Incendeia-me

capítulo 23- Angelique

Oi Gente!!!

Olha eu aparecendo aqui de madrugada kkk

Fiquei pensando em como eu iria fazer esse capítulo para vcs, resolvi arrisca e seguir minha intuição.

Eu fugi um pouco do que eu iria escrever, porque senti que a Angelique precisava romper com o passado para vivenciar o presente.

Espero de coração que gostem.

Bjinhos

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Ouço vozes ao meu redor e alguém me chama, mas eu não consigo abrir os meus olhos. Mãos cercam o meu corpo e sinto que sou erguida e colocada em alguma estrutura, estou com tanto frio!

- Não me deixa. - as vozes estão misturadas, não consigo entender nada. O sono quer me pegar novamente, luto com todas as minhas forças para me manter acordada, mas é em vão. Essas palavras são a ultima coisa que ouço antes de me perde na escuridão.

Medo é a palavra que me define no momento, tenho a sensação que saí do meu corpo, acho que voltei no tempo de alguma forma. Acordo no meu antigo quarto, com todas as minhas coisas no lugar, saio da cama e desço as escadas correndo para ver se tudo aquilo era real. Vejo meus pais sentados no sofá da sala, isso não é comum porque minha mãe estaria no jardim e meu pai trabalhando, corro em direção a sala e me jogo contra eles os abraçando forte.

- Que falta vocês estão me fazendo! Por que me deixaram? Diz pra mim que isso tudo é real? - continuo agarrada a eles e choro por toda a tristeza que carrego no peito.

- Minha menina nós sempre estivemos aqui com você e jamais te abandonamos. - minha mãe fala e acaricia os meus cabelos.

- Vocês nunca mais voltaram e fiquei perdida, sozinha e desamparada. - sei que não foi culpa deles, mas é mais forte do que eu.

- Filha tem certas coisas na vida que não podemos explicar, evitar ou mudar, só nos resta aceita. - dessa vez foi a vez do meu pai falar.

- Não posso acreditar que estamos juntos novamente.- Saio dos braços deles e pela primeira vez os fito nos olhos.

Meus pais continuam da mesma forma, lindos como sempre, mas posso ver tristeza nos olhos dele e sinto um aperto no meu coração, sinto que esse é o momento que preciso desabafar.

- Eu perdi tudo pai, quando tive motivos para seguir em frente, eles também foram arrancados de mim e não me restou nada. - eu nunca havia me sentido tão só como naqueles momentos difíceis.

Por mais triste que eu permanecesse sinto uma paz toma conta de mim, só faltava uma coisa para ficar perfeito e minha família voltar a ser como era antes. O meu amor maior, o motivo dos meus sorrisos constantes nos momentos de desespero.

- Mãe o Oliver está aqui? - ela assente em negativo e volto a chorar.

-  Mas porquê? Ele faz parte da minha história, ele faz parte do que eu sou - tem que a ver alguma explicação, eu preciso dele aqui!

A fisionomia dos meus pais mudam para algo parecido com a dor.

- Filha aqui não é o seu lugar e nem o do Oliver. Você tem que voltar.-  voltar pra onde? sinto que estou me esquecendo de algo, mas não sei o quê.

- Mãe as coisas podem voltar ao normal, vocês voltaram e tudo vai ficar bem. - sorrio para eles, mas meus pais não retribuem o meu sorriso.

- Angelique sei que sente a nossa falta e também sentimos a sua, mas ainda não chegou a sua hora e você tem muita coisa para viver. - meu pai é sempre racional, mas eu não quero ir.