Nosso Conto de Fadas

Rodrigo Revolts

Boa noite (madruga ou dia para vocês kkkk) Bjs <3  Ahhh, capítulo que vem Lizzie e seus escudeiros voltam com tudo kkkkk

Rodrigo

-Deixa ver se entendi, você precisa fazer uma cena para se livrar dos seus pais?

Bebo um gole da minha cerveja.

-Isso mesmo.

-Você tem trinta anos, Rodrigo. Não precisa de cenas, só diga basta e pronto.

-Você sabe que as coisas não funcionam assim. Você já sofreu com as armações dos meus pais.

Fábio parece pensar.

-Não, sua irmã fez as escolhas delas.

-Você sabe que não...

Fábio me interrompe antes que termine de falar.

-Não quero falar de Maria.

Eu odeio o que meus pais fizeram com Fábio e Maria e também me odeio por não ter feito nada.

-Meus pais não são normais Fábio, eu simplesmente sair de casa não iria funcionar.

Estamos em um restaurante perto da nossa empresa confabulando sobre meu plano de arruinar o jantar dos meus pais. E eu começar a se livrar das garras dos Bernardi.

-Então vai ficar bêbado e eu vou levar você até sua casa e fará a grande entrada?

-Exatamente.

Vou acabar de vez com a chance dos pais de Adriana apoiar nosso relacionamento e com isso deixar meus pais furiosos, não é o bastante para que faça os meus pais desistir dos planos, mas é o início da guerra.

Vamos para a empresa, na minha sala começo a colocar os planos em ação. Beber. Dispenso a minha secretária, abro uma das garrafas de whisky que havia na minha sala, tenho um frigobar com água e alguns whiskies nunca se sabe quando vai precisar de uma bebida.

Fico, até sabe deus que horas, sentado na minha cadeira luxuosa olhando para o nada e bebendo meu whisky em algum momento eu comecei a ficar tonto. Queria dormir, mas algo me dizia que não podia dormir e nem parar de beber.

-Já está bêbado?

Fábio entra gritando na minha sala.

-Não grite, bababaca. Essa palavra lembra da Lizzie.

Começo a rir lembrando da loirinha atrevida.

-Está bêbado, até mais do que deveria.

Fábio faz uma cara estranha.

-Está engraçado.

-Claro que seis horas bebendo iria te fazer bem mal. Temos uma hora para você ficar menos bêbado. Lembra do que precisa fazer?

Fábio senta na cadeira a frente da minha mesa. Eu preciso fazer algo? Tento lembrar do que tenho que fazer e nada...

-Não.

-Tem um jantar na casa dos seus pais, você vai aparecer bêbado e falar umas verdades. Fazer "uma cena".

Lembro de uns flashes de uma conversa com Fábio na hora do almoço.

-Acho que sei o que tenho que fazer.

-Ótimo.

Estou bêbado e confuso. Estou rindo de ter ficado bêbado em uma terça feira, como sou rebelde (sim, estou sendo irônico). Fábio fica falando sobre o que devo fazer e eu finjo estar o escutando e o entendo.

-Vamos, vou te levar até em casa.

Fábio me leva até em casa, sei o quanto isso é difícil para ele.

-Obrigada Fábio e desculpas por ter sido um idiota. Sinto muito o que aconteceu, mesmo.

-Já passou.

-Não, tem a Jade e...

-Não vou falar sobre isso com você está bêbado e é passado.

-Tudo bem.

-Pronto chegamos, boa sorte.

-Obrigado, fico te devendo essa.

-OK, agora saia logo do meu carro. Não quero ter o desprazer de ver seus pais.

Saio do carro, minha visão está meio turva, juro que as arvores ao redor da mansão estão movendo se e talvez o chão também. Aos tropeços chego na porta de entrada da mansão Bernardi, "uma casa grande", luxuosa em estilo castelo (meus pais amavam ostentar, fuckeiros ostentação não são nada perto deles). Testo e a porta está aberta, com os mil seguranças que estão espalhados pela extensão da casa e terreno, porta a aberta não é um perigo. Aliás os seguranças só deixaram Fábio entrar, após terem certeza que Fábio queria apenas despachar o amigo bêbado e não matar os Bernardi. Do saguão luxuoso, com lustres e tapetes mais caros que salário mínimo podia ouvir as risadas ridículas. Caminho para a sala de estar e estão ali sentados bebendo vinho, os quatro. Os mais sem noção milionários do Brasil, será que todo milionário eram ridículos como esses dois casais?

-Boa noite.

Quatro pares de olhos me avaliam, avaliam todos a todo momento não importa quem seja. Vejo a expressão de reprovação tomar conta do rosto deles.

-O que aconteceu filho?

Meu pai pergunta, Dionísio Bernardi, empresário e político. Um desses que não deveriam ser políticos.

-Fui comemorar a liberdade. Nunca um corno foi tão feliz em ser corno.

Começo a rir, é engraçado sou um corno feliz. Minha ex sogra, olha me espantada mais do que normal (as cirurgias plásticas que fez deixaram, que digamos, meio espantada e esticada).

-Sou um corno feliz, feliz corno eu sou.

Canto, musiquinha legal deveria ser compositor volto a rir.

-Rodrigo, chega.

Dionísio me repreende como um menino de dez anos. Ou talvez como um babaca manipulável, um banana de trinta anos que agia conforme o pai idiota queria.

-Sou um corno papai, Adriana me traiu, sabia?

Claro que sabiam, mas isso não era importante. Eu ser corno, eu e Adriana sermos como água e óleo, nós no odiarmos não era relevante.

-Mas tudo bem, era chata. Fez um favor na verdade, uma desculpa para me livrar dela.

Continuo.

-Rodrigo.

-Mamãe.

Começo a rir, não sei porque, mas parece engraçado.

-Adriana errou, mas te ama.

Sua mãe a defende, jogo cabeça para trás e riu ainda mais.

-Ela não me ama, eu também não amo ela, estamos quites. Quem se importa que não nos amamos? O importante é o dinheiro, né? Eu sou corno e meus pais chamam os pais da traidora como uma reunião de negócios, vocês são bizarros. Mas quer saber foda-se o dinheiro, foda-se vocês, foda-se a Adriana. Odeio vocês e tudo que está ligado a vocês

-Rodrigo não fale assim. Adriana é minha filha sei que errou, mas não precisa se afogar no álcool.

-Foi uma comemoração, a segunda. Mande lembranças a ela Fertezzi.

Saio da sala cantando Let it go, finalmente assistir mil vezes Frozen com Jade serviu para algo.

~❤️~

Olá, galera!

Repostando esse livro e aqui vai algumas observações:

1 - Eu escrevi esse livro há um tempo, então está repleto de erros e juro que a minha escrita evolui

2 - Segue lá no insta para ficar por dentro de todas as novidades @ lanasilva.sm