Capítulo 2

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Bruno

Duas semanas atrás.

Eu estava concentrado assinando alguns papeis, contratos, propostas, idéias eu nem lembrava mais quantos papeis havia assinado. Ouvi o som de batidas na porta e pedi que entrasse sem mesmo olhar quem era.

_Senhor Oliveira, tem um homem aqui na recepção que deseja ver o senhor. _ Minha secretária informou.

_Tem hora marcada Angelica? Eu to atolado de papeis pra assinar e não posso me dar ao luxo de não ler o que estou assinando.

_Eu estou vendo Bruno, ele insistiu mais se quiser eu peço que volte outro dia.

_Não tudo bem, peça que entre, eu preciso mesmo de uma pausa se não vou acabar explodindo.

_Sim vou chama-lo.

_Obrigado. _Ouvi duas batidas na porta e pedi que entrasse, um homem de mais ou menos cinquenta anos entrou e parou atrás da porta, indiquei a cadeira a minha frente e ele se sentou esperando que eu falasse primeiro.

_Então me diga em que posso lhe ajudar. _Falei cruzando minhas mãos em cima da mesa.

_Bem senhor vou direto ao assunto, eu tenho uma pequena empresa de mecânica que consegui abrir a algum tempo, mas acabei tendo alguns problemas e contrai algumas dividas e no momento to precisando de dinheiro para conseguir quitar as dividas e continuar com minha mecânica, eu soube que o senhor é um dos maiores empresários do país e que faz empréstimos para grande e pequenas empresas como um sócio, por isso vim aqui pedir sua ajuda. _Olhei em seus olhos percebendo que seu caráter com certeza não era um dos melhores, mais o meu também não era.

_Entendo como se chama?

_Lourenço Pereira.

_Bom senhor Lourenço, está correto quando diz que essa empresa faz grandes e pequenos empréstimos, mais tem um porém, só fazemos empréstimos com uma garantia e com sócios ou donos de empresa o que não é o caso do senhor, e como está com dívidas e provavelmente sua mecânica é alugada, então não posso lhe fazer esse empréstimo se não me der alguma garantia, é tipo uma hipoteca você me da algo de garantia.

_Então o senhor não pode me emprestar?

_Bom eu não sou de emprestar dinheiro, da muita dor de cabeça, por isso prefiro dar o dinheiro mais preciso de uma garantia, não posso dar de mão beijada preciso de algo em troca, então o que o senhor tem a me oferecer?

_Bem posso lhe oferecer minha mecânica, o senhor pode ser o dono e ter uma porcentagem de tudo que eu ganhar.

_Mais o local aonde se localiza sua mecânica pertence ao Senhor?

_Bom na verdade não, é alugado.

_Então não posso aceitar algo que não lhe pertence, não teria outra coisa que pudesse me dar como garantia? _Ele pareceu pensar um pouco e se voltou em minha direção com um olhar diferente.

_Na verdade eu tenho algo que poderá ficar com o senhor, nem precisará me devolver vai ser como uma troca.

_Me diga então do que se trata. _Falei me levantando e pegando uma xícara de café.

_Servido? _Ofereci e ele aceitou.

_Minha filha. _Ele falou e eu quase cuspi todo o café que estava em minha boca, mais ao contrário engoli o líquido que desceu queimando a minha garganta.

_Me desculpe falar desse jeito senhor. _Ele se desculpou quando viu meu espanto.

_Como assim sua filha? _Falei depois de conseguir me recuperar do susto.

_Sim a minha filha, você pode ficar com ela e fazer o que quiser com ela, mesmo ela só me dando dor de cabeça ela limpa uma casa como ninguém, sabe fazer comida, você vai ter só que saber domar ela, mais eu tenho certeza que isso não será problema pro senhor. _Eu estava de boca aberta com a proposta que ele havia me feito.

_Mais como assim sua filha? você está me vendendo sua própria filha?

_Sim ela não importa pra mim mesmo, o senhor pode leva-la pra ser sua empregada ou coisa parecida.

_Olha realmente eu não sei o que pensar, nunca recebi nenhum tipo de proposta como essa, realmente estou chocado pela a sua proposta, mais se é isso mesmo que quer tudo bem, eu estou mesmo precisando de uma empregada pra ajudar a Maria com a casa, então lhe entregarei o cheque que precisa. _Assinei o cheque com a contia e entreguei em sua mão.

_Essa semana irei viajar e só voltarei daqui a duas semana, quando eu voltar passarei na sua casa para buscar ela, preciso que assine esses papeis é como um contrato que a partir de agora você não tem mais poder sobre a sua filha, ela sera responsabilidade minha e você não poderá mais ter nenhum domínio sobre ela.

_Sim senhor. _Ele assinou o papel sem nem exitar e me entregou.

_Negocio fechado senhor.

_Daqui a duas semanas irei na sua casa para cumprir o combinado. _Depois que fiquei novamente sozinho coloquei a mão na cabeça sem acreditar no que eu havia acabado de fazer, eu sabia que minha moral não era a das melhores mesmo que eu não sujasse o nome da empresa, por que saindo da empresa eu era um Bruno totalmente diferente. Mas comprar uma pessoa isso era demais até pra mim, mas eu a pagaria para trabalhar pra mim então não seria tão ruim, era o que eu esperava.

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