Mais Uma chance para Amar

0.7

A semana correu muito rápido, os preparativos estavam quase todos prontos, Gertrudes não economizou nas despesas, pediu tudo do bom e do melhor, até champanhe tinha que ser o mais caro, flores frescas vindo da Holanda, taças com bordas de ouro, tapete vermelho que adentrava o salão, com ramos de flores e fitas douradas como a filha queria, claro que Gertrudes pediu para que colocassem entrelaçando fitas brancas com as douradas, Francine se sentia muito triste, pois Lauro nunca mais apareceu e ela não conseguiu se explicar e nem se despedir, achara o anel que iria receber dele e queria devolver, mas a mesmo tempo queria guarda-lo para se lembrar dele todas as vezes que olha-se para o anel. Perguntava-se o tempo todo o que seria dela, e como seria conviver com um homem que ela não amava e o desprezava, como seria se deitar na mesma cama com ele!?...

Ah não!..Essa parte seria dolorosa demais para ela!...

Seus pensamentos são tirados assim que escuta as batidas na porta, era sua mãe que a chamava para ver o lindo vestido que acabara de chegar. As duas entram no provador do quarto de hospedes, e lá estava o lindo vestido branco, com detalhes dourados no busto que descia para a cintura, o corpete ia até seus quadris, deixando sua cintura mais acentuada e afilada, mostrando todo o primor de sua juventude. Francine caiu em lágrimas, fazendo todos chorarem junto com ela, inclusive Bartolomeu que foi especialmente para que a futura noiva experimenta-se e os ajuste-se se fosse necessário, o vestido caiu como uma luva, parecia que Bartolomeu entendia perfeitamente o que ela queria e ficou lindo.

Bartolomeu nunca tinha visto uma noiva tão linda como Francine, ele sentia como se fosse seu primeiro vestido sua primeira obra prima para uma princesa da realeza.

Francine mais uma vez sentiu a emoção tomar conta, e pediu para que todos saíssem, queria ficar sozinha com ela mesma.

Francine se olhava no espelho, e quanto mais se olhava mais chorava, rodou com seu vestido, ele era leve, poderia dançar a noite toda que não se cansaria, mas faltava algo, faltava alguém naquele momento. De repente a porta se abriu com violência e junto com Lauro Gertrudes segurando-o pelo braço e Bartolomeu que adorava uma fofoca picante.

_ Francine!!!!!... Meu amor, você esta linda!...Venha!... Eu vim te buscar, fuja comigo agora, não vou deixar aquele monstro te tocar, você é minha!... Por favor, venha!?

Lauro segurou na mão de Francine e tentou puxa-la para seus braços. Francine sabendo do que acontecerá com o pai, e as consequências se ela fugir seria grande, seu pai e sua mãe ficariam na miséria, ela puxou sua mão, secou as lágrimas, se virou para o espelho, tentando criar coragem e disse em tom seco e choroso.

_ Lauro, me perdoe, mas amanhã me casarei com George, ele será meu esposo, o que nós dois tínhamos não era real e seriamos infelizes juntos. Por favor, vá embora!...eu preciso tirar este vestido... Adeus!

Não conseguiu se virar para olhar nos olhos de Lauro, que ali parado não conseguiu dizer uma palavra se quer e nem tentar tira-la a força daquele lugar e convencê-la de fugir definitivamente.

 O silencio tomou conta de todos e de repente se ouve um estrondo na porta principal, onde elas se batem violentamente contra a parede lateral, todos correm pra ver, mas Francine não consegue se mexer e sair do lugar.

Era George, entrando como um louco agarrando no pescoço de Lauro levantando-o com uma força fenomenal e o atirando pela porta a fora, e diz em tom ameaçador.

_ Nunca mais volte aqui, não perturbe minha mulher e a família dela, espero que tenha sido bem claro, pois da próxima vez, eu não respondo por mim!

Lauro apavorado, correu em direção a sua charrete e pediu ao cocheiro que saísse de lá o mais depressa possível, o cocheiro disparou, e Lauro aos berros da pequena janela, gritou.

_ Seu louco, ela não te ama e nunca te amará, ela é minha!!!