Epílogo

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Lizzie

A garotinha corre pelo jardim, quando percebe que eu parei vira-se para mim, olha-me com um olhar "vem me pegar, vem", sorri e volta a correr. Faz algum tempo que estamos brincando de pega-pega, e eu estou exausta. Deus como um ser humano desse tamanho pode me cansar tanto, aliás como ela não se cansa!? Juro que se deixar ela corre o dia inteiro. Corro atrás dela mais um pouco até que não aguento mais, sento na grama derrotada.

- Cansei.

A garotinha mais linda e cheia de energia para, olha-me brava. Tão parecida com o pai, a única característica minha é a cor do cabelo.

- Corre, mamãe.

- Não, estou sem forças.

Então ela corre e se atira no meu colo. Beija minha bochecha.

-Mas já, mamãe?

Beijo sua bochecha gorducha e suada.

-Já.

Faz beicinho.

-Eu não tô cansada.

-Chega de correr por hoje, vamos entrar e tomar um banho para esperar o papai.

Faço cócegas em sua barriga.

-Para mamãe, paraaaa.

Sua gargalhada gostosa, levanto com ela em meu colo. Caminho para dentro de casa, levo-a direto para o banheiro. Para o banheiro do nosso quarto, adora a nossa banheira.

-Banho de banheira?

Seus olhos cheiam de expectativas.

-Banho de banheira.

-Iupii.

Desce do meu colo para o chão, coloco a banheira para encher. Tira sua roupa e vai mexer nos sais de banho. Pega o de amoras e rosas seu preferido e me alcança.

- Vou pegar meus brinquedinhos.

Corre do banheiro, não demora muito e volta com os braços abarrotados com seus brinquedos de banho.

-Ajuda mamãe.

Desligo registro da água, como é apenas para ela encho metade da banheira, derramo o sais na água. Ajudo-a entrar na banheira.

-Mamãe é verdade que tem um irmãozinho na sua barriga?

Preciso nem ser uma gênia para saber que quem colocou essa ideia na sua cabecinha, Rodrigo. Ele quer um segundo filho e se eu for sincera também quero.

-Por enquanto nada de irmãzinho.

Faz um beicinho engraçado e acabo sorrio.

-Eu queria um irmãzinho, mamãe.

-Vou pensar no seu caso.

-Eu mereço, sou tãoooo comportada.

Olha para mim com a expressão de gatos de bota, ela realmente imita o gatos de botas, aprendeu assistindo o maldito filme.

-Veremos.

Joga beijinho para mim e volta seu olhar para seus brinquedos. É muito esperta para sua idade, juro que as vezes parece ter mais que seus quatro anos e meio. Sento no canto da banheira a observando brincar com seus brinquedos, um ano depois de casados decidimos tentar um bebê, não demorou muito para nossas tentativas dar resultados. Ser mãe é algo maravilhoso, transformou-me em alguém ainda melhor. Quando acho que chega de banho eu lavo seu corpo, ajudo-a sair da banheira, enxugo seu corpo com sua toalha rosa. Pego ela no meu colo, está pesada, meu bebê está crescendo.

Nosso Conto de FadasWhere stories live. Discover now