33- Meia pálida

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PntVst Katherine

Quando Chandler saiu do quarto eu logo adormeci.
Mais tarde quando acordei, senti algumas postadas no estômago, quase tão parecida como a que senti quando desmaiei há alguns dias. Levantei-me, peguei um comprimido que o médico passou e voltei para a cama. Alguns minutos depois minha cabeça começou a doer.

Eu: Ótimo, era só o que me faltava.

Quando me calei, Emylle e Débora entraram no quarto completamente sujas.

Eu: O que aconteceu com vocês?! Estão parecendo mendigas.
Emylle: Há há, muito engraçado.
  Ironizou a mesma.
Débora: Houve uma guerra de comida, você precisava ver, você precisava está lá! Foi demais.
   Falou pegando uma roupa na cômoda.
Emylle: A Débora jogou uma sobremesa na Lily.
Eu: Não acredito que perdi isso! Você fez mesmo isso?!
Débora: Fiz, e o coordenador ainda me agradeceu.
Eu: Como assim?! Deu até coordenador lá?! Vocês derrubaram o refeitório?!
Emylle: Não, é que quando a Débora acertou a Lily, ela foi direto falar com o Marcos, o mesmo veio e acabou com toda a festa, o Rafael, aquele amigo do Chandler que eu não sabia que existia até hoje, sabe?! Foi ele que deu a ideia e começou tudo, o coordenador até chamou ele pra conversar mas parece que ele só tá suspenso de algumas atividades.
Eu: Sei sim, eles não se falam muito, mas eu sei quem é. Vocês mal chegaram e já estão causando, vocês atraem o caos, é impressionante.
Débora: Estou particularmente ofendida, Katherine.
    Disse e entrou no banheiro.
Emylle: Então, tá melhor?! É estranho você não querer almoçar, já vai chegar a hora do jantar e você nem disse que tá com fome já que a gente manda você calar a boca porque já entendemos que você tá com fome.
Eu: Assim você me ofende. Eu só tô com um certo desconforto no estômago, mas já tomei um remédio.
Não quis falar da dor de cabeça, já que logo passará, eu espero.
Emylle: Acho bom, em?!
   Quando ela disse isso, pegou no meu braço e fez uma cara entranha.
Eu: O que houve?!
Emylle: Você tá meia quente, vem cá.
  Disse e me puxou para mais perto colocando sua mão na minha testa.
Emylle: Katherine, você tá com febre.
  Foi aí que Débora saiu do banheiro.
Débora: Ela tá com o que?!
Eu: Febre, Débora. Você tá surda?!
Débora: Nossa, tá de TPM também?! Eu só perguntei.
Emylle: A gente chama o Chandler?!
Eu: Não! Nada de chamar ele! A gente se vira.
Débora: Tudo bem. Emylle, vai tomar banho, você tá cheirando mal.
Nós rimos e ela foi tomar banho.

Alguns minutos depois Emylle sai do banheiro já de roupa e com uma toalha no cabelo, imagina quando ela descobrir que eu esqueci de colocar a chapinha na mochila.

Eu: Emylle, uma péssima notícia.
Emylle: O que houve?!
Eu: Eu não trouxe a chapinha, eu esqueci.
Emylle: Eu vou te matar!
Débora: Calma, eu vi que vocês esqueceram e coloquei na minha mochila. Emylle, sua vida também não iria acabar se seu cabelo ficar ondulado.
  Falou, mas creio que Emylle não ligou muito já que não respondeu e foi direto para a gaveta de Débora pegar a capinha, mas quando ela ia para o banheiro, Débora falou algo que a fez voltar.

Débora: Katherine, você tá meia pálida. Olha, Emylle.
Emylle: Tá mesmo, eu acho que tenho alguma comida aí na minha mochila, isso é fome.
Eu: Vocês tão parecendo minha mãe numa forma melhorada, e mais nova.
  Elas riram e Débora me entregou um pacote de salgadinho. Emylle desistiu de arrumar o cabelo e veio para a cama comigo e Débora para comer o salgadinho.
Estávamos comendo e vendo um filme quando Emylle inventou de medir minha temperatura novamente, quando ela pegou o termômetro que eu não sei pra que ela trouxe, bateram na porta e Débora foi atender. Escutei uma voz mais ou menos conhecida, minha cabeça doía demais para tentar reconhecer alguma voz.

Pessoa: O que houve?! Você tá com uma cara de enterro.
    Antes que Débora pudesse responder, o termômetro apitou e  Emylle gritou.
Emylle: Débora a febre dela aumentou.
   Quando Emylle foi chegando mais perto de Débora para avisar novamente, ela para no meio do caminho e assim eu deduzi quem é.
Chandler: Como assim ela está com febre e ninguém veio me falar nada?!
Débora: Olha, a gente queria resolver isso sozinhas como nós fazíamos antes, nem ela e nem a gente gostamos de incomodar ninguém, tá?!
Chandler: Vocês tem que entender que agora ela tem um namorado que se preocupa muito com ela, não seria incômodo algum me falarem o estado da minha namorada.
    A essa altura Chandler já havia entrado no quarto sem nem perguntar se podia, já até estava perto da minha cama.
Emylle: Ela que pediu pra não contar nada, não adianta jogar a culpa na gente.
Eu: Calem a porra da boca, minha cabeça está quase explodindo! Gritar não vai ajudar em nada.

Minha cabeça realmente doía muito, e a discussão deles não ajuda em nada.
Eles me deram alguns remédios e mandaram eu descansar, mas eles não paravam de discutir sobre ninguém ter avisado a ele que eu estava passando mal. Mas não posso negar, o remédio fez algum efeito.

Eu: Calem a boca, eu já estou melhor. E Chandler, eu que pedi para ninguém te falar nada. Eu vou me levantar agora e nós vamos jantar, não faz muito tempo que foi servido, deve ter alguma coisa ainda.

Me levantei, peguei uma roupa e segui para o banheiro para tomar banho. Quando acabei fomos direito para o refeitório. Chegando lá vimos que ainda tinha comida, todos pegaram suas bandejas, colocamos a comida e fomos nos sentar na mesma mesa que estávamos na hora do almoço. Kaydan estava lá nos esperando.

Kaydan: O que houve?! Vocês demoraram.
Eu: Não aconteceu nada demais, só me senti um pouco mal, mas já estou bem, só estava com fome.

Kaydan comentou sobre o cabelo de Emylle e a mesma não gostou nem o pouco, não sei o que ela tem contra cabelo ondulado.
Kaydan: Mas ele tá lindo assim...
Emylle: Tá, tá.

Acabamos de comer e todos foram para o centro do acampamento onde vimos uma fogueira, bancos e alguns troncos de árvores no chão. A noite promete.

Um coordenador disso que hoje seria a noite da fogueira, onde nós podíamos contar histórias, cantar ou fazer alguma brincadeiras desde que ninguém vá para floresta.
Estávamos assando alguns marshmallow na fogueira quando um garoto se levanta e propõe para a gente contar algumas histórias de terror, lógico que a maioria aceitou e as histórias começaram.



A different lifeWhere stories live. Discover now