Capítulo 15

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Estou super, hiper, mega assustada depois dessa mensagem que recebi. Será que foi engano? Por que alguém me mandaria uma mensagem me chamando de vadia?
Peço o celular da Luna emprestado e ligo para o tal número desconhecido. Chama várias vezes e não obtenho resposta, até que alguém atende o celular, ouço uma voz de um homem. Uma voz grossa e rouca.

__ Oi? Quem está falando?

Ele diz com uma voz que parece estar alcoolizado.

__ Eu que gostaria de saber com quem eu falo? Recebi uma mensagem muito ofensiva do seu número.

__ É o Marcos. Que mensagem?

Pensei por alguns segundos, não é possível que seja o Marcos. Ele nunca me mandaria uma mensagem daquelas.

__ Marcos!? Uma mensagem me chamando de "vadia", eu não gostei nem um pouco mas não imaginei que fosse você!

__ Nossa gatinha me desculpa, não foi eu que mandei essa mensagem. Mas enfim, eu preciso conversar com você, teria como você vir até minha casa agora? Eu encontro com você se quiser.

__ Ir na sua casa? Não sei não. Do que se trata o assunto?

__ Pode vim gata, relaxa. Minha sobrinha está aqui comigo também, se seu medo for ficar sozinha comigo.

__ Ok, eu vou me arrumar e irei até aí. Me passa o endereço por favor.

_ Beleza, eu te pego no ponto do ônibus. 

O Marcos me passa o seu endereço e em seguida desliga o telefone. Não sei porque mas eu estou achando tudo isso muito estranho, essa mensagem que o Marcos me mandou e disse que não foi ele, então quem será? Eu não consegui entender nada. E agora estou super curiosa para saber o que ele tem de tão importante para falar comigo.
Me arrumo rapidamente, a Luna me da uma carona até o ponto de ônibus, me despeço dela e pego o ônibus que Marcos disse ir para o bairro dele.
Eu ainda estou angustiada pelo fato de não saber o que está acontecendo com o Théo, eu já liguei para ele várias vezes e o celular só cai na caixa postal. Estou ficando muito preocupada, de verdade, já não consigo mais pensar em nada. Só de eu estar indo na casa do Marcos já percebe- se que eu não estou com a mente muito boa. Mas tudo bem, vamos ver o que ele tem para me dizer.

Estou caminhando sem rumo, afinal não faço ideia de onde eu esteja. Não é possível que o Marcos está de brincadeira comigo. O problema é que o sol está começando a se pôr e eu não posso voltar para casa muito tarde.

_ Ei Manuella!

Escuto Marcos me chamando de dentro de um carro. Vou em passos largos em direção a ele.

_ Oi, eu já estava desesperada sem saber para onde ir.

Digo um pouco aflita.

_ Foi bom você ter vindo Manu, eu estou mesmo precisando falar com você. Alguns parentes meus estão na minha casa, a gente estava fazendo um churrasco. Mas eles já estão de saída, espero que você não se importe.

Fico calada até chegar na casa do Marcos. Eu estou achando o jeito dele muito estranho, parece estar bêbado e está tendo umas atitudes que nunca teve comigo.
Subimos alguns andares de escada pois o elevador está estragado. Quando eu já não aguento mais subir escadas, finalmente chegamos no andar do apartamento dele.
O Marcos abre a porta e eu adentro um pouco envergonhada, já vejo logo umas pessoas sentadas em uma mesa bebendo e comendo.

_ Manuella esses são meu irmão Jorge, minha cunhada Camila, meu outro irmão Roger e também minha sobrinha Yasmin que está no banheiro.

Marcos diz me apresentando para os parentes dele e eu os cumprimento com educação.

Doce ManuellaWhere stories live. Discover now