• chapter twenty-one •

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- Como assim acham que ele seguiu vocês? - HyeJin fechou a porta depois que ambas entramos.

- Sei que é estranho, mas é verdade. 

- O simples fato de que o meu pai fugiu da cadeia me deixa assustada. Ele não vai descansar até nos achar.

- Porém vocês podem descansar até ele achar vocês. - WheeIn saiu do quarto e foi até nós. 

- WheeIn! - Sorri ao ver que ela estava abraçando a HyeJin. - Que bom ver vocês juntas, eu sempre soube, meu otp está vivo. - Rimos em harmonia. 

- Bom, eu vou encomendar algo para a gente comer. Vocês escolhem o filme. 

Sorri e corri para o meu quarto. Por mais que o tempo longe de casa tenha sido pouco, eu estava feliz em estar ali, jogada na minha cama. Aproveitei que a Moon havia ido tomar um banho e fiquei apenas me contorcendo pela cama, com muita preguiça de viver. Eu não queria que a Moon fosse tirada de mim novamente. Por esse motivo, eu não iria mais sair com ela, na verdade, eu não deixaria mais ela sair de casa. Pareço uma mãe chata, mas é a verdade. Arriscar perder ela de novo? Nunca. 

[...]

No meio da madrugada, enquanto eu estava dormindo junto com a Moon, escutei um barulho estranho vindo da sala. Isso não é algo comum, HyeJin e WheeIn estavam dormindo, quem poderia ser? 

Tirei carinhosamente a mão da Moon da minha cintura e tentei fazer o mínimo de barulho possível. Passei pelo corredor em direção a cozinha, onde vi que tinha algo estranho ali. Na sala, havia uma sombra alta que olhava pela sacada. Eu podia apenas ver a silhueta daquilo, que por segundo achei ser feito da minha imaginação.

- Ora ora Kim YongSun. - Aquela voz grave entrou nos meus ouvidos como uma grande tortura. 

Um clarão vindo dos céus de Seul me mostrou aquele rosto que olhava para mim como um monstro ou coisa do tipo. 

- Você não é mais um problema para mim. - Se aproximou um pouco mais, fazendo com que eu sentisse um calafrio subindo pelo meu corpo.

- Não vou deixar você encostar nela. 

- Que vadia. - Disse seguido por uma risada. - Se esqueceu que ela é minha filha? Faço o que eu quiser com ela. 

- Eu vou proteger ela porque me importo com ela, diferente do senhor. 

- Eu vou protegê-la de você. - Passou aquela mão grande pelo lado do meu rosto. - Não acho que precisamos conversar mais. 

Senti algo penetrar na minha pele, na região do meu pescoço. Ele havia injetado algo nas minhas veias, e isso certamente me deixou tonta. Tirou aquilo do meu pescoço com força, em seguida me dando um soco na região da boca. Fazendo eu cair no chão. Fazendo um barulho alto, que certamente acordaria alguém.

Minha visão estava totalmente embaçada eu estava tinta e sem forças. Mas vi os pés dele indo para o meu quarto, onde bateu na porta e chamou a Moon. Eu lembro de tentar pedir ajuda, mas eu estava fraca demais até para falar. Por alguns segundo eu apaguei. 

Acordei novamente com o ranger da porta do apartamento, vi que ele havia colocado a Moon em seu ombro, ela estava apagada, assim como eu estava. Esperei que ele estradas no elevador para levantar e sair cambaleando pelo prédio, eu não sabia da onde tinha tirado forças, apenas desci para encontrá-los. Quando cheguei no primeiro andar, vi o pai dela ainda a carregando na rua. Por mais que tonta, peguei uma pedra que havia encontrado ali e joguei nas costas dele. O mesmo virou-se para mim com raiva no olhar. Largou a Moon ali na calçada e veio ao meu encontro no meio da rua. Eu tentei fugir, mas ele me puxou pelos cabelos, fazendo com que eu quase caísse. Ainda com uma das mãos grudadas em meu cabelo ele me deu outro soco no rosto, dessa vez com mais força. A dor que eu senti foi muita, mas quase nem prestei atenção nisso, prestei atenção mesmo foi no punho cheio de sangue dele. Ele me chacoalhou gritando coisas que mal consegui ouvir por conta de que eu ainda estava tonta e meio fora de mim. A essa altura do campeonato, alguns vizinhos do prédio já deveriam ter acordado para chamar a polícia, até pessoas que vivem nas redondezas, afinal, ele estava gritando muito alto, fazendo um grande escândalo. 

Vi uma luz amarela nos iluminar ali no meio da rua, era um carro que estava passando, provavelmente não queria se envolver naquilo. O pai da Moon, talvez por medo de ser pego de novo, me jogou no chão, mas antes que pudesse escapar, Moon quebrou uma garrafa de vidro em sua cabeça, fazendo-o perder a concentração. O homem que estava no carro saiu, deixando lá dentro uma menina que estava assustada com a cena que seguia em sua frente. Moon, não satisfeita, quebrou outra garrafa na cabeça de seu pai, fazendo com que a cabeça do mesmo começasse a sangrar. O homem que estava ali, me ajudou a levantar e me levou até a calçada do prédio. Disse que ambulância já estava chegando, e que era para mim aguentar firme. 

- Porque fez isso comigo? - O pai da Moon gritou fazendo que o jovem casal e alguns vizinhos do prédio encarassem a cena com atenção.

- Você começou tudo isso. Me sequestrou e me machucou. 

- Eu sou seu pai!

- Isso não te da direito a nada.

- Eu mando em você. - A empurrou para longe, fazendo a mesma cair na calçada raspando parte do braço. - Você vai comigo agora! - Seu grito ecoou pela quadra. Que foi logo abafada pela sirene da polícia. 

Os políciais desceram do carro, apontando uma arma para o pai da Moon, que friamente os encarava. 

- Senhor peço que se afaste da garota agora mesmo. - Um dos policiais disse em alto e bom tom.

Nesse meio tempo, WheeIn e HyeJin desceram do apartamento e apareceram ali na calçada, onde o jovem casal estava comigo, elas pareciam muito assustadas com o meu estado, por conta dos socos devo ter ficado um pouco desfigurado sim, mas o que importava agora era o bem da Moon. 

- Afaste-se da garota se não iremos atirar. - O policial gritou, fazendo a garota que estava ali com nós se escondesse atrás do seu namorado. 

- É uma pena mesmo. - O pai da Moon disse rindo ao fundo, fazendo todos ficarmos questionando aquilo. Todos olhavam os atentamente o pai dela tirar uma arma de trás de sua cinta, e logo aponta-la para o rosto dá Moon que naquele ponto já estava chorando desesperada. 

Os policiais permaneceram as armas apontadas, sem dizer nenhuma palavra. Obviamente assustados que ele talvez atirasse mesmo na Moon. 

- Se afaste da garota e ninguém sairá ferido. - Um dos policiais disse engolindo o medo a seco. 

- Que pena que pense assim. - Vimos aquilo como uma câmera lenta, o gatilho estava agora apertado, a única coisa que eu via eram borrões feitos pelas minhas lágrimas. Mais um clarão se estendeu pelos céus, acompanhado por uma chuva que caia lentamente, deixando as ruas um pouco mais limpas por conta do sangue que se alastrava pelas ruas seguindo caminho até os boeiros que haviam por perto. Era tarde demais... A morte veio nos cumprimentar naquele momento. Nada mais poderia ser feito, apenas observar aquela fria chuva que levava embora a cena que havíamos presenciado. 

Rainy Days {MoonSun}Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin