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Eles eram só amigos. Em alguns momentos, nem isso! SÓ QUE eles descobriram ter bem mais em comum do que imaginavam - principalmente entre quatro paredes! Confira essa história.

 Em alguns momentos, nem isso! SÓ QUE eles descobriram ter bem mais em comum do que imaginavam - principalmente entre quatro paredes! Confira essa história

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Me chamo Gael e tenho 26 anos. Tenho fatos bem quentes para relatar, mas também tenho vivido uma história que vai além disso. Deixa eu explicar que não foi da noite pro dia que me vi envolvido com homens que, em teoria, deveriam significar outra coisa para mim.
Minha infância foi bastante confusa. Escola, pai alcoólatra, brigas constantes entre ele e a minha mãe. Isso se devia ao fato de que Adauto, o meu pai, estava formado em direito há alguns anos e não conseguia se encaixar no mercado de trabalho. Se aventurou em abrir um negócio próprio, pequeno, emprestando dinheiro do meu padrinho Carlos, grande amigo e ex-colega de faculdade dele.
Quando completei 12 anos, meu pai já havia perdido o escritório, gasto todo o dinheiro em bebida e, por fim, acabou morto numa briga de bar. Como superar? Como voltar pra escola e aguentar os olhares de pena e questionamentos? Faltei tanto durante tantas semanas, que acabei repetindo de ano. Minha mãe, Rosane, criada para ser dona de casa, começou a trabalhar de lojista para nos sustentar.
Por sorte, meu padrinho Carlos ajudou a parcelar as dívidas deixadas pelo meu pai de uma forma acessível para minha mãe pagar. Ele sempre foi rico, bem-sucedido e responsável com os negócios e sua família.
Porém, como os problemas pareciam não acabar, mamãe caiu em depressão. Meu pai era órfão, não tinha parente e a família da minha mãe, pequena, vivia no interior. Uma tia veio nos ajudar na época, mas ainda assim, mamãe precisou ser internada numa clínica. Foi quando meu padrinho e sua esposa, uma norte-americana chamada Linda, me levaram para morar com eles por um tempo... e minha vida mudou da água pro vinho.

Eles me tratavam como um filho, mas sem forçar a barra. Eu tinha acesso à educação, à diversão e às mesmas possibilidades que Chad, o único filho deles, um ano mais velho que eu. Confesso que sempre acabava rindo do sotaque da Linda. Carlos tinha uma pequena biblioteca dentro de casa. Para alcançar os livros das prateleiras mais altas, eu precisava usar uma escadinha que ele tinha. Ele segurava a escada para mim e eu passava horas lendo os títulos difíceis daqueles livros pesados. Nos divertíamos muito. Eu visitava minha mãe com frequência, e dava gosto de ver ela melhorando, ainda que devagar.
Por um bom tempo eu fui tão reprimido, que até para ter desejos sexuais era difícil. Meus amiguinhos todos tinham namoradas e batiam punheta mas... como eu ia pensar naquelas coisas? Quando passei a pensar, me descobri atraído por homens.
Um dia, me peguei observando como meu padrinho e o filho dele tinham traços bonitos. Os dois eram loiros, altos e andavam sempre muito bem vestidos. A diferença é que Carlos tinha olhos esverdeados e um sorriso encantador. No entanto, eu o respeitava demais para desejá-lo! Já com Chad as coisas eram diferentes. Ele não era tão expressivo quanto o pai, tinha olhos escuros e marcantes e era o típico garanhão de colégio. Ele não parecia suspeitar da minha sexualidade, ainda que me achasse um tipo "esquisito", como o vi comentar com seus amigos uma vez.
Chad tinha um corpo bonito, volumoso e toquei várias punhetas escondidas, vendo ele dormir só de cueca. Eu ficava extremamente sem graça quando ele fazia essas brincadeiras de moleque, me agarrando, me apertando... mas no fundo, eu gostava!
Quando completei 14 anos, mamãe ganhou alta da clínica e arrumou um novo emprego. Nisso, o meu padrinho recebeu uma proposta pra trabalhar com uns amigos da Linda, nos Estados Unidos... Foi emocionante me despedir deles no aeroporto. Chad me deu um abraço forte, sincero, me deixando embaraçado. Linda, sempre durona, deixou uma lágrima rolar e o Carlos... me abraçou de um jeito que mostrava que era mais que meu padrinho quem estava partindo. Era como um protetor.

O ProtetorWhere stories live. Discover now