Bônus - Bruno

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Olha quem reapareceu, sentiram saudade dele? Nosso querido e amado Bruno. Espero que gostem, comentem o que acharam. Beijão amores.
***

Que sentimento ruim. Eu odeio sentir raiva de alguém, mas Jorge não me deixa outra opção. O que posso fazer se ele me provoca até o meu pavio acabar e pegar fogo?

Talvez seja pela criação que meus pais me deu que eu não consiga abrigar esse sentimento de raiva dentro de mim. Mas as vezes é impossível evitar.

- Bruno...- Hannah tenta conversar comigo, mas a interrompo.

- Não, Hannah, eu preciso ficar sozinho.- Digo seco e amargo. Percebo seus olhos úmidos pelas lágrimas.

Saio da sala em direção a porta. Eu sei que não é culpa dela, ela é a vítima, mas eu não consigo conversar com ela desse jeito, raivoso e pronto para atacar. Eu poderia machuca-la com palavras e sem a intenção.

Não me perdoaria se visse dor em seus olhos e saber que causador daquela dor era eu. Não suportaria, e a única opção válida naquele momento era essa.

Não foi certo, eu sei. Ela está frágil nesse momento e dei a entender que não me importo com o que ela está sentindo agora. Mas a história é totalmente contrária.

Eu ainda não esqueci da promessa que fiz a mim mesmo de socar a cara daquele empresário de merda até ele perder a consciência. Isso não é do meu feitio, mas é o que ele merece e o que meu corpo pede.

E quando essa raiva me domina, me cega os olhos. E o melhor que posso fazer nesse momento, é me trancafiar na minha borracharia, que é o que acabei de fazer.

Volto ao concerto do Carro do senhor Fábio, é um carro de relíquia que ele tem e tem ainda mais ciúmes. É um Mach 01 modelo 1975, vermelho. Bonito, ate.

Ele está me dando um trabalho bom, mas não posso reclamar, pois eu amo tentar desvendar o que impata um carro voltar a estrada. E como estou extremamente nervoso, será uma boa para ocupar a mente e me fazer esquecer a vontade louca que eu tenho de ir atrás daquele cafajeste e o estrangular.

Fico ali por um bom tempo tentando entender o que se passa com a belezinha do senhor Fábio, até que encontro. Após ligar o motor, percebo o motor esquentar em questão de segundos.

Verifico a água do reservatório e o percebo seco, praticamente. Mas esse é um dos menores problemas, os bicos de injetores estão entupidos e a vela cansada. Tem razão dele reguingar sempre.

Quando, enfim, soluciono o problema. Sorrio satisfeito e penso o quanto foi banal isso. Pensei de ser algo no interior do motor, mas ele está "intacto".

Me diga, borracheiro, como você se sente com os meus restos? A Hannah, o filho que você cria sendo que não é seu, diga, como se sente?

As palabras duras e sem sentimentos de Jorge vem a minha cabeça sem eu dar permissão.

Mas eu me sinto honrado, por ter Hannah, finalmente, em meus braços e por ter o meu filho comigo. Nunca, nunca nessa vida que irei deixar de ser pai do Max, justiça nenhuma tirara esse meu direito.

E Hannah? Não sei, eu vivo inseguro e com medo de que ela não tenha esquecido de vez o Jorge, temo que um dia ela vá embora para ir atrás do Jorge. Medo bobo, eu sei, mas é impossível controlar esses pensamentos.

E essa história dele fazer aquele acordo para ela. Juro que perdi a cabeça e senti medo. E se ela quiser aceitar para proteger o Max? Como eu fico? Juro que eu temo o pior, e o pior é eu perder a mulher da minha vida e meu filho.

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