Capítulo 11- Começo de uma amizade

679 50 3
                                    

Se iniciava mais uma semana.

    Acordei mais cedo que o normal, bom na verdade eu quase não dormi, passei a noite toda lutando contra as lembranças que insistiam vir à tona.

Que beijo!

—Bom dia filha, já está de pé??

    Eu não sei qual é a da minha mãe, ela parece que não dorme! Eram cinco horas da manhã e ela já estava em perfeito estado para seguir sua jornada de trabalho.

—Eu que pergunto! São cinco da manhã mamãe! A senhora constuma acordar cedo, mas não com as galinhas!!

—É que eu tenho uma audiência hoje às sete horas -riu —E você mais do que ninguém sabe que eu levo meu trabalho muito a sério.

Sério até demais!

—Aahh, senhorita, quando eu chegar você vai me contar tudo sobre ontem. -apontou o dedo para mim

Aah não!!

     Dona Blanca terminou de tomar seu café da manhã e despediu-se. Abaixei minha cabeça e novamente vieram as imagens do dia anterior. Me levantei e fui preparar algo para comer e assim distrair-me.
     Quando eram umas seis horas Claudia desceu parecendo um zumbi, mas quando me viu sozinha na cozinha tratou de abrir um sorriso malicioso.

—Uhmm bom dia irmãzinha, como foi o seu encontro?

     Revirei os olhos e bebi o resto de café que havia em minha caneca. Minha tentativa de sair da cozinha foi sem sucesso.

—Me solta Claudia! -tentei soltar meu braço de sua mão.

—Ah não maninhaa! Me contaaa por favorr!!

—É... -fingi pensar —NÃO!

    Soltei-me e corri até o meu quarto me trancando no mesmo. Me arrumei e fui até a porta do quarto de Claudia.

—Já estou indo! -gritei.

    Na mesma hora ela abriu a porta.

—Uhmm bem que eu vi o carro do Christopher parado ali na frente. -sorriu

—QUE!?? Como assim o carro do Christopher?

—Aah vai me dizer que não sabia que ele vinha te buscar?

—Não. Não combinamos nada.

—Aii que lindinho! Ele veio fazer uma surpresa! Corre maninha!! Não deixe o boy esperando muito tempo.

    Revirei os olhos e desci as escadas e quando abri a porta Ucker estava de pé a dois passos de mim.

—Bom dia, flor do dia! -sorriu

—O que você está fazendo aqui!?

—Vim buscar a minha namorada ué! -sorriu sarcástico

—Perdeu seu tempo gatinho. Eu vou andando!

—Ah qual foi Dul! Entra logo no carro!

     Continuei andando em direção a escola. Ele correu e entrou em seu carro dando partida no mesmo.

—Maria, para, entra logo nesse carro. Você sabe que vai chegar atrasada se for andando.

—Dane-se. Por que se importa tanto!?

—Porque você é minha namorada! -sorriu malicioso

—Não se esqueça que tuudo isso é falso! Ta sonhando acordado gatinho!

—Aaah para Dul! Como amigos, entra, por favor! Eu só quero te dar uma carona! E você sabe que a Natalia vai morrer de ciúmes se ver você chegar comigo, pois eu nunca fui de ir buscá-la em casa.

    Eu parei e ele freiou o carro, sorri ao imaginar a cara da Ratalia nos vendo chegar juntos na escola.

—Agradeça a Natalia, pois eu só vou com você porque adoro irrita-lá! -sorri

    Dito e feito Natalia fechou a cara no mesmo instante que viu Christopher descer do carro e me dar a mão. Eu não me sentia confortável com as ceninhas afetivas mas pela cara da Natalia tudo valia a pena.
      Logo depois que encontramos o pessoal o sinal tocou e fomos todos direto para a sala de aula.

Este Corazón Where stories live. Discover now