Capítulo 2

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Oi pessoas!! Só passei para deixar um CAP para vcs. Bjs e até mais. ❤❤❤❤😍😍😍😍😍

Dois anos que eu havia deixado Christian e suas tolices. Ele claramente me deixou arrasada ao dizer que não queria ser pai, que eu estava forçando o mesmo a ser pai. Eu não pensei duas vezes a hora que ele saiu. Sair do escala no mesmo instante. Não levei nada, nem roupas, joias, nada, somente meus documentos incluindo o passaporte. Eu tinha em mente ir para casa dos meus pais, porém sei que a realidade iria bater na cabeça dele, e ele poderia vir me procurar, não sei para que. Já que havia deixado bem claro que não queria ser pai. E o mesmo poderia fazê-lo por obrigação. Fiquei na casa dos meus pais por dois dias, era o prazo suficiente para que ele pudesse reconsiderar sua atitude, mas não teve nada. Ele não me procurou, não quis saber de nada. Então eu resolvi seguir minha vida em uma cidadezinha pequena chamada Gallup (New Mexico). É um lugar pouco movimentado, as pessoas mais vem aqui para ver os museus que são referências do local. Com o pouco de dinheiro que tinha e ainda com o que meus pais me deram, eu aluguei uma casinha pequena aqui e fiquei morando.

Arrumei trabalho de recepcionista em um dos museus. O salário não é bom, mas também não era tão mal. Daria para me sustentar até o bebê nascer. Depois eu veria o que eu poderia fazer para mantê-lo. A única coisa que não queria era voltar para Christian, não dava mais para levar um casamento onde as regras dele é a que vale. Casada por dois anos com ele, e o mesmo nunca me disse que queria ter filhos. Chegamos a conversar sobre isso quando casamos, decidimos naquele momento esperar. Mas poxa já estávamos bem, estávamos a dois anos casados e felizes, embora não tenha planejado a gravidez, nunca achei que o mesmo reagiria da forma que reagiu. Renegar o próprio filho, isso jamais vou perdoá-lo.

Os meses foram passando e eu mantinha contato com meus pais de um telefone público, onde eles também tinham um telefone pré pago. Do jeito que Christian era louca em sua absurda perseguição poderia grampear os telefones dos meus pais e descobri onde eu estava. Então fiz de tudo para que eu não fosse descoberta. Meus pais me ajudavam muito. Mandavam dinheiro através de uma caixa postal aberta em nome de um amigo do papai e eu tinha a senha. Os meses estavam passando rápido e minha barriga já estava enorme. Eu mal conseguia andar e trabalhar. Parecia que carregava duas crianças ao invés de uma. Porém algo inusitado aconteceu, minha bolsa se rompeu e infelizmente minha filha nasceu de sete meses, com problemas respiratórios. Tirei minha licença, e fiquei mais no hospital do que em casa com minha filha.

Os primeiros meses estavam sendo difíceis. Eu passava o dia todo com ela no hospital, já que desde que nasceu ela não saira de lá. Eu estava esgotada, tinha medo de perder meu único bem precioso. Os médicos não me davam muita esperança. Eles me diziam que ela sobreviveria por milagre. Meu coração estava em pedaços ao ouvir tal comentário. Eu não sabia o que fazer.

Meus pais sabiam de tudo que estava acontecendo, porém eu não queria que eles viessem ao meu encontro, pois em uma das ligações com minha mãe, ela disse que a casa estava cercada de seguranças. Com certeza Christian já estava me procurando. Então não podia deixar que meus pais viessem. Passou se sete meses e Phoebe ainda estava lutando por sua vida. Eu estava desesperada. Sozinha, não tinha a quem recorrer. Eu já não trabalhava mais, pois não tinha tempo. Eu me dedicava a ficar com minha filha. Meus pais estavam me ajudando mandado o pouco que eles podiam.

Phoebe já iria completar um ano e nada dela sair desse hospital. Ela teve uma leve melhora no quadro, mas ainda era arriscado tirá-la do balão de oxigênio. Imagina um ser pequeno, tão indefeso, sofrendo algo que nem gente grande tem forças às vezes para enfrentar. Minha filha estava sendo uma guerreira. E eu estava todos os dias do lado dela. Eu não poderia fazer diferente, já não basta ter sido rejeitada pelo pai, agora a mãe também faria o mesmo? Não, isso nunca iria acontecer da minha parte. Eu ficarei com ela em todos os momentos. E foi isso que fiz até agora. No seu aniversário de um ano eu levei um pequeno bolo e cantei parabéns para ela. Só nós duas. Ela parecia me ouvir, pois sorria fraco. Eu queria minha menina sã e salva. Eu queria pegá-la no colo e fazer carinho. Não era possível que tudo na minha vida tinha que dá errado.

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