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Acordei sobressaltada, Miguel estava gritando ao telefone e estava muito nervoso.

- Mãe eu não vou. – gritava ele.

- Não, não é. Essa criança não é meu filho. – falou e silenciou um pouco.

- mãe eu vou tomar banho, tomar café da manhã com minha esposa e sair em lua de mel por duas semanas. – mais silêncio.

- não irei a esse hospital nem morto mãe. Me mande só a conta das despesas por favor. Espero que o dinheiro que dei tenha dado para comprar as coisas que a criança vai precisar. – disse ele. Fiquei um pouco atônita, então Miguel deu dinheiro pra Edna.

- Mãe eu já falei que a única coisa que ela terá de mim é o dinheiro para sustentar essa criança e nada mais. Tchau mamãe, até a volta. Sua bênção?

Miguel desligou o telefone e bateu com ele na mesa em sinal de frustração. Me remexi na cama e ele percebeu que eu já estava acordada e pela minha cara soube que ouvi toda a conversa. Ele soltou o telefone e veio até mim, deitou ao meu lado e me puxou para seus braços. Senti o quanto aquilo era constrangedor pra ele.

- Desculpa ter te acordado. – falou cheirando o meu pescoço.

- amor o que tá acontecendo? – perguntei por que sabia que ele não diria por vontade própria.

- Minha mãe ligou pra avisar que Edna está no hospital, que passou mal e vai ter o filho dela prematuro.

- Miguel, meu amor, querendo ou não esse bebê tem seu sangue. Ele é seu filho mesmo que você não tenha participado da sua concepção. – falei decidida.

- vamos nos trocar e vamos a esse hospital. Nosso voo é só de madrugada dá muito tempo de irmos. Vamos ver como estão às coisas e depois seguimos nossa viagem tranquilos. Não quero que você saia brigado com sua mãe.

- Vamos então. Quero resolver isso o mais rápido possível. Já vou avisando que não quero aproximação nem com ela, nem com o filho dela. – falou aborrecido.

Tomamos um banho rápido, muito diferente do que imaginei para meu primeiro banho depois de esposa dele. Sei que teremos muitos outros banhos e outras oportunidades de viver nosso amor. Senti um pouco de incomodo quando entrei na água, isso não passou despercebido a Miguel.

- Amor desculpa deixar você assim dolorida, mas eu não resisti. Te ver gozar é a melhor coisa do mundo. Nunca vou me cansar disso. – falou me abraçando e beijando.

- O prazer que tivemos juntos foi a melhor coisa que senti em minha vida. – falei corando.

- Adoro quando você cora assim todinha. Sua pele fica ainda mais convidativa.

Não resistimos ao desejo e fizemos amor maravilhosamente no banho. Depois de saciados e limpos nos arrumamos e seguimos pra o hospital. Miguel ligou pra mãe dele e pegou o endereço. Nos surpreendemos ao saber que ela estava em um hospital próximo à nossa casa. Chegamos lá em apenas dez minutos.

Miguel ligou pra mãe dele na recepção do hospital e ela veio ao nosso encontro. Anunciou Miguel como pai da criança o que o deixou possesso de raiva. Segurei seu braço para não deixa-lo explodir com a mãe.

- Meu Amor você é o pai desse bebê. Não importa o que diga ou o quanto não sinta isso, mas ele é seu filho. Tenta manter a cabeça fria e agir com prudência. Não faça nada do que possa se arrepender depois.

- tudo bem. – assentiu ele e fomos com sua mãe até uma sala reservada.

O pai do Miguel estava lá sentado lendo um jornal e veio até nós quando nos viu. Abraçou ao filho e depois a mim. Ele nos informou que o medico havia passado lá e avisado que o quadro era muito grave e que as coisas não iam nada bem. Senti uma angustia crescendo dentro de mim. Eu sabia que a Edna não prestava e que tinha me feito muito mal, porém naquele momento eu pedia a Deus que olhasse por ela. Ela foi a única amiga que tive e nossa amizade apesar da traição teve muitos bons momentos que devem ser levados em conta. Miguel estava sério e pensativo e eu sabia pelo seu jeito que algo estava o incomodando.

Um Amor para Curar...Donde viven las historias. Descúbrelo ahora