Libertada || Último Livro da Trilogia Sinistra

Capítulo Cinco

Ao sair do prédio, os meus ouvidos agradecem por, finalmente, o condomínio estar silencioso. Bem, não está um completo silêncio, já que zumbis estão gemendo do lado de fora enquanto batem contra os muros. Uma brisa faz a fumaça das chamas voarem para longe. O cheiro de sangue e queimado se misturam no ar. Corpos praticamente cobrem o chão. As pessoas formam fila para entrar no prédio em que a Nave recolhe os sobreviventes. Niall, Demi e dois recrutas de Zayn ajudam as pessoas da fila. Niall e os recrutas devem ter descido do avião pela rampa. Eu aceno para eles.

Parece que tudo acabou. Que todos estão indo embora. As guerras acabaram. Graças a Deus.

Harry passa seu braço ao redor do meu pescoço e me puxa para perto. Eu sorrio para ele. Nós caminhamos abraçados. Então, ele aponta para algo no centro do condomínio, um pouco mais a frente.

Eu sigo seu dedo. E a vejo. Bia. Ela está bem.

Bom, tirando a fuligem e sangue no seu rosto, as roupas rasgadas e seu cabelo destruído... ela está bem. E sorri. Quase não percebo de que Liam está ao seu lado, segurando uma maleta estranhamente familiar, mas que não me preocupo em saber o que é.

Eu ergo o sorriso e corro em sua direção. Ela vem para a minha e nós nos abraçamos com força. Meu ombro quase desgruda do meu corpo de tanta dor.

Sinto-me como se estivesse flutuando. Um alívio completo passa por mim. Eu choro em seu ombro. Ela está viva. Ela está bem.

— Eu te amo tanto! — falo.

— Eu pensei que você tinha... tinha... — ela praticamente grita ao chorar.

Nós nos afastamos um pouco. Eu ponho a mão em seu rosto.

— Está tudo bem... acabou... — nós sorrimos.

Suas lágrimas fazem um rastro no meio da sujeira de seu rosto.

— Claire! — ouço a voz de Zayn vir de trás.

Eu olho para ele. Ele segura aquela arma chamada Destruidor e faz um sinal para ir até ele.

Volto o olhar para Bia.

— Vá para a fila. Logo nos encontramos na Nave — digo.

Ela balança a cabeça, afirmando. Então, se afasta com Liam.

Vou até Zayn. Ele e Harry andam juntos para frente, enquanto todos vão para a fila.

— O que aconteceu? — digo, me juntando a eles.

Nós passamos ao lado da fila. Todos já estão entrando no prédio, faltam apenas duas pessoas para todos já estarem lá. Imagino como deve estar sendo difícil ajudar as pessoas feridas a subirem as escadas. A fila anda lentamente. Consigo ver pela porta de vidro que Demi ajuda a ordem das pessoas ao passarem pela porta da escada.

— Precisamos destruir a cúpula — ele fala.

— Não tem como fazer isso pela Nave? — pergunto.

— É muito arriscado — ele fala.

Paramos quando estamos perto do portão de saída. Quando olho para ele, vejo amontoados de corpos tentando passar pelas grades. Um calafrio percorre minha espinha ao imaginar eles entrando.

Sinto meus pés começarem a doer. A adrenalina está indo embora e as dores estão vindo.

— Por quê? — fala Harry.

Zayn ergue a arma.

— Pode ser uma arma pequena — ele diz. —, mas isso atira um míssel poderoso. Se errarmos esse tiro, mesmo por um milímetro, podemos matar todos.