian ele é seu filho. Olha como você fala dele. Ela diz com raiva.

-Filho esse que não pedi, filho esse que você está fazendo questão de esfregar na minha cara que eu tenho. Eu não queria filho nenhum. Tínhamos concordado nisso, pelo menos eu achei.

-Tínhamos mesmo, mas aconteceu. Eu não posso fazer nada. Ele está aqui. Ela diz.

-Claro, sempre faz o que você quer sem pensar em ninguém, nem em mim que sou o seu marido. Dois anos de casados e você já quer acabar com nosso casamento.

-É isso que você pensar? Você acha mesmo que eu fiz de propósito? Talvez você deva estar pensando que eu engravidei para pôr a mão no seu dinheiro, como todos da sua família já me julgaram.

-Eu não sei mais o que pensar. Fodá-se isso tudo. Digo levantando as mãos para alto e saindo do apto. Ela não poderia ter feito isso com a gente. Ela poderia ter pensando em nós, mas não, ela consegue fazer tudo do seu jeito sem se importar como eu vou me sentir.

Acordo mais uma vez assustado. Sempre esse mesmo sonho sobre a nossa discussão. Eu fui a porra de um adolescente quando ela precisou mais de mim, e hoje estou pagando caro pelo meu erro, caro pelas minhas palavras. Quatro anos de casados e dois anos que não há vejo. Dois anos que ela sumiu da minha vida para sempre, tudo porque eu fui um idiota. Meu filho ou filha deve estar quase completando dois anos e eu nem almenos o vi nascer, não acompanhei nada dele. Seu primeiro sorriso, seu primeiro dentinho, suas primeiras palavras. Nada, eu não fui um pai legal em nenhum momento, porque simplesmente agir errado quando precisava agir com o coração.

Passo dias e noites pensando naquela noite e na manhã que não há vi mais. Ela se foi sem deixar uma explicação. Ela se foi não me dando oportunidade de pedir desculpas pelo que disse e fiz. Minha imaturidade falou mais alto naquele dia. Eu não vi nada além da minha mulher que amava, amo, colocar um intruso entre nós. Mas eu acordei no outro dia e vi que eu precisava conversar com ela, precisava pedir perdão pelo que havia feito e dito. Dizer que faríamos o possível para sermos os melhores pais. Porém não pude vê-la no outro dia. Ela saiu da minha vida sem levar nada. Nem suas roupas, jóias que eu havia dado a ela, sapatos, nada. Ela saiu daqui de casa lisa.

Esses dois anos eu vivo me atormentando pelo que fiz. Deixei a pessoa mais importante da minha vida ir embora, e o pior, eu tirei ela da minha vida. Coloquei detetives, meus seguranças atrás dela, mas nada, parece que ela sumiu da face da terra. Na casa dos seus pais nada. Ela não tem mantido contato com eles. Como sei disso? Burlei algumas leis para que meu chefe da segurança pessoal ficasse de olho e ouvidos atentos a qualquer ligação feita para meus sogros. Eles parecem não saber dela também. Já pensei que ela e o bebê morreram, e eu não fiquei sabendo disso. Mas descarto essa ideia, já que procurei também em necrotérios e hospitais. Eu não sei mais o que fazer, eu não sei onde procurá-la mais. Eu preciso dela de novo na minha vida. Eu preciso do perdão dela. Eu preciso saber que meu filho está bem e que o mesmo me perdoa também pela minha fraqueza, pela minha rejeição.

Levanto para mais um dia de trabalho. Como sempre meu ânimo para o escritório não está bom. Eu não me vejo mais com a alegria e motivação para os negócios. Confesso que só não me resignei a largar tudo, pois a empresa é minha única distração, onde eu não penso na minha miserável vida. Me afundo em reuniões e contratos para esquecer esse pesadelo que estou vivendo. Penso quando é que terei minha vida de volta? Quando serei feliz outra vez com a minha família? Será que um dia conhecerei meu filho ou filha?

Longo Caminho. Where stories live. Discover now