Capítulo 66

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Callie

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Callie

- Calma, Arizona, me escuta. - Segurei em seus braços pra que ela me ouvisse. - Eu não traí você. Hoje a Penny foi minha residente e precisei ter uma conversa séria pra que ela parasse de dar em cima de mim. Achei que tinha dado jeito, mas pelo que me parece ela não vai me deixar em paz.

- Ai Callie, acho que não suportaria outra montanha russa nesse relacionamento. Não faz isso comigo, por favor. - Ela me abraçou.

- Escuta aqui, Arizona. - Afastei para poder olhar em seus olhos. - Eu só quero te fazer feliz e sou capaz de qualquer coisa pra isso. Qualquer coisa mesmo. O que te faria feliz nesse momento, meu amor? - Fiquei bem nervosa com sua reação.

- Eu amo você mais que tudo, Callie, mas estou sentindo a necessidade de mais. Eu quero mais, quero compromisso, quero alianças... - Fiquei imóvel sem acreditar no que ouvia. - Casa comigo? Não, espera... - Ela saiu do quarto e voltou com algo na mão. - Você quer casar comigo, Calliope?

Meus olhos brilharam ao ver um lindo e delicado par de alianças na minha frente.

- Eu serei a esposa mais feliz do mundo.

Ela pegou minha mão e colocou sutilmente aquilo que brilhava bastante em meu dedo, e eu fiz o mesmo com ela. Nos abraçamos, nos beijamos apaixonadamente e fomos parar na cama. Estávamos fazendo amor como se fosse a primeira vez. Dávamos os beijos mais apaixonados, nossos corpos se encaixavam em uma perfeita sincronia, suas mãos pareciam veludo ao me tocarem, o ar quente que saía da sua boca me faziam arrepiar inteira, nossos olhares se cruzavam e percebíamos nossas pupilas tão dilatadas que eu quase não via o azul dos seus olhos. Ela me beijou dos pés a orelha e o toque da sua língua em meu centro me fez derreter de tesão rapidamente. Fui uma noite de entrega, de paixão, de amor verdadeiro e naquele momento eu me senti uma pessoa completa.

- Eu amo você, Calliope! - Ela sussurrou em meu ouvido.

- Também amo você, minha loira! - Respondi e pegamos no sono abraçadas de conchinha.

Quando amanheceu, me assustei ao olhar minha mão.

- Então não foi um sonho? - Falei baixinho comigo mesma para não acordar Arizona.

- Não foi sonho não. - Ela virou para mim e selamos nossos lábios. - Agora falta só decidirmos a data. Estive pensado e acho que não faço muita questão de festa, sua família por ser tão conservadora talvez não compareça, então podíamos fazer como Amélia e Addison. O que você acha?

- Claro que não. Sempre foi meu sonho casar de véu e grinalda e os meus pais sabem disso. Acho que não fariam essa desfeita de não comparecerem... Ou fariam? - Parei pra refletir um pouco e Arizona ficou apenas me olhando. - Já está mais do que na hora deles abrirem a mente e aceitarem a filha que tem como ela realmente é.

- Saiba que estarei ao seu lado de qualquer forma, mas tem certeza que vai querer passar por isso? E se eles não entenderem?

- Aí vão ser eles que não vão merecer estar no nosso casamento. Vou marcar um jantar e você irá conhecer Carlos e Lúcia Torres.

- Tudo bem, então temos que escolher nossos padrinhos também. Pensei em Amélia e Miranda.

- Gostei! Os meus serão Mark e Derek e acho que já poderíamos marcar a cerimônia para o próximo mês. Quero ser sua esposa o mais rápido possível. - Começamos a rir da minha empolgação.

- Então vamos agilizar as coisas. Vou procurar uma lugar com praia para nossa lua de mel.

Nos aprontamos sem parar de falar nos preparativos. Estávamos empolgadíssimas. Seguimos para o hospital e lá fomos direto fazer o convite aos padrinhos que adoraram a notícia.

Alguns dias se passaram e a notícia do casamento já havia se espalhado pelo hospital inteiro. Amélia estava ajudando Arizona com a escolha do vestido e eu estava tendo que me contentar com Mark, que não entendia nada e muitas vezes só fazia atrapalhar.

A sexta feira chegou e meus pais já estavam na cidade. Pensei em chamá-los para o nosso apartamento, mas Arizona me convenceu a irmos para um restaurante. Marquei as oito da noite e passei o dia ansiosa. As horas pareciam não passar e pra minha sorte apareceu uma cirurgia para eu ocupar a mente com outra coisa. Arizona saiu mais cedo que eu e foi pra casa, quando cheguei ela já estava pronta.

- Nossa! Você está muito linda! - Ela usava um vestido vermelho e um salto alto. Eu amava aquela mulher de vermelho.

- Obrigada, noiva. - Ela enrubesceu. - Mas vai se trocar se não vamos nos atrasar.

Tomei um banho rápido e vesti uma saia e uma blusa. Soltei os cabelos e fomos. O restaurante que escolhemos era bem requintado. Minha mãe gostava dessas frescuras, em contrapartida, o meu pai detestava. Conseguimos chegar primeiro que eles e o garçom nos acompanhou até a mesa de reserva. Quando o relógio marcou oito horas em ponto eles chegaram.

- Papai, mamãe, quanta saudade! - Os abracei com carinho.

- Você está cada dia mais bonita, minha filha. - Meu pai sempre dizia isso ao me ver.

- Não nos avisou que traria uma amiga. - Minha mãe falou assim que viu Arizona na mesa.

- Seu Carlos e dona Lucia, essa é Arizona Robbins.

- Muito prazer! - Ela levantou e os cumprimentou.

Sentamos todos e eu fiquei um pouco tensa enquanto escolhia o que pedir olhando para o cardápio. Conversamos um pouco sobre como estava a vida deles e Arizona apenas ouvia.

- Então, minha filha, o que tinha de tão importante para nos falar? - Seu Carlos sempre foi muito curioso e quando o assunto era eu, ele sempre tratava de resolver de um jeito ou de outro.

- Então... - Tomei o restante do vinho que havia na minha taça para ver se me encorajava. - Eu sei que passei um tempo sem dar notícias sobre os meus relacionamentos e talvez essa notícia seja um choque para vocês, mas como são meus pais teriam que saber de qualquer forma.

- Fala logo Iphigenia, já estou ficando nervosa. - Minha mãe me chamava assim quando queria chamar minha atenção.

- Eu vou me casar próximo mês e... - Eles não me deixaram continuar.

- Que coisa maravilhosa, filha, por que não disse antes? - Me abraçaram com tanta força que eu não conseguia nem respirar. - Quem é o seu noivo? Estou louca pra conhecer. - Arizona arregalou os olhos na mesma hora.

- Essa era a parte mais importante da conversa, mãe. Eu não tenho um noivo, eu tenho uma noiva e vocês acabaram de conhecê-la. Irei casar com Arizona.

- Eu me recuso a ouvir uma barbaridade dessas. - Minha mãe jogou o talher na mesa e saiu em direção a porta do restaurante.

- Por que você resolveu dar um desgosto desses a sua mãe, filha? - Meu pai foi atrás dela.

Calzona - True love Where stories live. Discover now