[ESPECIAL] Castelos de Areia

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MATTEO DERRAMOU-SE EM LÁGRIMAS quando seus esforços em construir um castelo de areia foram levados pelas ondas

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MATTEO DERRAMOU-SE EM LÁGRIMAS quando seus esforços em construir um castelo de areia foram levados pelas ondas. A pequena construção reduzida a um amontoado disforme aos seus pés. O choro deslizava pelo rosto do menino, traçando rios sobre a pele corada e se juntava as águas salgadas que fizeram em ruínas o castelo. A barra dos shorts salpicada pelos grãos cintilantes de areia e pelas manchas úmidas onde a maré a atingira.

Um mero par de minutos se passou antes que Matteo fosse levantado sob os cuidados de Giulia, que envolveu o filho em seus braços. Ela sentiu as lágrimas quentes e o choramingo de Matteo, abafado contra o pescoço dela. Pegou-o no colo, acariciando os fios escuros do cabelo dele tão parecidos com o dela até que o pequeno se acalmasse.

– O que houve? – Giulia indagou ao filho assim que os soluços de Matteo cessaram.

O pequeno fungou audivelmente e coçou os olhinhos cujas íris imitavam as Carter antes de dizer:

– O oceano destruiu meu castelo.

Giulia sorriu em compreensão e ajeitou os braços sob o peso do filho. Matteo soltou uma exclamação manhosa em protesto, envolvendo os braços ao redor do pescoço dela. Quase não podia acreditar no quanto ele havia crescido. Sentia que havia sido ontem a primeira em que o aninhara contra si.

– Quando eu tinha a sua idade, suo nonno costumava me levar para essa mesma praia. – ela segredou ao filho – O oceano sempre destruía meus castelos de areia, não importava quantas vezes eu os construísse.

Matteo pareceu se interessar na história, inclinando-se para ouvir atentamente.

– Então, quando eu não quis mais ir à praia com suo nonno, dizendo que não gostava mais do oceano. Sabe o que ele me disse?

O menino balançou a cabeça em negação energicamente.

– Ele me disse para enxugar as lágrimas, pois mesmo que o oceano destruísse meus castelos, eu sempre poderia construir outros.

Giulia sorriu para ele, traçando o caminho que as lágrimas secas fizeram no rosto do filho. Ela pegou a pequena mão do filho na dela, em um aperto que esperava encorajá-lo.

– Então, vamos construir um castelo de areia ainda melhor – ela prometeu com um sorriso de orelha a orelha – Com torres e um fosso ao redor.

A animação logo tomou as feições de Matteo que riu com deleite da ideia. Ele deslizou do colo dela em um salto. Então, pôs-se a correr pela praia com Giulia em seu encalço.

Ela ria alto, sentindo-se como uma criança novamente. Recordações de um tempo tão doce quanto os gelatos da Amare & Gelato, a sorveteria da família. Quando Joseph, seu pai, a perseguia pela praia, fingindo ser um monstro marinho devorador de crianças. E uma pequena versão de si mesma gargalhava a plenos pulmões, soltando exclamações agudas quando Joseph ameaçava pegá-la. No fim, ambos paravam pelos protestos de sua mãe Lia ou pelo cansaço, - ofegantes com as mãos pousadas sobre os joelhos - e caminhavam lado a lado até a sorveteria mais próxima.

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