Capítulo 12

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Noah

Fiquei observando enquanto Gabriel partia, os dois intrusos ainda permaneciam parados em meu quarto feito dois de paus, Ai meu Pau, dai-me paciência e controle para aturar esses dois.

- Vão ficar me encarando até quando? – Suspendi minha sobrancelha a espera de uma resposta.

Nenhum dos dois me responderam, dei de ombros e comecei a me despir, precisava de um bom banho, eu não tive a melhor das noites, como sempre minhas noites são a porta de entrada para meus Demônios agirem.

- Noah, o que está fazendo? – Perguntou meu querido papai.

- Estou indo tomar um banho, se não quiser me ver sem roupa retire-se...e você meu querido tio, quer me acompanhar?

Disse rindo de sua cara assustada, mas vejo sua pupila se dilatando e seu pomo de adão subir e descer, dou um sorriso e passo a língua em meus lábios, Mark devora meu corpo com seus olhos.

- Noah preciso conversar com você meu filho.

- Ótimo, agora sou seu filho e você tem assunto comigo, estou intrigado, que assunto seria esse?

Os deixei no quarto e fui ao banheiro, debaixo da agua fria me pego pensando em meu Biel, em como ele parecia transtornado, suspiro por saber que sou a causa de seu transtorno, me sinto aliviado por ele não me achar um louco assim como os dois que estão me esperando acham, sei que fiz e faço muita merda, sei também que deixo que isso aconteça, é mais fácil ceder do que sentir os castigos infligidos, pois não são feitos na carne mais sim na alma, foi devido a isso que me tornei o que Eles queriam, por ter assistido quem eu amava de longe amando outro em meu lugar.

Sai de meus devaneios e finalizo meu banho, me enxugo e enrolo a toalha em minha cintura, gotas de agua escorrem por meu peito e assim que saio do banheiro pego Mark me secando com seus olhos pedintes, olhe, mas olhe bem, pois tudo que está olhando pertencem a apenas a uma pessoa, e somente ele tem autorização em tocar.

- Meu filho, faz muito tempo que não nos vemos, sei que fui relapso...mas você não tem noção de como fico aliviado em saber que está se recuperando.

- Aposto que soube não pelo Mark, estou aqui a 6 anos porque agora você se sente aliviado? – O questionei enquanto vestia uma calça jeans rasgada e uma camiseta.

- Não, realmente não soube por Mark e sim por Sarah, ela me disse que você aceitou bem o tratamento com o novo terapeuta, e isso me fez ter uma esperança.

- Oh...Sarah permaneceu no emprego... – Disse sorrindo a Mark, ele simplesmente abaixa sua cabeça e não responde, ele não seria tolo em falar algo perto de meu pai.

- Claro que sim, ela é uma excelente profissional, seu tio se preocupa com você meu filho, ele sempre cuidou muito bem de você aqui.

- Você não tem noção de como ele cuidou papai, ele sempre me alimentava muito bem. – Pisco um olho para Mark e meu pai fica sem entender a minha indagação, inocente esse velho.

Me deixe explicar, meu velho foi pai muito cedo, ele tinha 22 anos quando se casou com minha mãe, por interesse de meu avô materno em fazer uma fusão entre as famílias, os tornando imensamente ricos e podres, a verdadeira definição que o dinheiro traz felicidade, em meu caso trouxe os bens materiais, mas com a morte de minha mãe quando tinha 15 anos no ápice de minha perdição o dinheiro não fazia a diferença, eu já era considerado um louco, ninguém creditava quando eu falava que era perseguido por entidades e que elas mandavam eu fazer certas coisas, até o dia em que eu perdi totalmente o controle sob meu corpo, Eles comandavam meu corpo, eu os sentia entrando em minha carne e me subjugando, mas ninguém acreditou.

Cura-meWhere stories live. Discover now