O sopro de vida

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O beijo de Sasuke estava tão enigmático enquanto fazíamos amor em seu quarto! Seus lábios me beijavam com volúpia e desespero, parecia que sentia o que estava prestes a acontecer.

O corpo dele era como brasa, que dominava o meu coração, aquecia minha alma e me protegia do mundo. Furiosamente me acendia a um espaço que não sabia descrever se era real ou algum comando de minha hipófise.

Enquanto gemíamos, nossas mãos sempre permaneciam ligadas, como um imã, mesmo que tentasse não conseguiria me soltar. Ainda que soubesse todas as palavras que signifiquem amor, faltaria muito para dizer o que sinto quando estou com ele.

"...fica sempre a certeza de que se dormiu e se sonhou."

Como um Sopro de Vida.

- Ai Sakura meu amor! – gemia em meus ouvidos.

- Não saia de dentro de mim nunca mais – lhe implorei o sentindo pulsar e arremeter forte em meu interior.

- Nunca vou sair daqui, eu daria minha vida para ficar ao seu lado para sempre – Sasuke me respondeu aos gemidos, e levou uma de nossas mãos aos lábios, as beijando docemente.

Enquanto isso, se afundava em meu interior de uma forma insana e deliciosa, cada vez mais me afogava em seu amor, em nosso amor.

Em nossa doce e inocente ilusão.

...e de repente Sasuke gritou, não foi de prazer e sim de dor.

Vi seu sangue escorrer, muito sangue.



♥♪♩♡❤♪♯❥




- Senhora, acho que os encontrei, estão no andar de cima – um dos homens lhe informou convicto.

- Ande o que está esperando? Vai, vamos!

- Não por favor, não mate meu filho, por favor – Fugaku entrou na sala desesperado com as mãos para cima, em sinal de rendição.

- E quem seria este outro infame imundo?

- Este é o pai deles – outro homem a respondeu.

- Que desprezível, o mate também.

Subiu a escada eufórica, não via à hora de a levar de volta e acabar com a felicidade daquela "desgraçada escrupulosa" - pensava.

O "muquifo" que se encontrava a deixava enjoada - concluía-se.

Sentiu-se incomoda por respirar aquele ar. Mas, sabia que seria necessário. Ao chegar à porta de um suposto quarto, conseguiu ouvir vozes adolescentes e gemidos baixos.

Sorriu, ouvir o nome SAKURA em um som audível acedeu mais ainda a raiva em seu coração.

Deu um sinal para os homens entrarem primeiro e o fizeram. Mesmo a porta não estando trancada entraram violentamente colocando-a no chão a chutes.

O tiro saiu certeiro e o som do impacto foi tão forte, que causou um barulho ensurdecedor.

...E eu a vi, lá deitada com aquela mesma cara falsa e inescrupulosa ao lado de um garoto nu, como se alguém acreditasse que era apenas uma menininha indefesa. Sentia raiva, nojo e indiferença ao olhar em seus olhos assustados.

- Meu Deus, Sasuke? – virou - MAMÃE? – falou com aquela voz de criança chorosa, e meu ódio aumentou muito por tentar me enganar com essa tática barata de inocência.

- Foi por isso que saiu de casa, não é Sakura? Para dá o rabo para porcos do subúrbio.

- Mamãe, vocês atiraram no Sasuke, meu Deus AJUDA - tentava ajudar o sujeito que sangrava muito, mas a cada palavra que ela pronunciava, a minha vontade de matá-la era enorme, porém, sabia que ainda não era o momento.

StigmatizedOnde histórias criam vida. Descubra agora