Capítulo 3

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Fernanda

O dia havia amanhecido, e pela primeira vez eu tinha medo, medo do que seria minha vida de agora em diante, como eu viveria com um homem que eu nem conhecia? olhei pelo quarto minhas malas prontas e ainda não acreditava que meu próprio pai havia feito aquilo comigo. Ele havia me vendido como um objeto, eu ainda estava sem acreditar. Mesmo que la no fundo eu soubesse que era um mostro e era capaz de fazer muito pior, eu não queria acreditar que tinha feito algo tão horrível.

_Filha? _Minha mãe entrou no meu quarto e se sentou ao meu lado na cama

_Mãe isso só pode ser um pesadelo, por favor me diz que foi só um pesadelo._ Falei a abraçando.

_Minha filha me perdoe, eu também estou destruída por deixar você ir, mais pense que pode ser melhor do que a vida que você tem aqui, esse homem é rico poderá lhe dar uma vida melhor. Só de saber que seu pai não vai mais lhe maltratar isso me deixa mais aliviada mesmo que o preço seja eu ficar longe de você.

_Mãe meu pai disse que ele vai me levar como empregada pra casa dele, e se ele foi capaz de aceitar uma barbaridade dessa é por que boa pessoa ele não é. Eu não queria uma vida dessa, eu queria outra vida sim, mais não desse jeito, eu queria começar a fazer residência no hospital, conseguir um salário melhor no meu trabalho, compra uma casa pra nós duas e viver longe desse homem. Eu não queria simplesmente ser obrigada a viver embaixo do mesmo teto que um desconhecido.

_Não se preocupe por que o sentimento é reciproco. _Ouvi a voz de meu pai atrás de nós.

_Que bom pelo menos nisso concordamos. _Falei me levantando da cama.

_Ele já chegou vá se trocar logo e não o deixe esperando. _Ele falou com desprezo me olhando de cima a baixo como se eu fosse um um objeto sem valor do qual ele iria se livrar.

Não havia mais nada o que fazer, eu havia sido vendida como uma escrava e teria que ir com esse homem. Fui em direção ao banheiro e tomei um banho frio, em seguida me vestindo com uma calça jeans e uma blusa preta, em seguida passei um quilo de base para que cobrisse o hematoma em meu rosto.

_Filha já está pronta? _Minha mãe perguntou entrando no quarto

_Sim mãe, eu estou pronta pra ver o meu senhor. _Falei sentindo meu coração apertado.

Desci as escadas e parei diante do homem alto e forte que se encontrava em pé na minha sala, seus olhos castanhos me fitaram curiosos e eu olhei admirada pela sua beleza, eu não poderia negar mesmo que já o odiasse que ele era simplesmente o homem mais lindo que eu já havia visto, seu rosto era bem desenhado a barba rala moldava seu queixo, seus músculos sobressaiam sobre o tecido branco da camisa social que ele usava, e seus cabelos estavam perfeitamente alinhados formando um topete, ele parecia aqueles modelos que encontramos nas revistas, fechei minha boca que havia se abrido involuntariamente e fiz a expressão mais séria que consegui, eu não cederia só por que ele era lindo, se teve coragem de fazer o que fez era por que não tinha um bom caráter.

_Então você é a minha nova empregada? _Ele falou com uma voz grossa me fazendo estremecer, mas tentei não demostrar que eu havia ficado abalada.

_Sim é o que parece. _Falei tentando segurar as lágrimas que já queriam rolar pelo meu rosto, eu não poderia demostrar fraqueza diante dele. Eu sempre havia sido boa em esconder meus sentimentos, não ia começar a demostra-los agora.

_Bom, seu pai já me disse que se chama Fernanda, prazer Fernanda eu me chamo Bruno.

_Prazer em conhece-lo? Está brincando comigo?. _Falei desviando meus olhos dos seus, usar o sarcasmo era a melhor arma para que eu suportasse a dor que estava rasgando meu coração.

Um Contrato De Amor Where stories live. Discover now