Capitulo 8 - Alfredo

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Talvez fosse melhor eu não contar para ninguém que eu e a Amanda havíamos terminado, pelo menos por enquanto. Apesar de pensarem que exponho a minha vida em fotos e redes sociais, a verdade que é eu nunca expus o que realmente era importante.

Sábado seria aniversário da Gabriela e eu queria comprar algo legal de presente. Ela tem sido melhor amiga da minha irmã há anos e agora convivendo com ela eu percebi o que a Luíza havia visto. Gabriela é daquele tipo de pessoa iluminada que te faz relaxar e ser você mesmo.

Peguei o telefone e liguei para a pessoa que eu mais precisava nesse momento.

- Oi malinha, está ocupada?

- Não estou..o que devo a honra da sua ligação?

- Que dramática!!! Então srta. Luíza preciso de um favor.

- E por que eu iria te ajudar?

- Primeiro, porque eu sou seu irmão mais bonito. Segundo, eu vivo te fazendo favor. E terceiro, porque é do seu interesse.

A ouvi gargalhar do outro lado.

-Então diga o que te aflige, oh pobre irresistível.

- Quero que me ajude a escolher algo para a Gabriela.... ela é a sua melhor amiga.

- Você ligou para a pessoa certa.


E a Luíza tinha razão, ela era a pessoa certa! Certa para me deixar pobre.....a cada loja que entrávamos, fui coagido a presenteá-la por ser, segundo ela, a minha única irmã.

Depois de quase falido e cansado, deixei a Luíza experimentando sapatos em uma loja e resolvi dar uma volta no shopping sozinho.

Passei por algumas vitrines, quando me deparei com uma que chamou a atenção. Havia uma pequena árvore exposta como suporte para joias. Resolvi entrar na loja e comecei a avaliar as peças, foi quando eu vi o presente perfeito.

Estava escolhido!!!

Cada detalhe da corrente de ouro combinava com a delicadeza da Gabriela e o pingente de "batedor de confeiteira" dava um toque personalizado para a joia.

Após ter cumprido a missão do dia, levei minha irmã para o trabalho.

- Vê se fica de bico fechado, o presente é surpresa.

Ela revirou os olhos como se achasse um absurdo ser avisada disso, mas eu conhecia a minha irmã. Então era melhor avisar.

- Não vai me contar o que é?

- Você só gastou meu dinheiro e não me ajudou a escolher. Agora vai precisar esperar até sábado.

Chegamos na loja e minha irmã foi atender algumas pessoas, enquanto isso eu caminhei até a confeitaria.

- Eu poderia ter um pouco de deliciosos cookies de canela?- perguntei para a morena atrás do balcão.

- É para levar, senhor? - disse ela, enfatizando a palavra "senhor".

- Sim, senhorita! - respondi - Tudo certo para sábado, quer que eu ajude com algo?

- Não se preocupe Alfredo, está tudo tranquilo. Quero que você apenas desfrute e se divirta. Aqui está! - disse, me entregando uma embalagem bonita da sua confeitaria.

- Quanto lhe devo?

- Esses cookies custam.. deixa me ver....hmmm. Um sorriso!

- Ai Gabriela, quero pagar por eles.

- Claro que não. Olha tudo o que você tem feito por mim, estou morando na sua maravilhosa casa, de graça e desfrutado da sua maravilhosa piscina, de graça.

- Tem usado a piscina? Eu nunca vi. - disse ele, apoiando os braços no balcão.

- Usei algumas vezes nos domingos que você foi visitar seu pai.

- Ah sim! Que bom que tem usado. Aliás, meu pai disse que está com saudade de você.

- Também estou! Geralmente vou bem rápido visitar meus pais e não tenho tempo de visitar mais ninguém. Quando eu for para a festa, pretendo ficar alguns dias e irei ver seu pai. Aliás, como está o Ricardo?

- Ah.. meu irmão está naquela vida de sempre. Ama dar aulas! Antes eu não entendia o porquê dele ser o único de nós três que quis ficar naquela cidade, mas me sinto aliviado em saber que meu pai não ficou sozinho. Sou egoísta?

- Claro que não. Foi desejo dele ficar por la, ele nunca sonhou em vir para a cidade grande e nunca lhe faltou oportunidade de vir. É normal que você se sinta mais aliviado em saber que seu pai não está sozinho, eu também ficaria. Isso mostra que você se importa.

- Obrigado! Tenho que ir. - disse . Ainda havia um longo dia de trabalho pela frente na academia, além disso, decidi providenciar a segunda parte do meu presente para a Gabriela.

- Ei, falta me pagar pelos cookies - disse ela com um sorriso travesso.

Então eu sorri, fazendo-a rir.

- Vou convidar a Gabriela para ir na nossa viagem, já podemos levar alguém. O que acha? - perguntei ao meu amigo.

- Eu já havia falado isso, mas pensei que a Amanda iria querer ir. - respondeu ele, jogado em uma sofá que ficava no meu escritório.

- Então.. ainda não tive tempo de te contar, mas ...eu terminei com a Amanda!

- Ow!!! - disse ele saltando do sofá e vindo me dar um leve soco no ombro. - Finalmente! E a Gabriela tem algo a ver com isso?

- Claro que não. Esse relacionamento faz tempo que se desgastou, já estava passando da hora de acabar.

- Concordo com você!!! Agora que você está livre, o que acha de sairmos sábado para um lugar agitado?

- Eu tenho compromisso no sábado, mas podemos combinar outro dia.

- Okay! Então, pode chamar a Gabriela para a viagem, vai ser legal para ela. Aquele dia que conversamos, ela comentou que não viaja há bastante tempo.

- Vou conversar com ela no sábado.

- Ahh... estou entendendo.. - disse ele rindo.

- O que você "está entendendo" , Felipe?

- Seu compromisso de sábado, ué.

- Vai ser aniversário dela e vou em uma comemoração lá na livraria.

- Eu sei, estou te enchendo. A Gabriela me ligou hoje cedo convidando.

- Ah sim... Agora me dê licença. Tenho milhões de coisas para resolver e você também, que eu sei.

- Sim, Sr. ditador! Até mais tarde.


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