Capítulo 37

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Fernanda

Eu escrevia tudo que estava no quadro mais não conseguia prestar atenção em nada do que o professor estava falando, a imagem do Bruno no carro com a Amanda não saia da minha cabeça, eu tinha que me esforçar muitíssimo para não começar a chorar no meio da aula.

_Esse lugar está ocupado? _Ouvi uma voz perto de mim e tirei a mochila sem nem mesmo olhar pra pessoa que se sentou em seguida ao meu lado.

_Dia complicado? _Ele falou apontando a folha do meu caderno que tinha um enorme ponto preto de tanto que eu apertava a caneta na folha.

_Vamos se dizer que não é um dos melhores dias.

_Me chamo Marcos e você qual seu nome? _Ele estendeu sua mão e pela primeira vez olhei para o dono daquela voz, ele era simplesmente como aqueles modelos de revista, seu rosto era bem desenhado acompanhado de um par de olhos azuis.

_Oi me chamo Fernanda. _Falei apertando sua mão. A primeira aula havia terminado e estavam-os esperando a próxima aula, Marcos era tão divertido que eu não conseguia parar de rir com tudo que ele me contava, a conversa fluía entre nós dois como se já nos conhecessem-os a muito tempo, no fim da última aula o professor havia pedido que fizessem-os o trabalho que ele havia pedido com a nossa dupla então eu e Marcos fariam-os juntos.

_Então fica assim, nós marcamos amanhã de irmos pra minha casa fazer o trabalho, antes vou levar você no hospital do meu pai pra que conheça, você vai adorar é o sonho de toda futura residente, e não se preocupe não vamos ficar sozinho na minha casa lá tem a Lisa que é a governanta da casa e a Flor que é a cozinheira.

_Tudo bem Marcos não se preocupe.

_É que ninguém fica muito a vontade quando é convidada pra ir pra casa de um garoto que você acabou de conhecer.

_Não é o meu caso você parece ser bem diferente.

_Então nos vemos amanha Fernanda. _Ele depositou um beijo em minha bochecha e entrou no seu carro, depois que entrei no carro com Tony.

_Como foi seu dia senhorita?

_Tony, nada de senhorita Fernanda, só Fernanda, e foi bom.

_Que bom Fernanda.

_Ola querida como foi a aula? _Seu Arthur perguntou assim que passei pela a porta, ter ele por perto me fazia tão bem, eu me sentia como sua filha, larguei a mochila na mesa e sentei ao seu lado no sofá e logo ele me abraçou beijando o topo da minha cabeça.

_Foi bom seu Arthur amanhã tenho um trabalho pra fazer.

_Querida está tudo bem entre você e meu filho?

_Sim está.

_Então por que a encontrei dormindo aqui no sofá hoje de manhã?

_É que eu desci pra ver um filme e acabei pegando no sono. _Menti, eu não gostava de mentir para ele, mas não queria magoa-lo contando que eu e o filho dele não passavam-os de uma mentira.

_Que bom filha fico feliz em saber que está tudo bem. _Jantar sentada a mesa com Amanda, Bruno e fingir que estava tudo bem não me ajudava a engolir a comida, a fome simplesmente sumia e eu não conseguia fazer a comida descer.

_Filha está tudo bem? _Maria perguntou quando viu que eu simplesmente só olhava pro prato sem levar nenhuma colher a boca.

_Está Maria eu só não estou com fome, com licença. _Levantei da mesa indo em direção ao meu quarto, ficar perto do Bruno e da Amanda estava me sufocando, fiquei algum tempo olhando pela a janela até que vi o Bruno e a Amanda surgir no jardim eles pararam bem embaixo da minha janela e Amanda se jogou nos braços do Bruno o beijando, ela sabia que eu estava vendo e estava fazendo de propósito, mas eu preferia assim, por que logo seu Arthur descobriria toda a verdade e eu não teria mas que mentir. _As lágrimas voltaram a descer pelo meu rosto, como eu havia sido uma idiota por acreditar que o Bruno um dia poderia querer algo sério comigo, fechei as janelas e puxei a cortina eu não aguentava mas ver aquilo, eu precisava tomar um ar, sair, Tony já havia ido embora então eu não poderia contar com ele pra me levar por isso peguei o telefone e disquei o número de uma pessoa que eu não via a algum tempo, no terceiro toque ouvi sua voz do outro lado.

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