Capítulo 23.

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Mídia acima: Hino louvado por Manuela para Samantha.

Corri até ela, ajoelhando-me à sua frente e confirmando seus batimentos cardíacos, ela estava viva.

— Samantha! — gritei, levantando as costas dela em seguida e apoiando-a sob meu colo.

— Manuela, eu vou ligar pra emergência. — Thomas falou e olhei para ele imeditamente.

— Ok. — assenti, começando a chorar. — Samantha! — chamei-a e pude avistar uma caixa de remédios vazia. — Rápido Thomas! — gritei.

{...}

Os paramédicos chegaram pouco depois da ligação, eu estava em prantos, não conseguia me controlar. Quis entrar na ambulância com Samantha, mas Thomas não permitiu e disse que iria com ele no carro até o hospital, ligamos para o trabalho do pai dela pois o número se encontrava na agenda, Thomas avisou o ocorrido já como eu não conseguia falar no telefone.

— O que ele disse? — perguntei, aproximando-me de Thomas ao vê-lo encerrar a ligação.

— Ele vai ligar para a esposa, e estarão indo ao hospital. — respondeu firme.

— Vamos logo pra lá! — exclamei, puxando-o pela mão.

— Manuela, não sei se é bom você ir.

— O quê? — perguntei indignada.

— Você está muito alterada, o pai dela ficou desesperado.. Você pode acabar não ajudando, pode deixá-los mais nervosos. — falou, pacientemente.

— Eu preciso ir, Thomas. Eu preciso.

Eu o entendia, mas acho que eu também precisava ser entendida. Eu precisava vê-la, obter notícias e estar com ela.

Thomas assentiu com a cabeça. — Tudo bem, vamos. Mas por favor, tente se acalmar. — pediu e assenti em resposta.

Entramos no carro o mais rápido possível e Thomas deu partida em direção ao hospital, não conversamos no caminho. Eu fui orando, pedindo, implorando à Deus que Samantha saísse viva daquele lugar. Não demoramos a chegar no hospital.

— Oi, oi. Você sabe me informar sobre Samantha Miller? Eu a encaminhei para cá quando chamei a ambulância, dei o nome dela no local e a trouxeram pra cá. — falei para a senhora que estava na recepção.

— É a menina com suspeita de overdose de medicamentos? — questionou-me, sem tirar os olhos de uma prancheta.

Overdose? — pensei.

— É, eu acho que é. — assenti, meio confusa. — Ela teve uma overdose??? — perguntei, ficando desesperada.

— Manuela! — Thomas exclamou, me abraçando por trás. — Calma. — pediu.

— A paciente está na área de emergência, aguardem aqui por notícias. — a senhora informou, segundos após.

Me virei de frente para Thomas, minhas lágrimas voltaram a escorrer. — Thomas.. — sussurrei, apoiando minhas mãos sob seu peitoral e então, Thomas abraçou-me pela cintura.

— Fica calma, ela vai ficar bem. — pude sentí-lo depositar um beijo em minha testa. — Deus está com ela. — falou firme.

No mesmo instante que ouvi suas palavras, subi o olhar para vê-lo. — O que disse? — indaguei.

— Deus está com ela. — repetiu, e foi inevitável não sorrir.

{...}

Os pais de Samantha chegaram alguns minutos depois de nós, ambos não paravam de chorar, mas a mãe de Samantha estava inconsolável. Thomas e eu, explicamos desde o início tudo o que aconteceu, a ligação de Samantha até o momento em que a encontramos. Apenas não contei a parte sobre Peter, não disse à eles sobre o que ela falou sobre ele na ligação e muito menos sobre ela estar grávida.

O Milagre [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora