Capítulo 6

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O despertador tocou. No entanto, Ariel resolveu dormir mais um pouco. Quando se deu conta do horário, já era umas oito horas da manhã. Era segunda-feira e precisava abrir a lan house. Pulou da cama rapidamente, escovou os dentes e foi para a cozinha preparar o café. Mas o café estava pronto juntamente com uma vasilha cheia de biscoitos em cima da mesa. Ele sorriu, porque adorava os bolos e biscoitos que Ashley preparava.

Ele só estranhou que ela não estava na cozinha e nem na sala. Pegou uma xícara de café e um biscoito e foi até o quarto dela. A porta estava aberta, e a sua amiga ainda deitada.

Ele se aproximou e sentou-se na beirada da cama dela.

— O café está ótimo, e o biscoito ficou irresistível! — declarou ele, bebendo e comendo.

Ashley o olhava sem dizer nada. Foi então que ele observou a cicatriz dela.

— Amiga, é impressão minha ou a sua cicatriz está maior?

Ela mordeu de leve os lábios e algumas lágrimas surgiram em seu rosto.

— Ela aumentou um pouquinho e é tudo por causa daquela garota!

Ele passou o dedo no rosto dela a fim de tirar as suas lágrimas.

— Você não tinha me contado sobre isso.

— É só alguém dizer que estou feia ou horrível e essa droga cresce em meu rosto.

— Olha... Eu não deveria ter te levado lá... Desculpe! Agora estou vendo a burrada que eu cometi. — suspirou — Eu nunca faço nada certo.

Ashley continuou calada, e ele continuou:

— Você tem toda razão de ter se chateado comigo. Eu só pensei em mim. Não pensei no que poderia acontecer com você.

Ela sentou-se na cama e pegou na mão dele.

— Tudo bem. Você só queria que eu me desse bem com a irmã do seu namorado. Mas é que... — suspirou um pouco — Não adianta. Eu e ela não nascemos para sermos algo uma da outra. Nada. Absolutamente, nada.

Ariel beijou a mão dela e respondeu:

— Ela não sabe o que está perdendo. Você é incrível, Ashley. Até quando eu cometo uma confusão, você acaba perdoando.

— Mas não se acostume, tá bom?

Os dois sorriram e se abraçaram. Ariel não abriu a lan house neste dia. A amiga se preocupou com este fato e o perguntou:

— Não vamos abrir a lan-house?

— Vamos descansar hoje, minha linda! Eu estou um caco por causa da noite de ontem.

— Tá bom.

— E eu quero que você relaxe em relação a isso tudo. Esquece aquela garota e tudo.

— Valeu, amigo. Mas continuo achando que devíamos trabalhar hoje.

— Para de ser toda certinha! Isso é chato. E eu já sei até o que vamos fazer!

— Fala aí!

— Vamos até o rio depois do almoço. E aproveitamos para falar um "oi" ao Gustavo! O seu fã.

A garota mascarada (Romance lésbico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora