Bárbara
Mais uma vez entrei naquela clínica de repouso, pessoas vestidas de branco andando de um lado para o outro, portas brancas, paredes brancas, caminhei pelo extenso corredor até chegar no quarto dela, virei a maçaneta da porta e entrei, era um quarto grande e bem iluminado, decorado com alguns pequenos presentes que eu trouxe ao longo desses 5 anos para uma senhora nos seus 50 anos de idade que estava sentada neste momento em uma cadeira de frente para a janela, fazendo crochê
Ela sempre faz crochê
Me aproximei devagar para não assusta-la e sorri
- Oi moça bonita - ela me olhou com ternura - Quem é você?
- Sou eu mamãe - sorri - Bárbara, sua filha, se lembra? - acariciei os cabelos dela
- A minha filha só tem três aninhos - ela respondeu confusa
- Sou sua melhor amiga - meus olhos marejaram
- Você quer ser minha amiga, moça bonita? - ela sorriu
- Sim, mas eu posso te chamar de mamãe?
- Sim, você pode - ela sorriu - Mas não deixe Bárbara escutar isso, minha filha é ciumenta - ela falou baixo como se fosse um segredo
- Tudo bem - sorri
- Pegue aquela cadeira - ela apontou para o canto do quarto - Vou te ensinar a fazer crochê
Você já ensinou mamãe
- Sim, quero muito aprender - coloquei a bolsa na cama, peguei a cadeira e levei para o lado da minha mãe
- Sente-se querida - ela sorriu docemente
- Ok - me sentei na cadeira e ela me entregou a agulha e a linha
- Veja como eu faço - ela pegou a sua agulha e linha da pequena mesa ao seu lado e começou a formar os pontos bem devagar - Está vendo? - ela olhou para o meu pequeno trabalho e sorriu - Você aprende rápido
- Não, você que foi a melhor professora - sorri
- Obrigada meu doce, qual é o seu nome?
- Bárbara
- Como a minha filhinha - ela voltou ao seu croché
Eu sinto sua falta mãe
A recepção da clínica estava vazia, me aproximei do balcão para efetuar o pagamento do mês
Que não era nem um pouco barato
- Bárbara Manson certo? - a mesma recepcionista de cachos dourados me faz essa pergunta há anos
- Sim, filha de Annabeth Will Manson, eu vim pagar a mensalidade
- Claro - ela sorriu e digitou algo em seu computador - O dinheiro, por favor - ela esticou a mão e eu coloquei as notas, ela as contou e sorriu para mim - Tudo certo Srtª Manson
- Obrigada e bom dia - agradeci e saí da clínica
Atravessei a rua e fui em direção ao meu carro, quando estava perto alguem puxou meu braço me virei e encarei um James muito irritado
- Bárbara, o que significa isso? - ele me questionou
- James eu... - suspirei - Você não entende
- Você está andando! - ele apertou meu braço - E o que fazia naquela clínica?
- James, está me machucando - tentei me soltar
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Obra do Acaso | Trilogia: Homens Complicados | Livro I
RomanceAndrew Maxwell está quebrado, para ele o amor já não existe, e nem a alegria de viver. Ele está na escuridão, e não quer ser resgatado, não até... Ela aparecer, e brilhar para ele, uma luz no fim do túnel, será que agora, Andrew vai querer viver de...