30

11.8K 1.3K 483
                                    

Narration
Yoongi's p.o.v

Observei enquanto Taehyung vinha andando até onde eu estava.

Meu Deus, como consegue ser tão lindo? Senhor, to boiola demais.

Caras, eu tava na maior guerra comigo mesmo pra admitir que tava todo apaixonadinho, mas depois que admiti fiquei gado pra caralho. Sério, não me reconhecia mais.

— Ta atrasado. — falei assim que ele parou em minha frente. — UM MINUTO!

— Mama aqui, eu ein!

Revirei os olhos.

— Vai, fecha os olhos. — mandei.

— Vou ganhar um babão no meio da rua?

Arregalei os olhos e bati em seu ombro com força.

— Era um selinho, agora fique com deus!

E antes que eu lhe desse as costas e entrasse reclamando no supermercado, Taehyung, todo risonho, me puxou para os seus braços e me deu um selinho demorado.

— Oi. Vem sempre aqui? — sussurrou.

Tentei conter um sorriso, mas falhei miseravelmente.

— Você é um bobo.

— Eu te amo.

— Ta forçando a barra se acha que vou falar pessoalmente!

— Não custa tentar. — ele deu de ombros. — Em compensação, posso segurar a sua mão?

Levei minha mão até a sua e entrelaçei nossos dedos. Era tão quentinha e tão aconchegante...

— Chega de enrolação. — resmunguei. — Vamos entrar. Tem algum doce em mente?

Caminhamos juntos para adentrar o estabelecimento, sem, momento algum, soltar as nossas mãos, por mais que algumas pessoas nos encarassem. E eu não estava ligando. Estar com Taehyung era uma sensação boa demais para eu prestar atenção ao arredor.

— To a fim de cookies. E talvez sorvete. — ele respondeu.

— Qual é o seu doce favorito?

— Industrializado? Chocolate. Gosto bastante do meio-amargo, não importa a marca, é sempre bom.

— É raro encontrar alguém que goste. Eu curto, mas prefiro quando é bem docinho e enjoativo, como o chocolate branco.

— É pra combinar com você.

— Ta me chamando de enjoativo?

Taehyung arregalou os olhos e me encarou.

— Não! Quis dizer do docinho.

Soltei um riso.

— Relaxa.

Quando enfim chegamos às prateleiras de doces, então nós ficamos parecidos com crianças. Até mesmo soltamos as nossas mãos para poder escolher os doces. E, satisfeitos com o total de cinco, nós os colocamos numa cestinha para voltarmos a dar as mãos, e caminhamos até a fila do caixa.

— Sabia que, quando eu era criança, meu pai fazia eu tampar os olhos quando fossemos passar pelo corredor de doces? — Tae comentou.

— Nem imagino o porquê!

— Você não tem moral pra falar de mim, amor.

Desviei o olhar. Amor. AMOR. A-M-O-R.

— Aliás, ele está em casa. — Taehyung disse, não percebendo meu surto interno. — Então trate de se comportar.

— Eu sou a pessoa mais comportada da face da terra. — revirei os olhos. — Eu nunca vi seu pai, né? Como ele é?

— Ele está sempre viajando, depois de amanhã ele vai viajar de novo... E você vai gostar dele, ele é legal.

— É legal mesmo, né? Não é daqueles pai homofóbico chato de fanfic?

— Nós temos muita cisma com fanfics...  — comentou, e eu tive que concordar. — E felizmente não, na verdade ele gosta de homens também. Nunca gostou de mulheres, pelo que me disse.

— Você é adotado? — pergunto.

— Sim, fui adotado com três anos.

— Poxa, tem tantas coisas suas que eu não sei. — fiz um bico.

— Em compensação eu sei um monte de coisas suas.

— Isso é porque você é um stalker.

A fila foi diminuindo, e eu pude avistar algo que tinha em mente; aneis doces.

Simplicidade era comigo mesmo! E sim, eu com certeza ia pedir Taehyung em namoro com aquilo. Agora só precisava dar um jeito de que ele não visse eu os comprando.

— Tae, eu acho que acabei derrubando o cartão na rua. — arregalei os olhos, atuação 10/10. — Pode ir lá checar pra mim?

— Claro.

Então ele saiu, e chegou a minha vez de passar no caixa. Dei bom dia à funcionária e acrescentei os dois aneis à compra.

Foram colocadas todas em uma sacolinha após eu pagar. Pendurei no meu braço e sai do estabelecimento, vendo que Taehyung ainda olhava para o chão, procurando o que eu havia pedido.

Soltei um risinho, achando-o fofo, e me aproximei.

— Ei, eu achei. — informei. — Foi mal. Tava no meu bolso esse tempo todo.

Ele suspirou aliviado.

— Ainda bem! Eu já tava desesperado e-

E antes que terminasse sua fala, levei minhas mãos às suas bochechas e selei nossos lábios em um estalinho.

— Você acha que eu preciso pedir a permissão do seu pai pra te namorar? — perguntei, vidrado em seus olhos.

Tae abriu um sorriso largo, todo bobo e corado, assim como eu devia estar também.

— Não. Mas você pode informar ele.

— Ok. Combinado. Vamos então.

— Sim, vamos, futuro namorado.

Hello Cat ໒ kth + mygOnde as histórias ganham vida. Descobre agora