Você é um desgraçado.

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Quando acordei haviam cordas em meus pulsos e meu corpo inteiro doía, atrás de mim tinha uma grade.

Quando minha visão voltou ao normal vi Carl desacordado e amarrado à alguns metros a minha frente. Choraminguei um pouco enquanto tentava desatar as cordas e alguem entrou no quarto.

– Finalmente você acordou.

– O que você quer? Por que trouxe ele? Que lugar é esse?

– Uma pergunta de cada vez, filha – revirei os olhos ao ouvir o honorífico, o garoto à minha frente se mexeu enfim acordando, seus olhos assustados vieram de encontro aos meus.

Robert vendo que ele havia acordado colocou seu copo com whisky em cima da mesa próxima a ele e se moveu em nossa direção.

– Já que estão os dois acordados irei lhes contar uma história.

Carl puxava e tentava desatar o nó das cordas em suas mãos não dando atenção ao que Robert dizia.

– Era uma vez...

– Ah, corta essa por favor. Alex você ta b...– Foi interrompido com um tapa no rosto provocando um grito meu.

– Não me interrompa mais garoto – persistiu seu olhar sobre Carl para se certificar de que ele havia entendido, se sentou entre mim e ele e começou a falar. – Continuando... Era uma vez um casal, esse casal tinha uma filha – disse e alisou meu pé que estava próximo de seu corpo.

– Esse casal tinha constantes brigas, mas depois de todas as brigas o homem recebia uma recompensa bem quente, se é que vocês me entendem.

– Você é nojento - Chutei sua mão que não parava de me alisar.

– Sua mãe me dizia a mesma coisa Alexandra – chegou perto de mim e beijou minha bochecha

– Sai de perto dela – Carl chutava o vento, Robert virou seu rosto em sua direção, rastejou até ele e começou a alisar o rosto dele com sua faca.

– A questão é, Alexandra, sua mãe morreu, eu a matei com minhas próprias mãos e eu fiquei esse tempo todo me guardando, e quando descobri que você estava viva... – Ele avançou em mim e lambeu o local que havia beijado e eu me encolhi, quando ele se afastou virei meu olhar pro Carl, as lagrimas ja haviam tomado posse de meu rosto.

– Seu desgraçado, você devia estar morto! Por que voltar pra minha vida agora?

– Ah aquilo? Pois é, tive que resolver umas coisinhas. E agora querida, você servirá de substituta para sua querida mãe.

Merda, preciso sair daqui, Carl me olhava serio, parecia pensar em algo, enquanto olhava para ele me perguntei o que ele estava fazendo aqui, ele não tinha nada a ver com isso, como se lesse meus pensamentos, Robert chutou o corpo dele e eu me encolhi.

– Com certeza você esta se perguntando o que o seu namoradinho esta fazendo aqui, bem, ele vai ser nossa platéia – meu deus, ele está louco, eu vou matar esse desgraçado, nem que seja a ultima coisa que eu faça. Preciso fazer alguma coisa antes que ele faça.

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Ele seguiu caminho até a mesa e pegou seu copo de volta, bebeu o resto de sua bebida e começou a tirar seu cinto.

– Merda, merda – tentei de todas as formas me soltar das correntes, mas foi em vão, Robert se aproximava com um sorriso irado, Carl praguejava enquanto também tentava se desvencilhar das cordas, mas também não teve sucesso. Quando Robert estava perto o suficiente Carl o chutou para longe.

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