Capítulo 25 - Perdido

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James

- JAMES! - Bárbara entrou dentro da minha casa furiosa

E andando

- Estou aqui - falei andando em direção a ela

- O que você fez James? Se Andrew morrer... Meu Deus James! Você não devia - ela chorou

- Fiz o que você queria, não foi você quem me disse que íamos se livrar de Andrew, então...

- NÃO! - ela começou a bater no meu peito - NÃO JAMES! VOCÊ NÃO DEVIA TER FEITO ISSO! ELE PODE MORRER JAMES!

- QUE DROGA BÁRBARA - segurei os pulsos dela - PARE AGORA! - respirei fundo - Foi você quem pediu

- Não - ela resmungou e começou a chorar - Não James, isso não está certo

- Por que está chorando?

- Eu...

- Você ama ele não é? Está me usando, qual era exatamente o seu plano Bárbara?

- Não tem plano nenhum - ela suspirou - Eu amo você, por isso estou preocupada, se chegarem a você?

- Não vão! - soltei ela e cruzei os braços - Eu paguei um idiota qualquer para fazer o serviço

- Assim é pior, ele vai denuncia-lo James

- Parece que você não sabe a força que tenho, ele só vai me denunciar se estiver afim de ser morto - falei como se fosse uma ameaça

- Você chegou a esse ponto? - ela parecia assustada

- Escuta aqui Bárbara - me aproximei dela - Eu faço o que quero, e ninguém mexe comigo, porque eu não sou do tipo que perdoa, então... Tome cuidado

- Você está me ameaçando?

- Entenda como quiser, agora vá embora, eu tenho muito o que fazer hoje

- James, você não... - a interrompi

- Eu falei para você ir embora, A-GO-RA!

- Ok, já estou indo - ela saiu apressada

Assim que Bárbara sumiu de vista chamei André, um dos meus melhores capangas, um ex detetive policial

- Estou aqui Sr., do que precisa?

- Siga Bárbara, não perca um passo e descubra tudo que ela faz

- Ela não é a mulher que ama Sr.? Que pensou que estava morta?

- Sim, mas ela está escondendo algo, e eu não sou mais um idiota

- Então ficarei de olho Sr.

- Ótimo, comece agora - falei sério

Ele assentiu e saiu, espero realmente que descubra o que Bárbara está aprontando, se ela estiver contra mim, ela vai pagar caro

- Sr. tenho novidades - Daniel, um dos garotos mais jovens que trabalha para mim, apareceu com seu tablet na mão

- Fale Daniel - fiz um gesto com a mão

- Andrew sobreviveu - ele se aproximou e me entregou o tablet - Olhe, está em todo lugar na internet, só se fala disso

- Droga - resmunguei - O Carter é duro na queda!

- Como vamos prosseguir Sr.?

- Fique tranquilo Daniel, o Andrew não é um problema para mim, isso foi capricho da Bárbara

- O Sr. vai fazer tudo que essa mulher quiser?

- Não fale assim dela Daniel!

- Desculpe Sr. - ele abaixou a cabeça - Mas não estava brigando com ela agora pouco?

- Ela não é tão confiável como pensei, não mais, agora Daniel - dei dois tapas no ombro dele - Volte ao trabalho

- Sim Sr., estou indo - ele saiu me deixando sozinho

Saí da minha preciosa sala e subi a escadaria, entrei no meu quarto e sentei na beirada da cama

Me sinto tão perdido

Eu não devia ter mandado matar Andrew, fiz isso porque ela pediu, então ela vem aqui com sete pedras na mão e me ataca

Por que?

Ela mentiu para mim, não está paraplégica e sua mãe não é Katrina, eu estou tão desconfiado, eu não estou mais conseguindo acreditar nela, é muita coisa para assimilar

Eu queria tanto acreditar nela, tanto...

O que eu posso fazer para agradar Bárbara? Eu a amo tanto, só quero que sejamos felizes e nada mais, ela é tão complicada, eu espero que ela não esteja mentindo para mim, ou então... Vou ter que tomar uma decisão que não quero tomar

Peguei o telefone na mesa de cabeceira e disquei o número do Dr. Riley

Ele pode me ajudar

- Alô - ele falou do outro lado da linha

- Olá Dr. Riley, sou eu, James Campbell

- James, como você está?

- Estou perdido Dr. - suspirei - Me sinto completamente sem rumo

- E por qual motivo você está perdido James?

- Eu não sei, agora que tenho a mulher que amo denovo não sei o que fazer

- Como não sabe?

- Antes eu tinha um propósito, me vingar de Andrew, mas agora... - suspirei - Agora acabou, eu não posso me vingar por algo que ele não fez

- Então você admiti que ele não é o culpado?

- Sim, ele com certeza... Não é o culpado

- E o que você tem vontade de fazer James?

- Quero sumir no mundo!

- Então vá, viva sua vida e esqueça o resto

- Não posso - suspirei - Eu não posso Dr.

- Você pode James, você pode fazer o que quiser

- Eu ainda não terminei Dr., eu sei que tenho algo a fazer ainda, um grande propósito

- Isso faz parte do seu problema psicológico - ele suspirou - Temos que tratar disso!

- Eu não tenho nada!

- Mas...

- Já falei que sou totalmente saudável, só o pago para conversar, não ouse me chamar de doente e não tente impedir meus planos

- James, temos que tratar do seu transtorno obsessivo, está na hora de você voltar a fazer as sessões comigo, aqui no consultório, você não tratou antes e está ficando muito pior

- Chega! Não quero escutar isso - me irritei

- James... - não deixei ele terminar, apenas desliguei o celular

Como ele ousa dizer que sou doente? Como? Eu ainda não terminei tudo, eu tenho muito para fazer, e eu não sou doente

Eu não tenho transtorno obsessivo!

Obra do Acaso | Trilogia: Homens Complicados | Livro IWhere stories live. Discover now