V i n t e e q u a t r o

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Nina:

- Conta logo. - Emíli grita do outro lado da linha.

- É um menino. - Falo e ouço seu grito, me faz afastar o celular do ouvido.

- Quer me deixar surda? - Pergunto e ela riu.

- Desculpe-me, não me contive. - Fala e suspira. - Estou tão feliz minha amiga, parabéns. - Fala e eu me emociono.

- Obrigado. Quando voltar vai vim? - Pergunto e me sento na cama.

- Não sei amiga. Estou trabalhando muito na boate, preciso conseguir dinheiro pra pagar minha faculdade. - Fala e posso perceber o desespero em sua voz.

- Sei que esta alguma coisa acontecendo, me fale, por favor. - Peço e ouço ela soltar um longo suspiro.

- As coisas na boate não andam muito bem, o boato entre os funcionários, é que ela vai fechar. - Ouço sua voz triste.

- Poxa amiga. Que triste! - Falo e vem algo na minha cabeça. - Vou já trabalhou em floricultura, não é mesmo?

- Sim, foi meu primeiro emprego.

- Antonio quer abrir uma floricultura, se você vier pra cá, pode ficar aqui em casa, juntar seu dinheiro e pagar sua faculdade.

- Sério? Nossa! Isso seria perfeito. - Ouço sua voz animada. - Vou ver como vai ficar as coisas aqui. - Falo e sorriu.

- Fico feliz em ter ajudado. Agora vou desligar, depois nos falamos.

Nos despedimos e logo eu me levanto e vou até Antonio na sala.

- Falei com Emíli que você vai abrir uma floricultura, e chamei ela para trabalhar. - Falo me sentando do seu lado.

- Já estou vendo tudo, mas não vai ser tão rápido assim. - Fala envolvendo meus ombros com suas braço.

- Tudo bem, eu já resolvi com ela. - Fala me deitando em seu ombro. - Já marcou com todos? - Pergunto me virando pra ele.

- Sim.

- Minha mãe?

- Também.

Solto um bocejo, e sinto  sono.

- Irei dormir, não me acorde por nada, por favor. - Peço me levantando.

- Tudo bem.

- Não quer ir deitar comigo? - Pergunto manhosa.

- Não posso, vou ir até David, preciso ver meu novo horário. - Fala e eu vou até ele.

- Não vai ser muito puxada? Empresa, restaurante, a floricultura. - Falo preocupado.

- Não, eu gosto de trabalhar. Fique tranquila. Sua amiga não fez curso de administração? Então, posso deixar a floricultura nas mais dela. - Fala e me beija.

- Mas me prometa, se ficar muito pesado, você vai pedir demissão de um. - Peço acariciando seu cabelo.

- Eu prometo! Agora vá descansar gravidinha. - Fala rindo e me beija.

Me levanto e vou até o quarto, passo pomada no rosto, troco de roupa e me deito na cama.

.

Uma semana...

- Eu não gostei de nenhum vestido. - Falo nervoso, faltam apenas duas semanas para o casamento, e eu ainda não encontrei nenhum.

- Fica calma querida, não é de primeira que você vai achar. - Mamãe fala me observando.

A essa semana, Yasmin, Bethânia e minha mãe tem revisado para me ajudar escolher um vestido, mas todos que eu vi, não me animaram, não deixaram meu coração palpitando. Meus pés já estão doendo, e minha barriga pesando muito. Quando minha mãe chegou aqui, perguntei o porque ela sumiu, ela inventou qualquer desculpa e agiu como se nada tivesse acontecido, mas é claro que eu não acreditei. Se tem uma pessoa que conhece minha mãe, sou eu.

- Você quer ir para casa agora? - Pergunta mexendo no celular.

- Sim! Amanhã eu continuo. - Falo ajeitando minha bolsa.

Minha mãe me deixa na porta de casa  e eu logo entro, preciso ver meu noivo.


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O que acham, Pai da Nina com Emíli?

Um Homem Mais Velho - Livro 2Kde žijí příběhy. Začni objevovat