Sebastian tenta mandar o pai embora

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Acordei muito cedo, Amber ainda dormia, Ralf me seguiu até a cozinha, puxei o saco de ração, coloquei para ele um pouco para poder sair, puxei a chave de cima da mesa, a carteira e saí trancando a casa.

Minha cabeça estava doendo, fingi em dormir, mas na verdade, dormi quase nada, praticamente passei a noite inteira tentando imaginar um jeito de mandar meu pai embora, eu não tinha condições de deixa-lo aqui, eu não podia cuidar dele e prometi a Sophie em mantê-lo bem longe de sua vida e de Christopher, eu precisava manter essa promessa intacta.

Abri a porta do apartamento, Máximus estava sentado no sofá com um xícara de café na mão e um pratinho de biscoito ao lado.

- Continua com a mesma mania de comer no sofá, sendo que tem uma mesma...

- E você continua o mesmo chato, com mania de limpeza... Aposto que sua namorada deve adorar esse seu lado Maricas.

Não dei ouvidos, não precisava provar a ele que eu era homem, só por que gostava das coisas limpas e arrumadas, puxei o prato e coloquei na mesa.

- Quer tomar café?... Então que seja na mesa. E aqui quem manda sou eu.

- Não faz muita diferença em ter saído de casa, continua mandando do mesmo jeito.

- Não... Está enganado, na sua casa é você quem manda, eu não moro mais lá. – Puxei a cadeira e me sentei. – Aquilo deve estar um chiqueiro.

- Engano seu... Eu ainda escuto a sua voz, me aporrinhando... PAPAI, não deixe o prato aí... PAPAI, seus sapatos estão acumulando na entrada de casa... – Soltou ele em tom de raiva. – Ahhhhhhhh... Você é um chato, não sei como essa garota te aguenta.

Baixei a cabeça e deixei que ele fala-se, quando se cansou, resolvi falar.

- Eu vou coloca-lo num voo para Detroit ainda hoje e vai voltar para lá e ficar em paz e dar continuidade ao seu tratamento...

- Sebastian... – Papai me encarou autoritário. – Eu já disse que não existe mais tratamento para mim, e eu quero falar com o meu filho.

- Você só tem um filho e está falando com ele. – Dei um soco na mesa irritado. – Pare de uma vez por todas com essa sua mania de fazer as pessoas sofrerem, elas não te querem no meio delas...

- Você nunca vai entender!... O que fiz foi por que estava desesperado... Eu a amava, eu precisava dela.

- CALA A BOCA, PAI! – Gritei nervoso, me levantando tão rápido que a cadeira tombou para traz. – Aquilo não foi amor... Vê se entende de uma vez por todas... Você é doente e obcecado... Deixe-os em paz...

- Você sabe onde estão... E você tem contato com ele, por que não me deixa conhecê-lo.

Tapei o rosto com as duas mãos e além de bufar, eu rugi nervoso.

- Pegue suas coisas e vamos embora.

- Não... Não... Eu quero conhecer meu filho. – Máximus começou a chorar e a tossir ao mesmo tempo, levando o lenço a boca.

- Christopher não está em Nova York e não tem previsão de voltar, não adianta ficar aqui...

Fui até o quarto e peguei sua bolsa de viagem, ao voltar, meu pai estava estirado no chão, o sangue escorria pela boca e nariz, o resultado? Dois dias internado no hospital, dois dias que me fechei na casa de Amber e não tinha animo nem para fazer amor, por mais que ela me dava carinho e atenção, eu estava sofrendo e tentando achar uma solução para manda-lo embora sem me criar problemas, e ainda rezando para que Laurah segurasse Chris e Sophie em NASSAU.


Sim, Prometo ser SeuWhere stories live. Discover now