Um Homem Mais Velho - Livro 2

D o z e

Nina :

Chego na casa de Antonio e toco a campanha, mas ninguém atende, então uso a chave que ele me deu. Quando entro observo tudo arrumado, mas o primeiro lugar que vou é para seu quarto. Assim que entro vejo Ano dormindo todo enrolado, apenas com a cabeça para fora da coberta. Me sento ao seu lado e toco sua testa quente, ele está queimando em febre.

- Antonio. - Chamo baixinho e ele Resmunga algo. - Antonio, fala comigo. - Peço desesperada.

- Nina.- Sussurra e sorri abrindo os olhos.

- Você está com febre. - Constato preocupada.

- Estou bem... Só preciso do remédio.

- Onde ele está?- Pergunto me levantando.

- Está na primeira gaveta do armário. - Fala e eu saiu rapidamente do quarto para pegar o remédio.

Pego o remédio, o único que estava na gaveta e corro para o quarto novamente, com o remédio e a água. Dou para Antonio e vou para cozinha fazer um chá. Coloco a água no fogo e me sento no balcão esperando a água ferver. Como pude ser tão cruel? Esses meses que estive fora, não procurei saber como ele estava. Solto um longo suspiro, sentindo a culpa em minhas costas. Ouço passos atrás de mim e viro. Antonio está com um sorriso no rosto, o sorriso mas lindo que já vi.

- Pensei que estava delirando. - Fala e para na minha frente.

- Estou fazendo um chá para você. - Falo ao perceber que não sei o que falar.

- Senti muitas saudades. - Fala chegando mas perto.

- Eu também! - Confesso olhando em seus olhos.

- Posso beijar você? - Pergunto em um sussurro .

- Sim... - Respondo sentindo meu coração bater forte.

Sinto os lábios de Antonio tomar o meu assim que  respondo, seus lábios tocam o meu com carinho,amor. Em segundos depois, o beijo começa a esquentar. Me afasto.

- Você está com febre.

- Está passando, o remédio é forte. - Fala pegando minha mão e colocando em sua testa. É bom mesmo.

Solto um gemido quando sinto seus dedos em mim, como ele chegou em minha intimidade tão rápido? Coloco minha mão dentro da sua calça e toco seu membro, que já está ereto. Soltamos um gemido juntos, Antonio volta a beijar minha boca e a mexer seus dedos.

- Antonio. - Gemo manhosa, encostando minha cabeça em seu ombro. - Deus...

- Antonio. - Uma voz alta soa e eu me assusto. Me afastando rapidamente.

Olho para a voz e vejo Ananda, nos olhando chocada. Antonio tira seu dedo de mim e eu faço o mesmo, tirando a mão de dentro da sua calça.

- Ananda... - Antonio sussurra envergonhado.

- Eu... Não sabia que ela estava de volta. - Fala me olhando.

- Bom dia. - Sorriu e vou até a água do chá, jogando ela fora.

Não vou ficar de implicância com Ananda, sei que Antonio me ama, e o que acabou de acontecer, prova isso.

- Não sabia que iria vir. - Antonio fala olhando-a.

- Eu falei isso ontem, mas parece que você estava ocupado pensando na garota , que te abandonou. - Fala nervosa.

- Se eu tivesse o abandonado, não estaria aqui, agora.

- Ananda... Você sabe que...

- Já sei o que você vai falar, mas não precisa. Eu fiquei aqui, com você. Te apoiando, enquanto você chorava por ela. - Ela declara me deixando surpresa.

- Eu gosto de você, como amiga. Você ficou comigo porque quis, não estou sendo ingrata, eu agradeço pela sua amizade. Mas você sabe que eu amo a a Nina. - Fala Antonio  e ela chora.

- Se você me der uma chance...

- Ele ama a mim, não você. - Falo e ela me olha furiosa.

- Cala boca, pirralha.  Quem você pensa que é? Teve que pedir um tempo pra perceber o homem que Antonio é. Idiota é ele que te aceita de volta. - Grita me deixando surpresa.

- Ananda, por favor...

- Não Antonio, ela é uma pirralha, não sabe te dar valor... Ela só quer curtir...

- É, eu quero curtir meu homem, tanto no quarto, como na cozinha, no mundo, pra vida toda. Você tem que aceitar que estamos juntos.

- Sua maldita! - Grita vindo pra cima de mim, mas Antonio entra na frente.

- Paro! Ananda, para!- Antonio grita segurando ela pelos braços.- Você sempre soube que eu amo a Nina, sempre me abri com você, mas não vou aceitar que você faça algo contra ela. Ela é quem tem meu coração. - Fala e Ananda chora mais.

- Eu não... - Ela para de falar e sai correndo.

- Me desculpas. - Sussurro abraçando Antonio.

- Não precisa se desculpar, ela sempre soube que é você quem eu amo. - Fala apertando minha cintura.

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