Capítulo 20.

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Fiquei surpresa, não esperava vê-lo ali parado ao nosso lado, até porque o olhar dele toda vez que me encarou, era de dar medo.

— O que você quer? — perguntou Julian, rudemente.

— Julian.. — cochichei.

— Eu gostaria de me desculpar com você, Thomas. Minha atitude mais cedo não foi certa, nem como pessoa e tampouco como cristão, cometi um grande erro sim, porque não se deve fazer com um irmão o que eu fiz. Então eu gostaria que me perdoa-se por ter agido feito um idiota, eu retiro tudo o que disse de você. — Devon falou, calmamente.

Thomas ficou alguns segundos o encarando. — Ok, — falou. — eu aceito suas desculpas. — concluiu, e lhe dei um belisco disfarçadamente, pois ele também tinha que se desculpar. Thomas me olhou, e levantei as duas sobrancelhas.

— Bom, era só isso. — Devon falou, virando-se de costas.

— Não, espera. — Thomas falou, e Devon se virou novamente para nós. — Me desculpe também pela forma que te tratei. — completou, fazendo-me sorrir.

— Tá tudo bem, eu entendo você. — Devon falou assentindo, deu um sorriso e logo se retirou.

Obrigada, Senhor! — agradeci em pensamentos.

Esse tipo de coisa nos fazem ver o quanto Deus é maravilhoso, um ser humano arrependido de um ato, era lindo. Quisera todos se arrependessem de seus erros, às vezes muitos machucam o outro, pode ser intencionalmente ou não, mas muita vezes não voltam nem para pedir um perdão. O perdão vem do Senhor. Devemos perdoar e pedir perdão, pois se Deus que é Deus nos perdoa, quem somos nós para não perdoar alguém? Era ótimo ver o perdão tocando nos corações.

{...}

— Chegamos! — gritei assim que entramos em casa, e não avistei ninguém na sala.

Imediatamente, mamãe e papai desceram as escadas em um pulo. Foi um festival de abraços, não só em mim, mas também em Thomas. Foram tantas perguntas sobre como havia sido o acampamento, contamos tudo, até os mínimos detalhes. Eles estavam tão feliz em nos ver novamente ali, e eu feliz por estar em casa. O final de semana foi incrível, foi divertido, mas nada melhor do que nossa casa.

— Agora vou fazer um lanche pra vocês, que tal? — mamãe se levantou, estava eufórica. O tempo de ônibus não era muito curto, e almoçamos cedo, então Thomas e eu, tínhamos muita fome.

— Queremos! — exclamei.

Thomas e eu, ficamos conversando com papai enquanto mamãe preparava uns sanduíches com refrigerante na cozinha, ela fazia alguns comentários mas estava mais concentrada no lanche que preparava.

— Senti tanta falta de vocês. — falei tristonha.

Era incrível estar em casa de novo, era ótimo estar com eles. Meus pais eram meu tudo, eu os amava demasiado. Meu mundo sem eles, jamais seria o mesmo.

Mamãe terminou os lanches e voltou para a sala trazendo os refrigerantes, então levantei-me para ajudar a trazer tudo para a sala. Assim que arrumamos a mesinha de centro, nos sentamos no sofá e começamos a comer. A conversa não parou, em momento algum. Ríamos mais do que comíamos, ainda falando sobre o acampamento, mas quando papai e mamãe iam acampar e as histórias deles, eram ótimas.

— A cachoeira estava tão maravilhosa.. — comentei, beliscando o sanduíche. — Pena que hoje o tempo não ajudava muito, senão eu teria entrado. — conclui.

— Onde seu pai e eu íamos, tinha um rio incrível também. A água era cristalina, é tão lindo de se ver. — mamãe comentou.

— A natureza que nosso Deus criou, é perfeita, mãe. — falei. — Mas me conta, como foi o culto hoje? — indaguei.

O Milagre [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora