Capítulo 21

2.2K 180 15
                                    

Ashley ficou mal-humorada pelo resto da tarde. Até chorou um pouco em casa, mas voltou a trabalhar ao lado do amigo. Ele tentava animá-la de todas as formas, só que não adiantava nada. Ela estava mesmo mal com que a Mya tinha dito.

Ao chegar à noite, Ashley sentou-se no sofá e ficou quietinha. Ariel se aproximou e disse a ela:

— Tenho uma coisa para te contar...

— O que é? É mais uma ideia que você teve para me tirar dessa tristeza?

— Ashley, não existe só a Mya de mulher, entendeu? Ela te deu um toco, sim! Mas tem muitas garotas por aí que não são confusas como ela! Essas, sim, você deve investir.

— E onde estão? Quando eu não tinha essa cicatriz, eu pegava as mulheres mais bonitas da cidade. Agora elas me olham com medo por causa dessa máscara ridícula que eu uso!

— Mas beleza não é tudo, Ashley. Para mim, a bruxa quis te dar uma lição.

— E foi mesmo uma lição. Isto me serviu para olhar as pessoas de outra forma.

— Então! Tem muitas garotas por aí que não ligam para essa máscara. Você só precisa olhar ao redor. Além disso, são lésbicas oficiais!

— Já entendi tudo! Você quer que eu saia com você, né? Por isso, está me dizendo isso.

— Também. Mas muitas mulheres já me procuraram o seu número. Eu só não dou, porque você odeia ligações de estranhos.

— É... É verdade. Mas o que tinha para me contar?

— Jonas, o dono da nova boate aqui perto, me telefonou e disse que queria te ver hoje para te contratar para as próximas baladas.

— Sério?

— E eu brinco, menina? Sim, é sério. Agora a senhorita pode tratar de se arrumar para irmos lá.

— Tô dentro!

Ashley foi correndo tomar banho, e Ariel sorriu.

Enquanto isso, as amigas de Mya chegaram à casa dela. Elas adoraram a roupa da garota loira.

— Uau! Você arrasou com esse vestido vermelho! — apontou Solange.

— Verdade! Tá muito linda! — concordou Mary. — Vamos pegar muitos gatinhos, meninas.

— Deus te ouça, amiga. Hoje a noite é uma criança! — declarou Mya, empolgada. — O que acham de irmos no carro do meu irmão?

— Hum... Vamos adorar! Assim vamos chegar sem estarmos suadas. — disse Solange.

— Que bobeira! Nem é tão longe. Em 10 minutos a gente chega lá. — falou Mary.

Mya foi até o quarto e chamou o Renato. Ele estava amarrando o cadarço do tênis.

— Você pode nos levar? — perguntou ela, olhando para ele.

— Fazer o que, né? As malas das suas amigas podem ir no meu carro. — disse ele, sem graça.

— Fale baixo. Elas podem ouvir...

— E daí?

Mya suspirou.

A garota mascarada (Romance lésbico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora