Capítulo 4

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13 de maio de 2008 — Ilha de Martíriabe .

 

  Rapidamente me desfiz das minhas vestes de dormir e corri até o banheiro, estava atrasada para ir até o palácio. Teria um longo dia pela frente, hoje era o aniversário do príncipe e todas as damas que se inscreveram entre 17 a 20 anos deviam estar presentes para homenagea-lo já que acabará de chegar na sua maior idade. Pelo o que eu vi foram muitas as inscritas nessa coisa fútil e eu estava entre elas. Assinei o formulário por obrigação pois todas as jovens que tinham empregos no palácio era obrigatório estar alistada. 

— Pai, mãe!  Já estou indo! — gritei.

— Vá com Deus querida. — mamãe apareceu na escada enxugando as mãos em seu avental.

— Tome cuidado e nos vemos a noite.  — papai constatou com seu jornal em mãos.

  Mandei beijos e sai rapidamente, o carro do palácio já me esperava e o Sr. Rodolfo  abriu a porta quando me viu. As horas de viagem passei estudando as notas e sobre as mudanças que faríamos na orquestra hoje. Quando chegamos  na entrada do castelo  os portões grandes foram abertos e assim o carro seguiu, arrumei minhas coisas e a porta foi aberta para mim.

— Sempre tão cavaleiro Sr. Rodolfo.

— Eu tento menina Diana. — piscou.

  Entrei pela porta dos fundos do palácio e logo alguém me puxou pelo braço.

— Até que enfim Diana! Pensei que não veríamos os ajustes do vestido tão cedo! — exasperou Dalva, amiga de minha mãe e também costureira.

— Vamos?  Ainda tenho que ensaiar.

  Fomos até uma sala para ver meu vestido e fiquei ali babando com ele exposto em um manequim.

— O que achou?  — Dalva era muito insegura com suas confecções e ali estava ela segurando a barra do avental e o torcendo, se preparando para meus elogios.

— Dalva... dessa vez você não fez como eu pensei. — balancei a cabeça negativamente.

— O que à de errado?  Fale agora se não, não terei tempo de arrumar. — choramingou.

— Dalva, você não fez como eu pensei, você superou meus pensamentos! Está incrível! Não... perfeito! — a abracei — Obrigado.

— Eu devia te dar umas palmadas! — ralhou mas retribuindo o abraço.

— Acabei de te elogiar mulher. — coloquei as mãos em meu peito com cara de ofendida.

— Se vista logo para ver se precisa ajustar algo.

   Prontamente fiz o que ela pediu. Eu não sou a menina mais linda do mundo, longe disso, me considero bem desengonçada, meus cabelos vivem presos e eles são extremamente lisos e  pretos, meus olhos são azuis de um tom muito chamativo, a única coisa que salva em mim. Minha pele é branca de mais e tenho algumas sardinhas salpicadas pelo rosto. Matheus, meu primo diz que é um charme da minha família, meu corpo não é lá essas coisas mas não chega a ser tão ruim assim, para ser uma caçadora é excepcional ter um físico e fôlego moderado, vá que eu morra de enfarte quando eu for correr de algum animal.

— Você parece uma princesa. — Dalva apertou minhas bochechas com os olhos brilhantes.

— Eu estou longe de uma princesa Dalva. — tentei falar com ela segurando meu rosto.

Era uma vez (Concluída)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt