Capítulo 30 - Apesar de tudo

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"Há muitos anos atrás, quando eu tinha dezessete anos, fui obrigada a ir morar com meu tio Edgar em Nova York, mesmo nunca tendo ouvido falar dele, não tive escolha

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"Há muitos anos atrás, quando eu tinha dezessete anos, fui obrigada a ir morar com meu tio Edgar em Nova York, mesmo nunca tendo ouvido falar dele, não tive escolha. Lá eu vivi um grande inferno, se não fosse por Bryan temo que eu teria desistido de viver... Edgar tinha uma boate e fui obrigada a dançar nela, caso contrário meus amigos pagariam o preço, ele era perigoso, trabalhava para a máfia de Nova York. Sofri tanto nas mãos dele, até mesmo agressões, mas o pior foi saber que ele vendeu meu corpo para o diretor da escola em que eu estudava na época. Mas isso nunca aconteceu, matei todos, o diretor, o falso amigo de Bryan que queria minha morte porque gostava dele, Pierre, o fundador da máfia e o seu neto que queria a herança que Edgar havia me deixado quando morreu, ele pensava que era meu pai. Também matei alguns dos homens que trabalhavam para eles. Morreram todos em uma explosão, joguei uma granada e não demorou muito para que o lugar pegasse fogo. Não tive escolha, era a vida deles ou as nossas... Depois disso, Bryan, que já tinha minha guarda, achou melhor nos mudarmos sem deixar qualquer rastro, precisávamos mudar de vida. Viemos para Miami e alguns anos depois tivemos vocês. E agora alguém quer vingar o maior massacre da história envolvendo uma máfia, e não sabemos como resolver isso..."

Minha mãe parou de falar e levou as mãos até o seu rosto, ela parecia com medo e frustada, meu pai a abraçou.

-Como você conheceu meu pai? - perguntei intrigada.

-Na boate, Edgar gostava de me fazer de objeto de admiração para conseguir convencer a outros a fazerem negócio com ele, Bryan foi contratado como segurança para um jantar e depois como meu motorista particular - disse minha mãe fitando o chão. - Ficamos amigos e nos apaixonamos rapidamente. Foi o que me deu forças, nosso amor.

Vi meu pai beijar a mão de minha mãe e achei lindo o gesto. Mas eu ainda estava intrigada.

-Pai, o que você realmente fazia? Tenho quase certeza que para você ser contratado por Edgar, coisa boa não era, um mafioso não iria contratar uma pessoa qualquer para proteger seu bem mais precioso - digo notando o maxilar do meu pai se enrijecer.

-Eu... - oscilou ele e então soltou um suspiro. - Eu era matador de aluguel. Matava criminosos e estupradores, mas às vezes também atuava como acompanhante de luxo...

Acho que meu queixo foi parar no chão, estava estarrecida com a informação, completamente perplexa. Olhei para o lado e León se encontrava da mesma forma que eu, Emilly que estava ao seu lado no sofá estava passiva, parecia que aquilo tudo não a impressionava.

-Não me arrependo de ter matado aquelas pessoas, elas mereciam - disse meu pai em tom amargo. Ninguém respondeu ao sei comentário, estava um silêncio muito incômodo até León o quebrar.

-Mãe, me dê seu consentimento para me casar com Emilly, eu não quero que ela passe o mesmo que você passou - disse León com súplica nos olhos e vi minha mãe oscilar.

-Emilly, venha comigo, por favor - pediu minha mãe se levantando e indo em direção ao quintal. Emilly se levantou e foi atrás dela. León me olhou e segurei sua mão, como quem diz que tudo irá ficar no bem no final.

Gêmeos em AçãoWhere stories live. Discover now