Capítulo 18.

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Mídia acima: Música cantada por todos os jovens.

Thomas POV's

Manuela caiu em meus braços assim que abri a barraca, fiquei sem reação, mas a primeira coisa que fiz foi verificar se ela não estava ferida, e não encontrei nada.

— Manu.. — chamei-a, tocando em seu rosto. — Manu! — exclamei assustado, ela não dava sinal, respirava mas estava desacordada. — Manuela.. — balancei seu rosto de um lado para o outro, na esperança que a despertasse, mas não adiantou.

Não faz isso comigo, Manuela. Acorda, por favor. — pedi em pensamentos, abraçando-a fortemente.

Não poderia deixá-la ali daquela maneira, coloquei-a deitada dentro da barraca, da forma mais confortável que pude e procurei a barraca de Claire, mas para meu azar, eu não sabia qual era exatamente. Então decidi ir até a barraca de Grace, pois a dela e a de Julian eram as únicas que eu sabia.

— Grace! — chamei do lado de fora, não podia gritar para não acordar mais alguém. — Grace! — insisti, dessa vez com a voz um pouco mais alta, esperei alguns segundos e nada de ela acordar. — Grace. — chamei-a, então a barraca se abriu e ela buscou-me com os olhos um pouco perdida.

— Thomas? — perguntou. — O que faz aqui? Que horas são? — ela piscava os olhos sucessivamente.

— A Manuela, não sei o que aconteceu, ela desmaiou. — falei preocupado.

— Como assim? — imediatamente saiu da barraca. — Onde ela tá? — me encarou apreensiva.

— Na minha barraca, vem.

— Por que ela está lá? — me seguiu.

— Acordei com alguém me chamando e quando abri a barraca, ela caiu em meus braços, já desmaiada. — expliquei.

— Meu Deus. — correu até a barraca, e só pude vê-la entrar.

A barraca não caberia três pessoas, no máximo duas, mas entrei mesmo assim, e a coloquei em meus braços. — Me ajuda a fazê-la acordar, por favor. — pedi, e olhei para Manuela, com aqueles olhos fechados. O que tinha acontecido? Eu não sei se poderia me sentir pior naquele momento.

— Manu, — chamou-a. — acorda, amiga. — pediu, puxando a mão da mesma.

— Você tem algum perfume, alguma coisa com cheiro forte? — questionei.

— Pra quê? — me olhou confusa.

— Pra fazê-la cheirar.

— Ahhh.. — suspirou. — É mesmo, só um minuto, já volto. — saiu rapidamente.

Foi quando lembrei que não era recomendável dar algo com um cheiro forte para uma vítima de desmaio acordar.

— Amor, — sussurrei, olhando para ela. — acorda, acorda. — dei dois tapinhas de leve em seu rosto, já podia sentir meus olhos lacrimejarem, não sabia o motivo pelo qual ela estava desacordada, me sentia péssimo por tê-la deixado sozinha.

Em segundos, Grace retornou com um vidro de álcool e um pedaço grande de algodão. — Isso ajuda? — perguntou-me.

— Acho que sim, molha o algodão com o álcool, por favor. — pedi.

Grace então molhou o algodão e me entregou o mesmo. — Antes de fazer isso, deixa eu tirá-la da barraca. — falei.

— Não tira, está frio aqui fora.

— Quando as pessoas desmaiam, precisam de um lugar arejado para terem mais facilidade de respirar para recobrar a consciência. — expliquei, e então tirei-a lentamente da barraca e a deitei sob meu colo.

O Milagre [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora