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Continue lendo e votando na saga de Chad e Gael! Aproveite e conheça também essa nova história: Breno, um simpático gay vivendo as dores e as delícias da agitada vida em São Paulo. Donald, um maromba divertido e espontâneo. Eles são melhores amigos que viviam de implicância um com o outro... SÓ QUE isso se transformou numa química irresistível, com direito à declaração romântica e tudo. Disponível neste mesmo perfil.

...

- Tá vendo aquela ali? - perguntei.
- Yeah. - respondeu Chad.
- Ela brilha de um jeito diferente.
- Não entendo muito de estrelas... Ela deve ser maior, por isso brilha mais.
- Não entendo também, mas é a minha favorita desde que eu era criança.
- Ela é linda mesmo.
Chad me apertou contra seu corpo. Respirei fundo e fechei os olhos aproveitando aquela sensação boa. Estávamos deitados em uma manta velha, no chão do "nosso lugar", observando as estrelas, em uma noite fria de junho.
- Parece que vai fazer calor amanhã. - disse ele.
- Sério? - respondi animado - Adoro!
Rimos juntos e Chad me questionou:
- Para ver caras fortões com menos roupa?
- Por que não?
- Oh, boy! - falou debochando - Agora você é meu Gael, lembra?
- Lembro sim...
- Hey!
- Hum?
- O que você acha do meu pai?
Levantei meu corpo na hora, um pouco ressabiado. O olhei sem jeito e perguntei:
- O que tem ele?
- I don't know... - Chad coçou a cabeça e continuou - Às vezes acho que ele é, tipo, um cara casado... enrustido.
Comecei a tremer e levantei, perdido, sem saber o que fazer ou dizer. Chad também ficou em pé, deu uma risadinha de escárnio curta:
- Come on, Gael! Nunca ouviu falar em homens casados que curtem outros caras?
- Claro que já! - respondi na lata e ri de nervosismo.
- Ok! Já entendi... - Chad veio até mim e me abraçou - Você não quer confabular comigo a respeito do seu adorado padrinho Carlos.
Senti uma dor na hora. Devia ser na consciência! Então falei:
- É que... eu prefiro não falar disso, Chad! Na boa...
- Tudo bem! Eu também prefiro não falar dos meus pais.
Ele me deu um beijo gostoso, me fazendo esquecer outra vez o problema no qual eu estava metido, me envolvendo com pai e filho, praticamente ao mesmo tempo. Enquanto observava meu polaco magia se afastando, agachando, pegando a manta, dobrando e guardando no carro, eu lembrava que há dias não via Carlos e que, cedo ou tarde, isso iria acontecer. "Talvez ele tenha arrumado outro... e me esquecido. Quem sabe é melhor assim", elucubrei em pensamento.
- Se fizer calor amanhã mesmo, quer aproveitar e fugir do escritório?- sugeriu Chad.
- Como assim? - perguntei rindo - Você quer que a gente tire folga por conta?
- Exatamente!
Ele se aproximou e me abraçou, enquanto dramatizava:
- Nós somos excelentes funcionários... Merecemos um descanso extra!
- Você só diz isso por ser filho de um dos sócios.
- Ah, nem me lembre!
- Ah, sim, nossa... - ironizei - Que difícil ser rico e poder tirar um dia de folga por conta!
- Ah! - Chad fez uma careta - Quer saber? Não quero mais!
Fiquei sem jeito:
- Não precisa ficar bravo, Chad!
Acariciei o rosto dele, que sorriu:
- Não estou bravo, man. Mas você tem razão... Para quem vive brigando com o pai, eu desfruto muito bem das regalias que ele me oferece. Deixa pra lá!
- Vamos fazer diferente - sugeri -, a gente come no escritório e trabalha na hora do almoço, aí podemos sair mais cedo, sem você se sentir um playboyzinho...
Rimos alto.
- Quem é playboyzinho aqui? - perguntou Chad, me dando tapas nas costas e no braço.
Corri dele até o carro. Ele veio atrás, me pegou pela cintura, me ergueu pelo ar. Perdi o fôlego de tanto rir. Depois, Chad me pôs no chão, me beijou de língua e disse:
- Mas eu gostei da sua ideia! Faremos do seu jeito, Gael.

O ProtetorWhere stories live. Discover now