1.6

1.8K 166 2
                                    

Seu rosto se ilumina, vai abrindo sem esperar por resposta. Eram vestidos de todas as cores, tecidos de ceda e cetim entre alguns tinham até veludo azul marinho, botões, camafeus, perfumes, tiaras, maquiagem e tudo que toda mulher sonhava, e sentiu um certo mal estar, Maria correu para acudi-la ajudando a se sentar na cama pegando o chá e a entrega, forçando ela beber.

_ Minha Senhora, precisa comer alguma coisa!...assim vai adoecer!... _ Diz preocupada com sua saúde.

_ Seria bom se eu morresse agora!!! _ Francine responde se deitando na cama.

_ Não diga isso, é muito jovem ainda para pensar em uma barbaridade desta!....Tem muita coisa boa pra viver, Vamos... descanse um pouco, logo mais trarei seu almoço, mandarei preparar algo leve.

Maria ajeita os travesseiros e a cobre, olha para ela com carinho como se estivesse cuidando de sua filha, por um momento deixou seus pensamentos voarem, mas logo resolveu que aquele assunto estava no passado e que não deveria pensar nele. Saiu e encostou a porta, deixando Francine dormir um pouco, o banho ajudou a relaxar e o chá iria tirar por hora a dor que sentia.

Quando desceu as escadas, percebeu que Judite se escondia debaixo dela, no mínimo estava escutando por de traz da porta, Maria sabia que Judite era uma pessoa amarga, cresceram juntas e a conhecia muito bem, mas a perdoava, pois sempre foi sozinha e sempre judiada pela família que cuidava dela, achava que ela não era capaz de fazer qualquer tipo de maldade, mas mesmo assim tinha suas duvidas em relação ao caráter da moça.

_ Saia daí Judite, eu te vi! _ Diz Maria descendo as escadas.

_ Eu estava verificando se estava empoeirado aqui debaixo da escada... _ Responde sem graça ao ser descoberta.

As duas seguiram para a cozinha, e a cozinheira logo foi perguntando:

_ Maria!!!...é verdade que a Nossa Senhora esta toda machucada?!...Coitadinha!!!!...

Maria olha para Judite reprovando a amiga fofoqueira e responde:

_ Ivonete, prepare um caldo, faça um pão para o lanche da tarde, um suco da melhor fruta que tiver disponível e me avise quando estiver tudo pronto.

Ivonete mais que depressa pega suas panelas e começa a preparar um delicioso caldo de galinha, separa a massa para o pão e logo suas bochechas começam a ficar vermelhas de satisfação, ela adorava quando sugeriam o cardápio, fazia muito tempo que ninguém pedia algo de bom!...Ivonete era uma senhora de meia idade, cabelos ruivos curtos e espetados, seu corpo era gordinho, mas seu jeito era muito engraçado de ser, fôra contratada quando George se casou com Catherine e foram morar naquela casa, divertia a todos quando se enrolava na cozinha e deixava as panelas caírem, parecia que queria fazer musica com as panelas, assim dizia Catherine rindo todas as vezes que aparecia na cozinha para ver como andava os preparativos para o jantar. Ivonete não era apenas cozinheira, também era parteira de mão cheia, assim dizia ela própria, nunca se casara, e não tinha a menor vontade, dizia que era uma pratica para quem tinha vocação, mas ela mesma não sentia que tinha essa vocação para ser mãe, esposa e dona de casa, e assim foi ficando, passou por todos os momentos da vida de George, o casamento, a vida social, a tragédia e a tristeza até no dia que George avistara Francine.

Ups! Gambar ini tidak mengikuti Pedoman Konten kami. Untuk melanjutkan publikasi, hapuslah gambar ini atau unggah gambar lain.
Mais Uma chance para AmarTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang